terça-feira, 24 de maio de 2016

Resignação: Aceitá-la ou Recusá-la?

Resignação: Aceitá-la ou Recusá-la?

Deus nos colocou nesse Universo para que nele pudéssemos recuperar laços antes destruídos.
Deus nos deu a chance e a dádiva que é a vida, para que nela o nosso espírito pudesse explorar todas as possibilidades de evolução e crescimento.
É certo que cada espírito na sua missão e na sua individualidade, recebe tudo aquilo que lhe cabe no momento, como provação – provas e testes -, que muitas vezes, o ensina pelo caminho da dor e das lágrimas, mas que permite colocar amor onde existia ódio, doação onde existia egoísmo, perdão onde existe vingança e rancor.
Deus jamais quer o sofrimento de seu filho. Ele quer que, pela lei natural, o espírito descubra na sua essência os verdadeiros valores de sua existência.
A existência de um indivíduo só é válida para Deus e reconhecida pelos seus sagrados olhos quando passamos por ela, justamente fazendo das provas e expiações, algo real e verdadeiro, sem que fujamos usando escassos argumentos, medos, pensamentos suicidas ou até mesmo subterfúgios – fugas ocultas que disfarçam as provas.
É preciso ao invés da fuga, abrir os olhos e aceitar no silêncio a prova que lhe cabe, mas os olhos espirituais só abrem quando os olhos físicos se fecham, e os olhos espirituais se abrem na certeza de um amanhã novo, modificado e iluminado.
Mas para se alcançar este estado de graça é preciso ser um homem de fé que acredita na vida futura e em uma eterna existência espiritual.
Enquanto o homem não abandonar o egoísmo, o orgulho, a inveja e outros sentimentos mundanos, será ele condenado a uma vida de dor, de depressão e de sofrimento, onde ele recusará a resignação e aceitará todos malefícios que o abandono espiritual pode lhe causar.
Muitas pessoas sofrem de dores espirituais, são prisioneiros de suas cobranças materiais, e se esquecem que são filhos de Deus.
Muitos se encontram na depressão, pois se afastam de Deus se tornando fracos ao ponto de se entregar perante as suas provas.
É preciso ter fé, aceitar quem somos e o que fazemos neste mundo.
É preciso constantemente o agradecimento e a gratidão, pois são sentimentos fortes e estão relacionados à resignação.
O homem moderno sofre por várias causas, mas atualmente a depressão cresce, e a depressão nada mais é que o vazio existencial que se dá no indivíduo materialista, que se cobra e se afasta de Deus, e não consegue ter olhos espirituais de resignação perante as dores e os sentimentos das provas que enfrentam.
O homem tem medo de mudança, porque mudar é abandonar hábitos, e o novo pede resignação. Tudo em nossa vida pede resignação e aceitação, quando trocamos de emprego, de amigos, de cidade, de país, tudo tem o tempo de Deus, de reencontro, de ajustes, adaptações, modificações e melhora.
Mas o homem desconfia e se julga um miserável perdido e abandonado por Deus, ao invés de suportar no silêncio e ver o que as portas do novo lhe aguardam.
Vamos abandonar os olhos terrestres. Os olhos terrestres chamam ganância, orgulho e sentimentos inferiores.
Vamos ter olhos espirituais, amar a todos, fazer o bem, acreditar na onipresença de Deus e na companhia de Jesus.
Se acreditarmos na companhia de Jesus, na fé e na coragem que Ele teve, devemos ter resignação e jamais renunciá-la com falsas e diversas desculpas. Ter resignação é fechar os olhos terrestres.
Confiem com fé quando a porta estiver fechada, certo de que ela em algum momento vai se abrir e um novo e belo caminho nos será apresentado, e aí só nos resta estar preparados e felizes para visualizar o que os nossos olhos terrestres e espirituais vislumbrarem.
A fé é a resignação exercitada, a porta; e o novo é a prova de que toda a resignação exercida faz e permite que o indivíduo colha frutos benéficos e positivos em sua vida.
Mas qual é o problema?
Falatório desperdiçado onde o silêncio deveria permanecer; coração empedernido no lugar de envolto de amor; ambição no lugar da humildade e falta de fé são as causas da resignação ser tão recusada.

Centro Espírita Casa de Emmanuel
REUNIÃO PÚBLICA DO DIA 18-07-2.006
EVANGELHO: Capítulo V – Bem aventurados os aflitos.
Psicografado por: Maria Cecília Cyrino Moreira

Fonte: Site Doutrina Espírita - Luz da Razão

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