quinta-feira, 30 de junho de 2016

Quais os limites da encarnação?



A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.
O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.
    Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.
   Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. – São Luís. (Paris, 1859.)
Fontes:
www.oconsolador.com.br;
O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV, item 24, de Allan Kardec.
Romeu Leonilo Wagner, Belém, Pará.

LIMITES DA ENCARNAÇÃO


LIMITES DA ENCARNAÇÃO
Adams Auni“
Cap.IV. ESE - LIMITES DA ENCARNAÇÃO
- São Luís - Paris, 1859, item 24:
Quais são os limites da encarnação?”
Acreditamos que a palavra “limites” não estariapara determinar numero limite de reencarnações, mas para solidificar a idéia da “almaimortal” ou “espírito imortal” e nesse entendimento poder inferir que essa “encarnação”ocorra no momento em que o espírito é criado por Deus.Onde há a união do espírito e matéria, logo: espírito e fluido cósmico, constituindoassim a base eterna do seu perispírito.A base de nossas observações é o Livro dos Espíritos e para tanto as respostasdos espíritos nos esclarecem:

Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: amatéria e o Espírito?
– Sim... Ao elemento material é preciso acrescentar o fluidouniversal, que faz o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamentedita, muito grosseira para que o Espírito possa ter uma ação sobre ela. Ainda que sobcerto ponto de vista se possa incluí-lo no elemento material, ele se distingue por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse matéria, não haveria razão para queo Espírito não o fosse também. Ele está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido,como a matéria é matéria; suscetível, por suas inumeráveis combinações com ela e soba ação do Espírito, de poder produzir uma infinita variedade de coisas das quaisconheceis apenas uma pequena parte. Esse fluido universal, primitivo, ou elementar,sendo o agente que o Espírito utiliza...” (LE 27)Buscando um maior esclarecimento as respostas dos espíritos nos colocamdiante da razão: “
Uma vez que o próprio Espírito é alguma coisa, não seria maisexato e menos sujeito a confusões designar esses dois elementos gerais pelaspalavras: matéria inerte e matéria inteligente?
– As palavras pouco nos importam;cabe  a  vós  formular  vossa  linguagem  de  maneira  a  vos  entenderdes.  Vossascontrovérsias surgem quase sempre do que não compreendeis sobre as palavras queusais, porque vossa linguagem é incompleta para as coisas que os vossos sentidos nãopercebem... Um fato notório domina todas as hipóteses: vemos matéria sem inteligênciae vemos um princípio inteligente independente da matéria. A origem e a ligação dessasduas coisas nos são desconhecidas. Se elas vêm ou não de uma fonte comum, se hápontos de contato entre elas, se a inteligência tem sua existência própria ou se é umapropriedade, um efeito ou mesmo, conforme a opinião de alguns, se é uma emanaçãoda Divindade, é o que ignoramos. Elas nos aparecem distintas, é por isso que nós asadmitimos como formando dois princípios que constituem o universo. Vemos acima detudo isso uma inteligência que domina todas as outras e as governa, que se distinguepor seus atributos essenciais...”. (LE 28)
 Kardec perquire de forma incansável: “
A matéria é formada de um único ou devários elementos?

– De um único elemento primitivo. Os corpos que consideraissimples não são verdadeiros elementos, mas transformações da matéria primitiva. (LE30) Lembramos que essa matéria primitiva é o fluido cósmico.
Persiste ao nosso favor o devotado codificador
: “De onde vêm as diferentespropriedades da matéria?

– São modificações que as moléculas elementares sofrempor sua união e em determinadas circunstâncias.” (LE 31).O “espírito” a “Espírito” segue adquirindo informação, “experiênciando-se” em simesmo, tornando-se cada vez mais complexo em suas funções “psíquicas”, nos tramitesdas vivencias e convivências vibracionais.
Permanece o ilustre professor a questionar aos espíritos diante de tamanhodesafio cientifico:
“A mesma matéria elementar é suscetível de passar por todas asmodificações e adquirir todas as propriedades?

– “Sim, e é o que se deve entender quando dizemos que tudo está em tudo”. (LE 33)


“... É assim que tudo serve, tudo se encaixa na natureza, desde o átomoprimitivo até o arcanjo que começou pelo átomo; admirável lei de harmonia daqual vosso Espírito limitado ainda não pode entender o conjunto.”
(LE 540)Retornando  ao  tema  principal  na  integra:  “
Cap.IV.  ESE  -  LIMITES  DAENCARNAÇÃO
- São Luís - Paris, 1859, item 24:

Quais são os limites da encarnação? A encarnação não tem limites precisamente traçados, se nos referirmos ao envoltóriomaterial que constitui o corpo do Espírito. A materialidade desse envoltório diminui àmedida que o Espírito se purifica.Em mundos mais avançados do que a Terra, ele já é menos denso, menospesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito aos infortúnios da vida.Num grau mais elevado, é transparente e quase fluídico.De grau em grau, ele se desmaterializa e acaba por se confundir com operispírito.Dependendo do mundo no qual o Espírito é chamado a viver, toma um corpoapropriado  à  natureza  desse  mundo.  O  próprio  perispírito  sofre  transformaçõessucessivas. Torna-se cada vez mais fluídico até a completa purificação, que constitui anatureza dos Espíritos puros. Embora os mundos especiais sejam destinados aosEspíritos mais avançados, eles não estão ali prisioneiros como nos mundos inferiores; oestado de pureza em que se encontram lhes permite transportarem-se por todas aspartes onde realizam as missões que lhes são confiadas.Considerando-se a encarnação do ponto de vista material, tal qual é na Terra,pode-se dizer que ela está limitada aos mundos inferiores. Portanto, depende do próprioEspírito libertar-se mais ou menos rapidamente da encarnação, trabalhando por suapurificação.Além do mais, deve-se considerar que na erraticidade, isto é, no intervalo dasexistências corporais, a situação do Espírito permanece relacionada com a natureza domundo ao qual ele está ligado pelo seu grau de adiantamento. Deste modo, naerraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre e esclarecido, conforme esteja mais ou menos desmaterializado.” Analisando a introdução desse esclarecimento temos: “Quais são os limites daencarnação? A encarnação não tem limites precisamente traçados, se nos referirmos aoenvoltório material que constitui o corpo do Espírito. A materialidade desse envoltóriodiminui à medida que o Espírito se purifica.”
Kardec questiona aos espíritos da codificação algo extremamente interessante:encarnação e não reencarnação.A resposta é um pouco subjetiva e quase despercebida, mas traz uma lucidezincrível: “... não há limites precisamente traçados...” e complementa: “... se nosreferirmos ao envoltório material que constitui o “corpo” do Espírito...”. Os espíritos falamem: “... corpo do Espírito...”.Estamos diante de um possível paradoxo? “Corpo do Espírito...”?O que podemos então entender corpo do Espírito nesse contexto sobre limites da“encarnação”?A nossa assertiva é que poderíamos inferir que se trata do “primeiro corpo” doespírito quando criado por Deus.A “encarnação”, logo, concluímos que o espírito tem uma “primeira” encarnação, eque as “corporificações” sucessivas, mesmo em vários estágios, níveis e mundos,seriam as “reencarnações”, partindo todas essas, mais ou menos materiais, mais oumenos sutis, do perispírito “exalado” do fluido cósmico, base para todos os “demaiscorpos” do espírito.O perispírito, mais ou menos sutil, se adapta a cada ambiente, pois dele absorvematéria para a sua estruturação naquele ambiente em que se expressa e a medida queo espírito progride intelectualmente e moralmente, tornando-se uma estrutura psíquicacada vez mais elaborada e sofisticada, esse mesmo veiculo sintetiza-se, logo, a matériaque o compõe sutiliza-se ao ponto que, alcançando sua plenitude, confunde-se com opróprio espírito.

É dito no Livro dos Espíritos, que o espírito se apropria da matéria do ambientequem que transita, logo, no ato de sua criação por Deus, em sua formação, concluímosque apropriou-se dessa mesma matéria disponível naquele ambiente, logo, o própriofluido cósmico, “hausto do criador” como expressado por André Luiz em sua obraEvolução em Dois mundos, psicografia de Francisco Candido Xavier.
"O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio...” (André Luiz).A
partir desse momento inicia a jornada rumo a individualidade espiritual,trafegando pelos mundos e pelos planos, realizando em si a própria obra da criação,agora, colaborando como co-criador, também expressado por André Luiz: “
Co- criaçãoem plano menor
-
Em análogo alicerce, as inteligências humanas que ombreiamconosco utilizam o mesmo fluido cósmico, em permanente circulação no Universo, paraa Co-Criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energiaespiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que seexprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a HumanidadeEncarnada e a Humanidade Desencarnada...
("Evolução em Dois Mundos", AndréLuiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, Cap. I, edição FEB).Sendo essa a matéria primordial de todas as coisas, bases elaborativa para as“camadas sucessivas” de interação com os mundos, sendo essa a base do perispíritorecém criado por Deus.

Limites da reencarnação - ESE e links

https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-4-ninguem-pode-ver-o-reino-de-deus-se-nao-nascer-de-novo/instrucoes-dos-espiritos/i-limites-da-encarnacao/

http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=396

http://www.aeradoespirito.net/EstudosEM/DA_ENCARNACAO_DOS_ESPIRITOS.html

http://pt.slideshare.net/grupodepaisceb/quais-so-os-limites-da-reencarnao


domingo, 26 de junho de 2016

Ä Progressão dos Mundos:

Ä Progressão dos Mundos:

“O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é apenas um meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento. Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição.
Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos. São outras tantas estações, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que já conquistaram. É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo o prolongarem a sua permanência em um mundo desgraçado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal.

Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa idéia e digna da majestade do Criador!

Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam! Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

Como bem nos orienta Emmanuel, no livro “Religião dos Espíritos”, no capítulo referente à “Pluralidade dos mundos Habitados”, que: “temos, assim, no Espaço Incomensurável, mundos-berços e mundos-experiências, mundos universidades e mundos-templos, mundos oficinas e mundos-reformatórios, mundos-hospitais e mundosprisões ...” E complementado, o Espírito Joanna de Ângelis, no livro “No Limiar do Infinito”, no capítulo referente à pluralidade dos mundos habitados, assevera que: “Mundos e mundos gravitando no infinito, desde os que se encontram em estado de gases incandescentes aos mais sublimes, esperando por nós, como disse Jesus.

Entesourando o amor na alma, a luz do divino amor desatará uma cascata de claridades infinitas, para o vôo eterno de cada Espírito, na direção da luz, porque na Luz gerados todos seguiremos para a Luz geradora que é o nosso Pai”.

A LEI DE EVOLUÇÃO ( PROGRESSÃO DOS MUNDOS)

A LEI DE EVOLUÇÃO ( PROGRESSÃO DOS MUNDOS)


Tudo evolui no Universo, exceto Deus, que é e sempre foi perfeito e imutável. Do átomo ao arcanjo tudo obedece à lei inexorável do progresso. O instinto nos conduz às sensações, das sensações avançamos para as emoções, as emoções amadurecem rumo aos sentimentos, dos sentimentos o amor sublimado é a forma mais perfeita.
Mas se as individualidades espirituais evoluem, também as coletividades espirituais progridem, e com elas suas casas planetárias.
Allan Kardec classificou os mundos habitados em cinco categorias: mundos primitivos, de expiações e provas, regeneradores, felizes, celestes ou divinos.
Segundo estamos informados pela espiritualidade superior, desde o advento do Espiritismo, a Terra vivencia um importante momento de transição evolutiva no conserto dos mundos. Deixará, no presente milênio, a condição de mundo de provas e expiações, transformando-se em mundo de regeneração. Não estaria também aí mais uma possível interpretação, mais profunda, para as seguintes palavras de Jesus?: `` E disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos´´. Não seria o terceiro milênio (terceiro dia) o período planetário em que o Cristo ressuscitaria nos corações humanos, promovendo a grande regeneração? Não esteve o Filho do Homem morto no seio da terra, durante os dois milênios em que corrompemos e deixamos de viver a sua verdadeira mensagem?
Nesse contexto, inúmeros eventos se processam promovendo mudanças, quebrando paradigmas, reconstruindo conceitos, renovando consciências. O planeta Terra, à semelhança de um ser vivo, dá sinais de grande perturbação através de maremotos, terremotos, enchentes e mudanças climáticas radicais, demonstrando vivenciar um quadro doloroso ante a indiferença, o descuido e a ambição da espécie humana.
Do plano espiritual, chegam-nos importantes notícias sobre o que se processa nos ambientes extrafísicos do planeta: esvaziamento das zonas umbralinas através da reencarnação de grandes coletividades de espíritos bárbaros e primitivos, a fim de vivenciarem sua última oportunidade de progresso no orbe terrestre; exílio para planetas primitivos de muitos espíritos renitentes no mal; encarnação na Terra de espíritos mais esclarecidos, vindos de outros mundos ou dimensões, que promoverão grande progresso nos campos científicos, tecnológico, artístico e principalmente moral da vida terrestre.
Alguns espíritos já afirmaram que a partir da segunda metade do século 21, somente espíritos propensos ao bem poderão renascer na Terra, consolidando o início do período de grande regeneração da coletividade humana.
``São chegados os tempos, dizem-nos de todas as partes, marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar para regeneração da Humanidade (A Gênese,  cap. 18 - item 1). Em que sentido se devem entender essas palavras proféticas? Para os incrédulos, nenhuma importância tem; aos seus olhos, nada mais exprimem que uma crença pueril, sem fundamento. Para a maioria dos crentes, elas apresentam qualquer coisa de místico e de sobrenatural, parecendo-lhes prenunciadoras da subversão das leis da Natureza. São igualmente errôneas ambas essas interpretações; a primeira porque envolve uma negação da Providência; a segunda porque tais palavras não anunciam a perturbação das leis da Natureza, mas o cumprimento dessas leis´´.
``Isto posto, diremos que o nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Ele progride fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem e, moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Ambos esses progressos se realizam paralelamente, porquanto o melhoramento da habitação guarda relação com o do habitante´´. (Cap. 2)
Após tais informações, a Humanidade já vivenciou duas grandes guerras mundiais, inúmeras crises e conflitos, e na atualidade ainda sofre com a presença da violência pulverizada em toda a sociedade, com a injustiça social, a prostituição, a fome, epidemias e pandemias, terremotos e maremotos avassaladores, e outros tantos problemas característicos de um mundo de expiações e provas. Para muitos, estamos no ``fim do mundo´´, mas à luz da Doutrina Espírita, sabemos que estamos no ``fim de um mundo´´, de um ciclo evolutivo.
``O velho mundo estará morto e apenas viverá na História, como estão hoje os tempos da Idade Média, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas´´.
Como se não bastassem tantos eventos dolorosos que tem convidado a espécie humana a rever os próprios passos, tivemos no início do terceiro milênio o atentado terrorista que promoveu a desencarnação traumática de inúmeros pessoas, destruindo as Torres Gêmeas. Mais que um convite à reflexão,  um chamado à revisão de valores... Quais seriam os valores da real soberania humana? Seriam o dinheiro e as armas? Ou aqueles apresentados há dois mil nos por Jesus, o Cristo: os valores do amor, da paz, da solidariedade - os valores do espírito?
Meditemos sobre esses últimos acontecimentos de nossa sociedade, e verificaremos que, conforme nos esclarece O Livro dos Espíritos, ``Deus, em sua infinita sabedoria, consegue retirar de todo mal o bem``, posto que ``muitas vezes se faz necessário que o mal chegue ao excesso para que verifiquemos a necessidade do bem e das reformas´´. Reflitamos também sobre a Lei da Destruição, sem nos esquecermos do alerta superior de Jesus de que ``os escândalos são necessários, mas ai de quem os promova´´.
A destruição, que parece aos homens o termo das coisas, não é senão um meio de atingir, pela transformação, um estado mais perfeito, porque tudo morre pra renascer, e coisa alguma se torna em nada. A lição é inconteste, a semente morre para germinar, a tempestade sacode a atmosfera para purificá-la, e nós, os humanos, passamos pela morte do corpo, para alcançarmos maior liberdade no mundo espiritual, após cada encarnação bem aproveitada.
Ainda vivenciamos a dor na Terra como mecanismo de revisão e despertamento consciencial, mas  era nova de regeneração ampliará paulatinamente os horizontes humanos, oportunizando à Humanidade novos caminhos pra a evolução pelo amor.


Do Livro: Evolução Pelo Amor (Rossano Sobrinho)

Progressão dos mundos - ESE e links


https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-3-ha-muitas-moradas-na-casa-de-meu-pai/instrucoes-dos-espiritos/iii-progressao-dos-mundos/

http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=388

http://aprendizespazeamor.webs.com/pdf/Apostila%20Progressao%20dos%20Mundos.pdf

http://www.acasadoespiritismo.com.br/temas/progressao.htm

Mundo de Regeneração

Mundo de Regeneração
Sinopse: Será um Bate-papo em torno da passagem de Marcos 13:24-30 passando pelas mensagens de Santo Agostinho em O Evangelho Segundo o Espiritismo
MUNDOS REGENERADORES
PROGRESSÃO DOS MUNDOS
(Marcos 13:24-30)
Mas, naqueles dias, depois daquela provação 27*, o sol escurecerá, a lua não dará seu brilho, as estrelas cairão 28* do céu,e os poderes que {estão} nos céus serão abalados 29* Então verão o filho do homem vindo em nuvens, com muito poder e glória. Então enviará os anjos; reunirão 30* os escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu.
24. Lit. “pressão, compressão (sentido estrito); aflição, tribulação, provação (sentido metafórico)”.
27. Vide nota 24.
28. Lit. “estarão caindo”. Trata-se de uma perífrase para expressar o verbo “cair” em sua formasimples.
29. Lit. “sacudir, agitar, abalar”.
30. Lit. “reunirá”. No original o verbo está conjugado equivocadamente no singular.
Fonte: Novo Testamento
Haroldo Dutra Dias
1ª Edição: 2010

TERRA: TRANSIÇÃO EVOLUTIVA PARA MUNDO DE REGENERAÇÃO

TERRA: TRANSIÇÃO EVOLUTIVA PARA MUNDO DE REGENERAÇÃO


Por Francisco de Assis Daher Pirola

A transição ora vivida pela Terra, que está passando de "mundo de expiação e provas" para "mundo de regeneração", perdura na pauta de temas fervilhantes e continua provocando o interesse de adeptos das mais diversas vertentes do pensamento religioso, principalmente os espiritistas.

E os últimos acontecimentos, como desastres ecológicos, catástrofes, e outros que alcançam coletividades inteiras, com grande número de desencarnes, têm fomentado esse interesse.

Mas é preciso que se diga que tais acontecimentos, naturalmente associados à transição em curso, ocorre, segundo a Doutrina Espírita, porque os mundos também precisam evoluir, capacitando-se a receber as humanidades que também se renovam na sua caminhada evolutiva.

As transformações que esta geração assiste, portanto, fazem parte desse processo, que elevará a Terra a um grau superior no concerto dos mundos,  daí resultando melhor ambiente físico, moral e espiritual, para que nela possa habitar essa humanidade renovada.

O assunto é empolgante. Temos, na atualidade, a importante mensagem contida na obra "Transição Planetária", de autoria do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco (Livraria Espírita Alvorada Editora - Salvador - BA).

Há, igualmente, a teoria das crianças índigo e cristal, suscitada também por Divaldo Franco, em conferência com importantes revelações, disponível no You Tube (http://www.youtube.com/watch?v=cJzPVjF_ZgU).

Tanto um quanto o outro, são fontes que enriquecem muito essa temática.

Mas, importa-nos hoje, destacar o texto "A Geração Nova", de autoria de Allan Kardec, que transcrevemos a seguir, constante da sua grande obra "A Gênese", texto  esse que traz subsídios relevantes para o bom entendimento do assunto.
Portanto, um bom estudo e muita Paz!

*  *  *
A GERAÇÃO NOVA
Por Allan Kardec
"Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

Transformação

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

Tudo, pois, se processará exteriormente, como sói acontecer, com a única, mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Muito menos, pois, se trata de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, neste sentido é que Jesus entendia as coisas, quando declarava: «Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido.» (*) Assim decepcionados ficarão os que contem ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos.

Transição

A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.

Têm idéias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.

Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.

O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes,para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tildo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contacto com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores.

Não se deve entender que por meio dessa emigração de Espíritos sejam expulsos da Terra e relegados para mundos inferiores todos os Espíritos retardatários. Muitos, ao contrário, aí voltarão, porquanto muitos há que o são porque cederam ao arrastamento das circunstâncias e do exemplo. Nesses, a casca é pior do que o cerne. Uma vez subtraídos à influência da matéria e dos prejuízos do mundo corporal, eles, em sua maioria, verão as coisas de maneira inteiramente diversa daquela por que as viam quando em vida, conforme os múltiplos casos que conhecemos. Para isso, têm a auxiliá-los Espíritos benévolos que por eles se interessam e se dão pressa em esclarecê-los e em lhes mostrar quão falso era o caminho que seguiam. Nós mesmos, pelas nossas preces e exortações, podemos concorrer para que eles se melhorem, visto que entre mortos e vivos há perpétua solidariedade.

Renovação gradual

É muito simples o modo por que se opera a transformação, sendo, como se vê, todo ele de ordem moral, sem se afastar em nada das leis da Natureza. Sejam os que componham a nova geração Espíritos melhores, ou Espíritos antigos que se melhoraram, o resultado é o mesmo. Desde que trazem disposições melhores, há sempre uma renovação. Assim, segundo suas disposições naturais, os Espíritos encarnados formam duas categorias: de um lado, os retardatários, que partem; de outro, os progressistas, que chegam. O estado dos costumes e da sociedade estará, portanto, no seio de um povo, de uma raça, ou do mundo inteiro, em relação com aquela das duas categorias que preponderar.

Uma comparação vulgar ainda melhor dará a compreender o que se passa nessa circunstância. Figuremos um regimento composto na sua maioria de homens turbulentos e indisciplinados, os quais ocasionarão nele constantes desordens que a lei penal terá por vezes dificuldades em reprimir. Esses homens são os mais fortes, porque mais numerosos do que os outros. Eles se amparam, animam e estimulam pelo exemplo. Os poucos bons nenhuma influência exercem; seus conselhos são desprezados; sofrem com a companhia dos outros, que os achincalham e maltratam. Não é essa uma imagem da sociedade atual?

Suponhamos que esses homens são retirados um a um, dez a dez, cem a cem, do regimento e substituídos gradativamente por iguais números de bons soldados, mesmo por alguns dos que, já tendo sido expulsos, se corrigiram. Ao cabo de algum tempo, existirá o mesmo regimento, mas transformado. A boa ordem terá sucedido à desordem.

Partidas coletivas

As grandes partidas coletivas, entretanto, não têm por único fim ativar as saídas; têm igualmente o de transformar mais rapidamente o espírito da massa, livrando-a das más influências e o de dar maior ascendente às idéias novas.

Por estarem muitos, apesar de suas imperfeições, maduros para a transformação, é que muitos partem, a fim de apenas se retemperarem em fonte mais pura. Enquanto se conservassem no mesmo meio e sob as mesmas influências, persistiriam nas suas opiniões e nas suas maneiras de apreciar as coisas. Uma estada no mundo dos Espíritos bastará para lhes descerrar os olhos, por isso que aí vêem o que não podiam ver na Terra. O incrédulo, o fanático, o absolutista, poderão, conseguintemente, voltar com idéias inatas de fé, tolerância e liberdade. Ao regressarem, acharão mudadas as coisas e experimentarão a influência do novo meio em que houverem nascido. Longe de se oporem às novas idéias, constituir-se-ão seus auxiliares.

Regeneração

A regeneração da Humanidade, portanto, não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo. Assim, nem sempre os que voltam são outros Espíritos; são com freqüência os mesmos Espíritos, mas pensando e sentindo de outra maneira. Quando insulado e individual, esse melhoramento passa despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança sobre o mundo. Muito outro é o efeito, quando a melhora se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque, então, conforme as proporções que assuma, numa geração, pode modificar profundamente as idéias de um povo ou de uma raça.

É o que quase sempre se nota depois dos grandes choques que dizimam as populações. Os flagelos destruidores apenas destroem corpos, não atingem o Espírito; ativam o movimento de vaivém entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, por conseguinte, o movimento progressivo dos Espíritos encarnados e desencarnados. É de notar-se que em todas as épocas da História, às grandes crises sociais se seguiu uma era de progresso.

Renascimento

Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, visto que elas apressarão a eclosão dos novos germens. São as folhas que caem no outono e às quais sucedem outras folhas cheias de vida, porquanto a Humanidade tem suas estações, como os indivíduos têm suas várias idades. As folhas mortas da Humanidade caem batidas pelas rajadas e pelos golpes de vento, porém, para renascerem mais vivazes sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica.

Para o materialista, os flagelos destruidores são calamidades carentes de compensação, sem resultados aproveitáveis, pois que, na opinião deles, os aludidos flagelos aniquilam os seres para sempre. Para aquele, porém, que sabe que a morte unicamente destrói o envoltório, tais flagelos não acarretam as mesmas conseqüências e não lhe causam o mínimo pavor; ele lhes compreende o objetivo e não ignora que os homens não perdem mais por morrerem juntos, do que por morrerem isolados, dado que, duma forma ou doutra, a isso hão de todos sempre chegar.

Os incrédulos rirão destas coisas e as qualificarão de quiméricas; mas, digam o que disserem, não fugirão à lei comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, que lhes acontecerá? Eles dizem: Nada! Viverão, no entanto, a despeito de si próprios e se verão, um dia, forçados a abrir os olhos."

* * *
(KARDEC, Allan. A Gênese. 112ª ed. Rio [de Janeiro]:
FEB, 36ª ed.. 1992. Cap. XVIII: itens 27 a 35.)
Imagem: http://www.google.com/ . Acesso em: 22.11.02.
Obs.: A formatação do texto, conforme acima, é do editor do Blog.
(*)MT 24:34.
Texto  atualizado em 11.10.2012.

A Terra será um mundo de regeneração

Como se sabe os mundos são acessíveis aos Espíritos de acordo com o seu grau de evolução. Embora não se possa fazer dos diversos mundos uma classificação absoluta, pode-se, contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais destacados, dividi-los, de modo geral, como segue:

- mundo primitivo, destinado às primeiras encarnações da alma humana;
- mundos de expiação e provas, onde domina o mal;
- mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta;
- mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal, e
- mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem.
A Terra, segundo essa classificação, pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, preparando-se para ingressar na categoria de mundo regenerador, em função da Lei do Progresso, conforme esclarece Santo Agostinho em O Evangelho Segundo o Espiritismo:

"O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e inanimados, estão submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. (...) Ao mesmo tempo em que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada na Natureza permanece estacionário. Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado".

E Santo Agostinho conclui afirmando:
"Ele (o planeta Terra) há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus". (grifo)
OS QUE VÃO PERMANECER NA TERRA
A seleção dos espíritos que ficarão na Terra, segundo o Espírito São Luís, ao responder a questão 1019 de O Livro dos Espíritos formulada por Allan Kardec, se jamais poderá implantar-se na Terra o reinado do bem, será feita da seguinte maneira:

"O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. Por meio do progresso moral e praticando as leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus. Estes, porém, não a deixarão, senão quando daí estejam banidos o orgulho e o egoísmo.

Predita foi a transformação da Humanidade e vos avizinhais do momento em que se dará, momento cuja chegada apressam todos os homens que auxiliam o progresso.

Essa transformação se verificará por meio da encarnação de Espíritos melhores, que constituirão na Terra uma geração nova. Então, os Espíritos dos maus, que a morte vai ceifando dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha das coisas serão daí excluídos, pois que viriam a estar deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam. Irão para mundos novos, menos adiantados, desempenhar missões penosas, trabalhando pelo seu próprio adiantamento, ao mesmo tempo trabalharão pelo de seus irmãos ainda mais atrasados.

Neste banimento de Espíritos da Terra transformada, não percebeis a sublime alegoria do Paraíso perdido e, na vinda do homem para a Terra em semelhantes condições, trazendo em si o gérmen de suas paixões e os vestígios da sua inferioridade primitiva, não descobris a não menos sublime alegoria do pecado original? (...)"


ESPÍRITOS QUE NÃO REENCARNARÃO
Allan Kardec, abordando a questão da geração nova, em A Gênese, diz para que os homens sejam felizes na Terra, é preciso que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que só se dediquem ao bem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica neste momento entre os que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, visto que, se assim não fosse, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinarem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

No dizer dos Espíritos, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

Tudo, pois, se processará exteriormente, como de costume, mas com uma única e capital diferença: uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra, aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, é neste sentido que Jesus entendia as coisas, quando declarava: "Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido". Assim, os que esperam ver a transformação operar-se efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão bastante decepcionados.

A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.

As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.

Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, por se recusarem a reconhecer um poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

A PROMESSA DE JESUS
Queremos concluir essas linhas sobre todos esses acontecimentos que já estão ocorrendo, em consonância com as palavras proféticas pronunciadas pelo Cristo no célebre Sermão do Monte:

- "BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS PORQUE ELES HABITARÃO A TERRA".
Jesus ao dizer isso, não está exigindo perfeição dos que vão continuar no planeta depois da sua ascensão de categoria, mas sim a condição de "manso e pacífico", em outras palavras, pacificado interiormente.

Publicado no Jornal Correio Espírita edição 67 Janeiro 2011

O advento do mundo de regeneração


ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
Londrina, Paraná (Brasil)



O advento do mundo de regeneração

A transição da Terra para mundo de regeneração já se iniciou, mas, infelizmente, encontra-se longe de sua conclusão


Já faz algum tempo que confrades daqui e de fora, provavelmente bem-intencionados mas com certeza equivocados, vêm anunciando para o ano de 2057 o advento do mundo de regeneração. O tema parecia estar sepultado, mas voltou à cena recentemente em Londrina, o que nos leva a tratar do assunto da forma mais clara possível.

Condições do mundo em que vivemos – Não é preciso haver cursado a Universidade para perceber que o mal e seus derivados reinam soberanamente em nosso mundo, onde as guerras, a corrupção, a iniquidade, a violência, as desigualdades sociais e as injustiças se verificam em todos os continentes, e não apenas em alguns poucos lugares.


Em 1948, ano em que escreveu o livro “Voltei”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, Frederico Figner – que ali se valeu de um pseudônimo: Irmão Jacob – trouxe-nos a informação de que mais da metade da população da Terra era, àquela época, constituída por Espíritos bárbaros ou semicivilizados e que as pessoas aptas à espiritualidade superior não passavam de 30% da  população  do  globo.  (Veja o livro

“Voltei”, de Irmão Jacob, FEB, 7ª edição, pág. 93.)
 
Em 1949, no livro “Libertação”, cap. VI, pp. 79 e 80, André Luiz transmitiu-nos outra informação que corrobora os dados do livro referido. Em um momento em que ele se encontrava numa cidade espiritual localizada em plena região das trevas, Gúbio disse-lhe que, a determina­das horas da noite, ¾ (três quartos) da população da Crosta se acham nas zonas de contacto com os Espíritos e a maior percentagem permanecia detida em círculos de baixas vibrações como aquele. "Por aqui - disse Gúbio -, muitas vezes se forjam dolorosos  dramas  que  se desenrolam nos campos da


carne. Grandes crimes têm nestes sítios as respec­tivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dos Espíri­tos protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas.”  

Ora, é exatamente um quadro assim que deparamos atualmente, quase 60 anos depois, no mundo em que vivemos: um planeta em estado de convulsão no qual provavelmente jamais se conjugaram, como hoje, tantos problemas de ordem ideológica, social, política e econômica. Conflitos na Palestina, no Líbano e no Iraque; desentendimentos de natureza religiosa entre o Islã e o Vaticano; violência e ações terroristas que apavoram quem mora nas grandes cidades do chamado Primeiro Mundo como Londres, Paris, Madri e Nova York; multidões de famintos na África; desemprego generalizado em quase todos os países do planeta; expansão das atividades do narcotráfico e do crime organizado; corrupção incontrolável por todo o lado, especialmente no Brasil, onde ela se ramificou pelas três esferas do Poder, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Fatores indispensáveis à passagem do orbe para um novo grau evolutivo – A elevação do planeta Terra de mundo de expiação e provas para mundo regenerador requer que ocorra em nosso orbe uma série de transformações de ordem moral que estão muito distantes dos dias em que vivemos. O advento do mundo de regeneração não se dá nem se completa em pouco tempo. Claro que a transição do globo para mundo de regeneração já começou. Tal fato não se discute, visto que na Revista Espírita há inúmeras informações que o atestam. O equívoco é datar, é precisar, é fixar uma época em que tal processo estará concluído.

Não podemos, também, ignorar que estatísticas divulgadas pela Igreja informam que apenas 1/3 (um terço) da população da Terra professa o Cristianismo, aí incluídos católicos, protestantes e os adeptos de todas as religiões cristãs. Os demais habitantes do planeta – 2/3 da população, ou seja, mais de 4 bilhões de pessoas – nem mesmo conhecem o Evangelho do reino, um dado significativo indispensável à elevação do planeta à condição de mundo de regeneração.

A questão da data – Quem já leu o Evangelho sabe do que Jesus, reportando-se a esse assunto, declarou: “Quanto a esse dia e a essa hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho do homem, mas unicamente meu Pai” (Mateus, 24:36). O que se sabe, afirmou o Mestre, é que, quando chegar esse momento, o Evangelho do reino será pregado em todo o mundo (Mateus, 24:14).

Comentando essa passagem do sermão profético, Kardec escreveu: “Quando sucederão tais coisas? Ninguém o sabe, diz Jesus, nem mesmo o Filho. Mas, quando chegar o momento, os homens serão advertidos por meio de sinais precursores. Esses indícios, porém, não estarão nem no Sol, nem nas estrelas; mostrar-se-ão no estado social e nos fenômenos mais de ordem moral do que físicos e que, em parte, se podem deduzir das suas alusões.” (A Gênese, cap. XVII, item 57.)  

Dentre os estudiosos do Espiritismo, a maioria admite, como nossa confreira Suely Caldas Schubert, que a conclusão da transição referida no Evangelho e anunciada pelo Espiritismo não se dará antes de um milênio. Foi, aliás, o que Suely disse a Luis Claudio Galhardi em entrevista levada ao ar pela TV Tropical no dia 23-9-2006, quando, aludindo à transformação do planeta Terra, afirmou: “Isso se dará, sim, mas deve demorar pelo menos mil anos”.

Os três equívocos da propalada ideia – A fim de que não pairem dúvidas sobre o objetivo deste artigo, entenda o leitor que também admitimos que a transição da Terra, de planeta de provas e expiação para mundo de regeneração, já se iniciou. O que queremos mostrar é que, embora haja começado, essa transição encontra-se, infelizmente, longe de sua conclusão.

Estabelecer uma data em que isso se dará, como o ano de 2057, é, portanto, um erro, que advém de três equívocos:

1o equívoco – Embasar-se os que defendem tal ideia em previsões supostamente feitas pelos Espíritos, quando sabemos que:

I. Os bons Espíritos “fazem que as coisas futuras sejam pressentidas, quando esse pressentimento convenha; nunca, porém, determinam datas”. “A previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.” (O Livro dos Médiuns, item 267, 8o parágrafo, p. 334.)

II. O próprio Emmanuel, a quem atribuem tal informação, afirma taxativamente, no seu livro "Emmanuel": "Os seres da minha esfera não conhecem o futuro, nem podem interferir nas coisas que lhe pertencem". (Emmanuel, cap. XXXIII, FEB, 7a edição, pág. 166.)

Aliás, a respeito da previsão atribuída a Emmanuel, escreveu Carlos A. Baccelli em seu livro “Chico Xavier – A Reencarnação de Allan Kardec”, pág. 186: “Talvez o que tenha ocorrido seja um erro de revisão, na obra citada.  Pelo  andar  da  carruagem,  a  Terra demorará



tempo bem mais longo para se transformar no Mundo de Regeneração com que todos sonham”. Baccelli reproduz com tais palavras o pensamento do dr. Inácio Ferreira, que afirma no livro “Fala, Dr. Inácio”, pp. 38 e 39, que por muito tempo a Terra ainda será um Mundo de Provas e Expiações. Perguntaram-lhe: “Essa transformação ocorrerá neste milênio?”. “Esperamos que sim”, disse Inácio.

2o equívoco – Imaginar que a transformação de um planeta se faz pela expulsão dos maus. Claro que pode haver expulsão, mas de um número diminuto de Espíritos, como Emmanuel refere ao tratar dos exilados da Capela.

Segundo Emmanuel escreveu em seu livro “A Caminho da Luz” (págs. 34 a 37), há muitos milênios um dos orbes da Capela – uma grande estrela situada na Constelação do Cocheiro – atingira a culminância de um dos seus ciclos evolutivos. Alguns milhões de Espíritos rebeldes ali existiam, no caminho da evolução geral, dificultando o progresso, e foram localizados na Terra, reencarnando aqui como descendentes dos "primatas". Observe o leitor este dado: milhões de Espíritos rebeldes, o que é um número ínfimo comparado com os bilhões de almas que vivem em um planeta como o nosso.

Pois é exatamente isso que Kardec ensina, como podemos ler na Revista Espírita de 1866, pp. 302 a 305:

·        Chegada a um de seus períodos de transformação, a Terra vai elevar-se na hierarquia dos mundos.
·        A Terra não será transformada por um cataclismo, que aniquilará subitamente uma geração.
·        Um dos caracteres distintivos da nova geração será a fé inata, fé raciocinada, que esclarece e fortifica, e une a todos num sentimento comum de amor a Deus e ao próximo.
·        A geração atual desaparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas, com uma única diferença: uma parte dos Espíritos que aí se encarnavam não mais nela se encarnarão.
·        Essa exclusão atingirá apenas os Espíritos fundamentalmente rebeldes, aqueles que o orgulho e o egoísmo, mais que a ignorância, tornam surdos à voz do bem e da razão.
3o equívoco – Ignorar o que seja realmente um mundo de regeneração, que, como o nome diz, não se destina a expiação, sendo em verdade um local de transição, de descanso, onde os Espíritos se preparam para novos embates, como mostra o texto seguinte, constante de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. III, item 17: “Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.”

Relembremos os crimes e os desmandos praticados pelos habitantes da Terra unicamente nos últimos 100 anos – a revolução comunista com seus milhões de mortos, as guerras mundiais de 1914 e 1939, a guerra do Vietnã, a guerra da Coreia, as duas guerras do Iraque, os conflitos entre católicos e protestantes na Irlanda, as confusões entre árabes e judeus na Palestina, as ações terroristas dos últimos anos – e veremos que os habitantes deste planeta, e não apenas uma minoria, têm ainda muito o que expiar, a reparar, a consertar, e é exatamente isso que perturba e atrasa a transição, impossibilitando a fixação de uma data, tal como Jesus deixou bem claro no conhecido sermão profético.


Mundos regeneradores - ESE

https://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-3-ha-muitas-moradas-na-casa-de-meu-pai/instrucoes-dos-espiritos/ii-mundos-regeneradores/

http://cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=387

http://pt.slideshare.net/aliladam/mundos-regeneradores-dalila-melo-julho-2013


Planeta Terra: Da expiação à regeneração

Planeta Terra: Da expiação à regeneração

Na atualidade, um tema bastante discutido é o período de transição no qual se encontra a Terra, cuja sociedade vive uma crise de valores espirituais e morais que assinala este século. O processo de transformação do planeta do mundo de provas e expiações para o mundo de regeneração já começou. Todavia, acreditar que isso ocorrerá de maneira rápida e sem agitação é incoerência, pois o homem ainda enfrentará dores e desafios até que o ciclo transitório esteja concluído. – “A cada um segundo suas obras”.
O planeta Terra não está à deriva. A prática do mal, por mais assustadora que seja, é sempre limitada em sua ação. O homem precisa sedimentar o amor em seu coração para que vença a luta, não só exterior, mas – e principalmente – a luta íntima, extirpando o mal que ainda teima em residir dentro de si. Nosso desejo sincero deverá ser o de colaborar com o Cristo, a fim de que o seu Reino se estabeleça em definitivo na Terra. De resto, confiemos na Providência Divina e prossigamos na labuta.
Vivemos em um mundo singular na evolução do globo terrestre, em que os espíritos superiores nos conclamam à união e à fraternidade, pois há, no Universo, uma solidariedade cósmica. Líderes espirituais da Terra e de outros mundos se colocam à disposição para auxiliar sempre quando seja necessário e com o aval de Jesus. Esses espíritos são chamados “Espíritos Crísticos” e fazem parte de uma falange de envergadura moral ainda incompreensível para os homens medianos da Terra. Estão em contato direto com o Cristo, recebendo dele todas as orientações no que tange à evolução do nosso planeta.
Abaixo desses espíritos, em termos de evolução, existe uma grande legião de entidades superiores, também auxiliando Jesus a cuidar da Terra. Muitos deles, nesta condição elevadíssima, estão reencarnando em várias partes do mundo com missões específicas para colaborar mais diretamente com a evolução do planeta. Espíritos de outras orbes mais evoluídas que a Terra também já estão entre os terráqueos reencarnados, com o mesmo objetivo em favor da humanidade.
Simultaneamente, afiançados por tutores espirituais, milhares de espíritos em condições evolutivas medianas e outros em condições bastante inferiores moralmente, também estão sendo encaminhados ao cenário físico como última oportunidade de redenção na Terra. E se esta reencarnação não for devidamente aproveitada, e não havendo um sinal de mudança de atitudes por parte destes espíritos resistentes no mal, serão removidos do orbe terrestre para um outro planeta, onde o sistema de vida é primitivo. Aos que içarem, caberá a tarefa de reformar o “velho mundo”, transformando-o numa morada mais feliz, adequando-o às novas etapas evolutivas – “Os mansos e pacíficos herdarão a Terra”.
Quando se fala em degredo, não se refere a espíritos que simplesmente serão retirados da Terra. Existe toda uma preocupação extremada por parte de Jesus em relação a essas criaturas. Tudo está sendo cuidadosamente organizado para que os degredados não sofram além do que necessitam para o próprio despertamento.  É o recomeço, caminho de volta ao Pai!
Ao longo dos milênios, Jesus oportunizou ao homem meios para que se reerguesse espiritualmente. Mas, uma grande parte optou pelo caminho mais difícil, mais doloroso – aquele que afasta da Casa Paterna. Nunca o homem poderá responsabilizar Deus pelas suas dificuldades. Em verdade, as Leis Divinas conspiram para a felicidade humana.  E, mesmo nos momentos mais difíceis, encontraremos a presença de Deus irradiando todo o seu amor.
Nas Leis Divinas, existe a solidariedade cósmica. Espíritos dispostos ao sacrifício e à renúncia, após alguns séculos de partida desses irmãos para o mundo novo, também farão a viagem interplanetária movidos pelo amor incondicional. E já estão se preparando para acompanhar os degredados no intuito de ajudá-los. Reencarnarão neste mundo por amor e renúncia, e estes espíritos não ficarão órfãos.
Como espíritas, estamos todos sendo chamados para contribuir com a construção dessa nova sociedade, pois o momento atual espera uma ação decisiva de cada um no Bem, para uma mudança comportamental, um despertamento consciencial e vivências espirituais coletivas. Os trabalhadores de última hora de toda ordem estão sendo convidados a exemplificar o amor e o entendimento de Deus em espírito e verdade, movimentando-se em ondas de espiritualização que preparam a Terra para o estabelecimento da paz e a realização do Reino de Deus dentro de cada um.
Sendo a transição planetária uma realidade incontestável, ao mesmo tempo em que notamos, no mundo, atitudes maldosas, constatamos como o Divino Jardineiro Jesus cuida carinhosamente de toda humanidade. É neste momento decisivo que precisamos estar munidos com o Escudo da Fé e a Espada do Amor, pois o Cristo nos sustentará. E o amor de Deus por cada um de nós é inefável.

Leonice de Souza
Texto compilado de vários autores do plano físico e espiritual

As Provas e Expiações como mecanismos evolutivos


Um dos princípios da Doutrina Espírita é a reencarnação, entendida pelos orientadores espirituais como  necessária à evolução humana, pois  “uma só existência corpórea é claramente insuficiente para que o Espírito possa adquirir todo o bem que lhe falta e de desfazer de todo o mal que traz em si.”[1]

Para nos auxiliar no processo ascensional, Deus nos concede o livre arbítrio, uma vez que,  se o homem  “(…) tem liberdade de pensar, tem também a de agir. (…).”[2] Podemos, então, afirmar que o ser humano é o árbitro do seu destino e que cada escolha, independentemente das suas motivações ou justificativas, acionam a lei de causa e efeito em qualquer plano de vida que se situe: o físico ou o espiritual.

 O uso do livre arbítrio são ações que provocam reações, no tempo e no espaço. As boas escolhas produzem progresso evolutivo, enquanto as escolhas infelizes geram provações  ou  expiações que se configuram como mecanismos evolutivos, moduladores da lei de causa e efeito,  claramente consubstanciada no planejamento reencarnatório de cada indivíduo. Daí Emmanuel afirmar: “A lei das provas é uma das maiores instituições universais para a distribuição dos benefícios divinos.”[3]

Para melhor compreensão do assunto, Emmanuel especifica também a diferença que há entre  prova (ou provação)  e  expiação: “A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é pena imposta ao malfeitor que comete um crime.”[4]

Percebe-se, portanto, que a prova assemelha-se a uma corrida de obstáculos que tem o poder de impulsionar o progresso humano. As provas sempre existirão, mesmo para Espíritos superiores,  por se tratarem de desafios evolutivos.   A expiação, contudo, representa uma contenção  temporária da liberdade individual, necessária à reeducação do Espírito que, melhor utilizando o livre arbítrio, reajusta-se  às determinações das leis divinas.

As provações podem ser difíceis, não resta dúvida,  mas,  por seu intermédio, o Espírito é colocado em situações que o afasta do estado de inércia em que ora permanece ou se compraz, proporcionando-lhe, ao mesmo tempo,  oportunidades para  que ele possa trabalhar a melhoria das suas atuais condições de vida.

Nas expiações, o Espírito vê-se colocado  prisioneiro das más ações cometidas, pelo uso indevido do livre arbítrio.  Para que não se prejudique mais, renasce sob processos de contenção que, obviamente, produzem sofrimentos, sobretudo se o ser espiritual ainda não consegue apreender o valor da dor como instrumento de educação e  cura espirituais.

Em O Céu e o Inferno, Allan Kardec lança outras luzes a respeito do tema, quando explica que o arrependimento das faltas cometidas é o elemento chave para liberar o Espírito das provações dolorosas e das expiações. O Codificador, assim se expressa:

 Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza as dores da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa.(Grifos no original)[1]

 Nesses termos, a libertação do Espírito, ou reparação, indica ser a etapa final da expiação porque, perante os códigos divinos, não nos é suficiente expiar uma falta, é preciso anulá-la, definitivamente, da vida do Espírito imortal, pela prática do bem:

 A reparação consiste em fazer o bem a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros nesta vida por fraqueza ou má vontade, achar-se-á  numa existência posterior em contato com as mesmas pessoas a quem prejudicou, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes o seu devotamento, e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.[2]

Referências

KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Trad. de Evandro Noleto Bezerra. 1ª ed. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2009.
__________. O Livro dos Espíritos. Trad. de Evandro Noleto Bezerra. 2ª ed. 1ª reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2011.
XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28ª ed. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2008
[1] Allan Kardec. O Céu e o Inferno. Pt. 1, cap. III, it. 9, pág. 49.

[2] Idem. O Livro dos Espíritos. Q. 843, pág. 507.

[3] Francisco Cândido Xavier. O Consolador. Q. 245, pág. 201.

[4] Ibid., q. 24, pág. 201.

[5] Allan Kardec. O Céu e o Inferno. Pt. 1, cap. VII – Código penal da vida futura -, q.16ª, pág. 126.

[6] Ibid., q. 17ª, p. 12.

Planeta Terra - Mundo de Provas e Expiações

Planeta Terra - Mundo de Provas e Expiações


Os amigos espirituais informam-nos de que o nosso planeta não é um dos orbes mais evoluídos do Universo. Ele já esteve mais atrasado, pois já ultrapassou o estado primitivo. Na atualidade, estamos vivendo num mundo de provas e expiações em que o mal ainda predomina sobre o bem. Nesse sentido, por mais que busquemos a felicidade, nunca a encontraremos, pois ela não é deste mundo. Ela pertence a um mundo mais evoluído em que as ações voltadas para a fraternidade universal são a regra. De qualquer forma, devemos fazer esforços para evoluir, a fim de atingir a condição de habitar mundos melhores. Por enquanto, somos obrigados a conviver com toda a sorte de dificuldades.

Sabemos que os mundos evoluem de psicosfera, na medida em que suas humanidades evoluem. Nosso planeta já foi um mundo primitivo, quando os homens que o habitavam estavam nas primeiras experiências físicas, próprias ao primitivismo de sua evolução. Então nosso planeta era qualificado como um mundo primitivo.
Quando os homens evoluíram, o mundo passou a apresentar a condição de um mundo de provas e expiações, que é a presente situação.
Ensinam-nos os espíritos que estamos numa fase de transição, quando passaremos a evitar o mal e procuraremos praticar o bem. Então nosso mundo, refletindo a nova psicosfera dos seus habitantes, será reconhecido como um mundo de Regeneração.

Expiação - Resgates necessários para reeducação e conserto de falhas cometidas em vidas anteriores, sem o que o espírito não se equilibra nem se educa.

Provas - Certos problemas têm por finalidade testar-nos nas conquistas que supomos já ter feito, sem que sejam, servindo-nos do vocábulo sânscrito, um carma negativo. São oportunidades de confirmação do aprendizado, situações em que pelo livre-arbítrio o espírito expressa a sua vontade.

Missão - Todos temos missões na Terra, em maior ou menor grau de importância, de acordo com a nossa capacidade.

TERRA - PLANETA DE PROVAS E EXPIAÇÕES

TERRA - PLANETA DE PROVAS E EXPIAÇÕES

Terra – Planeta de Provas e Expiações:

Nos ensina Emmanuel, no livro "O Consolador", que: "dentre os mundos inferiores, a Terra pertence à categoria dos de expiações e provas, porque existe predominância do mal sobre o bem. Aqui, o homem leva uma vida cheia de vicissitudes por ser ainda imperfeito, havendo, para seus habitantes, mais momentos de infelicidades do que de alegrias.

A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime."

Em "A Gênese" encontramos que "Tal qual ocorreu com a estrutura física da Terra, a evolução moral tem caminhado gradualmente, sem processos descontínuos.

Os períodos geológicos marcam as fases do aspecto geral do globo, em consequência das suas transformações. Mas, com exceção do período diluviano, que se caracterizou por uma subversão repentina, todos os demais transcorreram lentamente, sem transições bruscas. Durante todo o tempo que os elementos constitutivos do globo levaram para tomar suas posições definitivas, as mutações houveram de ser gerais.

E Assim também vem ocorrendo com a parte moral e intelectual dos Espíritos que habitam a Terra."

Em se analisando "O Evangelho Segundo o Espiritismo", em seu capítulo III – Há muitas Moradas na Casa de meu Pai, o item 4 é bastante esclarecedor no sentido de que: "A Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.

Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contato com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semi-civilizadas, constituídas desses mesmos Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já viveram noutros mundos, donde foram excluídos em consequência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. E que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.

Complementa Emmanuel, na obra acima citada (O Consolador), que: "a felicidade não pode existir, por enquanto, na face do orbe, porque, em sua generalidade, as criaturas humanas se encontram intoxicadas e não sabem contemplar a grandeza das paisagens exteriores que as cercam no planeta. Contudo, importa observar que é no globo terrestre que a criatura edifica as bases da sua ventura real, pelo trabalho e pelo sacrifício, a caminho das mais sublimes aquisições para o mundo divino de sua consciência."

O nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso.

Ele progride, fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem e, moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Ambos esses progressos se realizam paralelamente, porquanto o melhoramento da habitação guarda relação com o do habitante. Fisicamente, o globo terráqueo há experimentado transformações que a Ciência tem comprovado e que o tornaram sucessivamente habitável por seres cada vez mais aperfeiçoados. Moralmente, a Humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes.

Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento dos seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

Tudo, pois, se processará exteriormente, como sói acontecer, com a única, mas capital, diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso, inclinado, tendente ao bem.

Eis, pois a destinação imediata da terra: Planeta de regeneração. Continuando porém, no seu progresso ininterrupto, ascenderá a planos cada vez mais altos até á perfeição a que estamos todos predestinados.


Ä Sofrimento e Esperança:

É nas épocas dos grandes sofrimentos coletivos que o pensamento humano busca, ansiosamente, novo abrigo capaz de apaziguá-lo, de sustentar-lhe a esperança em melhores dias. Assim tem sido na história da Humanidade. Largos períodos de transição, em que tudo parece instável, os edifícios sociais se abalam, como em prenúncio de um novo estágio, com outros valores que surgem em substituição aos antigos.

Há muitos exemplos desse fenômeno social. Quando o Mundo Ocidental chegou ao fim da Primeira Grande Guerra, ai terminava também, contrariamente ao calendário, o século XIX, com seus costumes, problemas sociais e soluções provisórias. Pouco mais de quatro anos de violentos abalos causados pela guerra foram suficientes para se estabelecer uma nova ordem político-social no Ocidente. Ao fim da Segunda Grande Guerra, após dores e sacrifícios inauditos, com perdas de milhões de vidas e ruína econômica de âmbito mundial, já não satisfaziam os valores convencionais do intervalo das duas hecatombes. Ao vertiginoso progresso tecnológico juntavam-se novas aspirações, novos ideais de convivência, de liberdade e de cooperação entre as nações, possibilitando a recuperação econômica de vencedores e vencidos.


Ä Transformações:

Agora, na última década do século XX e do Milênio, estamos vivendo outro período de grandes transformações, acompanhadas de sofrimentos e dores.

Fica-nos a impressão de que, assim como desabou um muro e uma fortaleza considerados inexpugnáveis, simbolizando o atraso e a imposição, em nome de falsos princípios inspirados no materialismo, assim também podem ruir a intransigência, os preconceitos e as discriminações contra milhões de criaturas humanas que, no mundo inteiro, deixam de ter acesso à instrução, à educação, à saúde, à alimentação, à habitação, à liberdade e ao trabalho, em decorrência de uma mentalidade dominada pelo egoísmo e pela indiferença dos que detêm o poder econômico e político, em toda parte.

Este novo tempo que estamos vivendo, na previsão da Espiritualidade Superior, é de dores e sofrimentos para todas as nações, instituições e indivíduos. Ninguém se furtará às angústias e aflições desta hora, em que desabam sistemas, crenças e descrenças insustentáveis.

Agora é também tempo de renovação, em que um ideal generoso se oferece a todas as sociedades humanas, como corretivo ao terrível egoísmo, sustentáculo das violentas ambições, da avidez pela riqueza a qualquer preço, da indiferença pela dor alheia, do sensualismo desenfreado que ameaça submergir os valores morais que precisam ser preservados.

O mundo sofre as conseqüências das escolhas feitas no passado: ignorância, egoísmo e materialismo. Nesse conluio terrível, mesmo as criaturas votadas ao bem, as de boa vontade, as honestas e sensíveis aos sofrimentos alheios vêem quase sempre dificultadas as suas ações, quando não mesmo reduzidas por falta de cooperação, ou produzindo muito menos do que poderiam se o ambiente social lhes fosse favorável.

Nenhum sistema político-social, nenhuma diretriz filosófica, moral ou religiosa, por mais difundidos e aceitos pelas massas, podem produzir bons resultados perante a razão coletiva e individual se não cultivarem, permanentemente, a noção de justiça plena, que está gravada na consciência de cada criatura. A lei universal do amor ao semelhante, que o Cristo preconizou e que o Consolador relembra como necessidade na vivência de cada um, está estreitamente ligada à lei de justiça.

O progresso material é constante, proporcionado à maior parte dos habitantes da Terra pelo avanço intelectual generalizado. Já a evolução moral é obstruída pelo egoísmo e pelo orgulho.

É tempo de as sociedades humanas convencerem-se dessa verdade, compreendendo que o gozo dos bens terrenos, de forma egoística, proporciona uma satisfação limitada e ilusória e que a verdadeira felicidade é a que acompanha o Espírito mesmo após o túmulo, independendo de bens materiais.

Nesse caso, o "homem-econômico", preocupação constante dos sistemas político-sociais, não deve sobrepor-se ao "homem-espírito".

Eis o que diz Allan Kardec em nota à Questão 781 de "O Livro dos Espíritos": opor-se-lhe. E uma força viva, cuja ação pode ser retardada, porém não anulada, por leis humanas más.


Ä Mundo de Imperfeições:

É fácil constatar que a terra é um Mundo de imperfeições

O comportamento, o modo de proceder das pessoas dão-nos conta, com absoluta clareza e precisão, de que estamos, uns mais, outros menos, muito distantes da perfeição a ser um dia alcançada em decorrência da nossa inexorável destinação.

Se nos déssemos ao trabalho de examinar rotineiramente nossa maneira de ser e de agir, sem grande esforço verificaríamos quanto estamos longe das virtudes que haveremos de incorporar ao nosso patrimônio moral.

Os caracteres do homem de bem relacionados no Capítulo XVII, item 3, de "O Evangelho segundo o Espiritismo" parecem-nos, ainda, pelo menos na íntegra, inatingidos pelos habitantes deste Planeta. Contudo, o simples enunciado daqueles padrões decorrentes da ordenação de JESUS para que sejamos perfeitos já constitui bênção generosa para o encaminhamento à meta a ser atingida.

A vinda de JESUS ao seio da Humanidade tem a finalidade indiscutível de arrancá-la do lodaçal da ignorância. Embora decorridos quase dois mil anos do drama infamante da cruz, aquele propósito continuará ditando os rumos certos da evolução. Assim, ao surgir a Revelação Espírita ressurgiram os ensinos do Divino Mestre, agora sem o véu que encobria parcialmente a verdade.

Do "não matarás" de MOISÉS ao "amai-vos" de JESUS e deste ao "Consolador" pode parecer longo o caminho, mas não para DEUS que labora incessantemente na eternidade e cujos desígnios são impenetráveis.

É certo que o tempo não respeita as obras que ele mesmo não ajuda a edificar. Há quem ponha em dúvida realidades eternas. Outros que negam tudo que não seja a matéria tangível. Existem os que investem contra as claridades trazidas por JESUS e ainda aqueles que descrêem da própria existência do DIVINO PASTOR cuja história teria sido, para eles, obra de ficção. E, mesmo entre os que têm nEle seu símbolo de fé, negam certos ensinamentos que trouxe, como o da reencarnação do Espírito, tantas vezes ensinada com meridiana clareza, como nesta afirmação contida no Capítulo III, v. 3, de João Evangelista:

"Ninguém pode ver o reino de DEUS se não nascer de novo."

Ressurreição, tantas vezes repetida nos textos sagrados, nada mais é do que ressurgir o Espírito imortal em um novo corpo físico, para reencetar a caminhada para a perfeição. E como alcançá-la a não ser por meio de sucessivas reencarnações?

Hesitar em admitir a missão divina de JESUS, sua Doutrina clara, simples, racional, em toda sua luminosa pureza primitiva, em espírito e verdade, é dar demonstração de insensatez, de carência de lucidez a deslustrar a inteligência humana.

Outro indicador seguro de imperfeição é a intolerância, sobretudo a religiosa. Certamente que ela não existe em mundos adiantados onde reina a fraternidade e a discordância e as dissensões não têm razão de ser, por isso que são incompatíveis com a presença da luz.

Ser espírita, sem dúvida, significa dispor de uma bênção para visão mais aperfeiçoada e ampla da vida. Todavia, consequentemente, aumenta sobremaneira a responsabilidade decorrente dos atos de quem a recebe perante os seus semelhantes, notadamente diante daqueles que professam crenças outras ou que caminham sem fé ou, ainda, dos que se postam como adversários e algozes. Ao espírita sincero e consciente incumbe a observância permanente da tolerância, compreensão e humildade para que possa usufruir da paz e da consciência de que caminha com DEUS.

Por outro lado, os conceitos de amor e fraternidade não devem permanecer retidos no pequenino coração humano, restritos a um pequeno reduto, a um limitado horizonte, devem expandir-se, eis que constituem leis e princípios naturais universais que não comportam restrições nem sectarismos de qualquer espécie.

A mensagem espirita indica os meios e recursos de que pode dispor este Planeta para livrar-se da condição de Mundo de Expiações e Provas.


Ä Civilizações:

A civilização, que o Mundo moderno alcançou, apresenta duas faces diferentes, por vezes conflitantes, perfeitamente perceptíveis por qualquer observador atento.

De um lado, o alto nível alcançado pela tecnologia variada, calcada no progresso científico, modernizou a vida de, praticamente, todas as nações, quer do Ocidente, quer do Oriente. Já não há distinções profundas, como existia em séculos passados, entre as nações européias, com seu progresso considerável, produzido, entre outros fatores, pela revolução industrial, e as nações dos outros continentes, no que diz respeito ao avanço proporcionado pelo domínio da tecnologia.

É verdade que ainda existem 12 bolsões de atraso na África, na Ásia e na América. Mas nações como os Estados Unidos, o Japão, as Coréias, a China, o Canadá e Taiwan mostram que o progresso material proporciona, em todo o Mundo, melhores condições de vida para todos. E uma tendência natural, subordinada ao tempo.

O progresso foi simplesmente fantástico, neste século, na Medicina, nos meios de transporte, na comunicação de massa e na eletrônica, para citar somente quatro setores nos quais a Ciência e a Tecnologia se ajustaram e revolucionaram os sistemas de vida e, em conseqüência, os usos e costumes, por toda parte.

Portanto, a vida material, na Terra, proporciona, atualmente, uma civilização que podemos classificar de brilhante, em comparação com as dos séculos passados.

Mas, de outro lado, a vida moral e espiritual teria progredido em igual proporção?

Não se pode medir o alcance de qualquer civilização pelo bem-estar físico, pela riqueza, pelo conforto desfrutados por qualquer sociedade humana.

A História das civilizações mostra que surge a decadência justamente no auge da riqueza material e do reconforto, quando os homens afrouxam os hábitos austeros, diminuem o trabalho útil e produtivo, relaxam os bons costumes e se entregam aos excessos e facilidades de toda ordem.


"Na face brilhante da civilização material a que chegou o Mundo na

atualidade, manchas terríveis obscurecem e comprometem esse lustre. É que não há verdadeira civilização sem o suporte moral que a sustente e engrandeça"


"De duas nações que tenham chegado ao ápice da escala social, somente pode considerar-se a mais civilizada, na legítima acepção do termo, aquela onde exista menos: egoísmo, menos cobiça e menos orgulho; onde os hábitos sejam mais intelectuais e morais do que materiais; onde a inteligência se puder desenvolver com maior liberdade; onde haja mais bondade, boa-fé, benevolência e generosidade recíprocas; onde menos enraizados se mostrem os preconceitos de casta e de nascimento, por isso que tais preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo; onde as leis nenhum privilégio consagrem e sejam as mesmas, assim para o último, como para o primeiro; onde com menos parcialidade se exerça a justiça; onde o fraco encontre sempre amparo contra o forte; onde a vida do homem, suas crenças e opiniões sejam melhormente respeitadas; onde exista menor número de desgraçados; enfim, onde todo homem de boa-vontade esteja certo de lhe não faltar o necessário."


Nenhum povo pode considerar-se grande e civilizado sem que as bases de sua grandeza se fundamentem no culto permanente dos valores morais de uma ampla justiça para toda a população. Justiça, nesse caso, deve ser entendida na acepção ampla, lata, em que todos cultivem o trabalho útil, a compreensão, a estima mútua, a isenção de preconceitos de raça, de casta e de crença.

A ausência desses valores é que caracteriza, muito especialmente, as civilizações incompletas de nossos dias, apesar do progresso material.

Ora a fome, a miséria e as doenças a dizimar populações indefesas.

Ora a corrupção afetando camadas dirigentes de ricas comunidades.

América, Europa, Ásia, África e Oceânia foram atingidas por diferentes formas de crises, mas nenhum continente, nenhuma nação deixou de ser afetada por algum problema grave.

Confirma-se, assim, a previsão da Espiritualidade de que esta década, fim de milênio, é de transição para uma nova Era, compreendendo um período de sofrimentos e dores para todos, como uma necessidade para a depuração do Orbe.

Sofrimentos sempre houve neste Mundo, não fosse ele de expiações e provas.

Inaugura-se uma fase de transformações, na qual o egoísmo e a ignorância, que levam à maldade e à insensibilidade, afetando indivíduos e coletividades, serão submetidos ao freio da dor, já que as oportunidades sucessivas de evolução que a Providência Divina tem oferecido a todos não foram suficientes para as retificações de rumo de grande parte da Humanidade.

Se consideráveis parcelas da população terrestre, nas diferentes latitudes do Planeta, persistem na materialidade da vida, praticamente sem aproveitamento dos anseios oferecidos para o progresso espiritual, se a indiferença de indivíduos e sociedades à ética e à moral superior retém a evolução normal de todos, dando margem a que se instalem as variadas formas de orgulho e de egoísmo, certo é que a Lei Divina há que intervir com seus sábios mecanismos, visando às retificações dos que se desviam e o favorecimento dos que querem progredir e são obstruídos.

Como adverte Bezerra de Menezes este é um momento difícil, inclusive para aqueles que cultivam nobres ideais, porque, diante de tantas dificuldades materiais e morais, as criaturas sentem-se aturdidas na hora de selecionar os verdadeiros valores que lhes devem conduzir o comportamento.

Surgem por todos os lados as tentações maiores e menores, capazes de contaminar os distraídos e invigilantes.

Doenças hereditárias, moléstias incuráveis desafiando a Ciência, corpos deformados, paralíticos, cegos, estropiados de toda ordem, doentes mentais, miseráveis que não dispõem do essencial para viver são constatações que já nem chamam a atenção, tal a sua incidência sobre as comunidades humanas. Todas essas criaturas estão, entretanto, progredindo através do sofrimento individual, que extravasa, atingindo familiares, amigos, corações generosos.

Mas ao lado dos aparentes males individuais, existem as graves situações mórbidas, de ordem moral principalmente, que atingem as coletividades do mundo inteiro, alimentando o egoísmo, a maldade, a ignorância e o orgulho, com todas as suas consequências, entravando o progresso moral da Humanidade. É para esses males coletivos que a Providência Divina reserva as grandes provações e sofrimentos coletivos, alguns dos quais são identificados na história do homem.

Já está no Mundo, desde o século passado, a Doutrina Consoladora, pronta a atender às necessidades de transformações que se impõem, já que o materialismo, o dogmatismo das religiões, o preconceito da ciência dos homens e a indiferença de grandes contingentes humanos mostram-se rebeldes à lei universal do amor e da justiça divina.

Essa novel Doutrina explica a necessidade do sofrimento para debelar os grandes males, aparentemente irremovíveis. Ela ajuda poderosamente o homem nas transformações necessárias, com os remédios morais que indica.

Mostrando a dor como verdadeiro processo de reeducação e retificação, tira do sofrimento o caráter terrificante e lúgubre para colocá-lo no seu verdadeiro papel de agente da Justiça Divina.




Bibliografia:



Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. III Há muitas Moradas na Casa de meu Pai, itens, 4, 6, 7 12 e 13.


Kardec, Allan – A Gênese – Revoluções do Globo – cap. IX, itens 2, 27 e 25.


Xavier, Francisco Cândido – O Consolador – pelo Espírito Emmanuel - Evolução – perguntas 240 e 246.


Xavier, Francisco Cândido – Emmanuel – pelo Espírito Emmanuel – Vidas sucessivas e mundos habitados.


Apostila da Federação Espírita do Paraná – Estudo Sistematizado da doutrina Espírita – II subitem 6.3.


Reformador 67, Março 1962, Sofrimento e Esperança Pg 7-8-9


Reformador 131. Maio de 1993 Civilizações Pg 7-8


Reformador 355- Dezembro de 1992 Pg 7-8-9


Reformador 73, Março de 1998 Pg 13-14.

Provas e Expiações para Regeneração: o que acontecerá com o mundo?

Provas e Expiações para Regeneração: o que acontecerá com o mundo?

Autor Tony - tonytarologo@terra.com.br


Estamos vivendo ativamente o momento de transição da Terra, que sai do contexto de mundo de provas e expiações, e entra na esfera de mundo de regeneração. Muitas são as teorias, informações e afirmações a respeito do tema, mas é fato que estamos vivendo um momento ímpar na evolução da humanidade. Mas para discorrer sobre o assunto, vamos inicialmente entender a escala dos mundos:

Mundos Primitivos: São aqueles onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana. São ainda inferiores a Terra, tanto moral quanto intelectualmente.

Mundos de Expiação e Prova: Correspondem a mundos em que ainda predomina o mal. A superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que eles não são um mundo primitivo. Suas qualidades inatas são a prova de que os Espíritos ali encarnados já realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral. (É o atual e final estágio da Terra)

Mundos de Regeneração: Servem de transição entre os mundos de expiação e os felizes. A alma que busca uma evolução consciente, neles encontram a paz, o descanso, e os elementos para avançarem. Nesses mundos o homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria. A humanidade ainda experimenta as nossas sensações e os nossos desejos, mas está isenta das paixões desordenadas que nos escravizam; Neles não há mais orgulho que emudece o coração, inveja que o tortura e ódio que o asfixia. Nesses mundos, contudo, ainda não existe a perfeita felicidade, mas a aurora da felicidade. Os Espíritos vinculados a eles necessitam muito evoluir, em bondade e em inteligência.

Mundos Felizes: São aquele onde o bem supera o mal. Kardec mostra-nos algumas características desses mundos:

- a matéria é menos densa, o homem já não se arrasta penosamente pelo solo, suas necessidade físicas são menos grosseiras, e os seres vivos não mais se matam para se alimentarem;
- o Espírito é mais livre, tem percepções que desconhecemos, e a mediunidade intuitiva é bem mais evidente do que entre nós;
- a intuição do futuro e a segurança que lhes dá uma consciência tranqüila e isenta de remorsos fazem que a morte não lhes cause nenhuma apreensão;
- a duração da vida é bem maior, pois o corpo está menos sujeito às vicissitudes da matéria grosseira;
- a infância existe, mas é mais curta e menos ingênua;
- a autoridade é sempre respeitada, porque decorre unicamente do mérito e se exerce sempre com justiça;
- a reencarnação é quase imediata, pois a matéria corpórea sendo menos grosseira, o Espírito encarnado goza de quase todas as faculdades do Espírito;
- a lembrança das existências corpóreas é mais precisa;
- as plantas e os animais são mais perfeitos, sendo os animais mais adiantados do que os próprios seres humanos da Terra.

Mundos Celestes ou Divinos: Morada dos Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura.

Estima-se que esse "processo de transição" (de provas e expiações para regeneração) tenha se iniciado por volta de 1850, se intensificando logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, e tende a se findar em 2050, totalizando um período de 200 anos.

No plano astral, a partir de 1945, alguns espíritos formularam planos reencarnatórios que exigiram alguns lustros (lustro = 5 anos) de estudo e preparação no invisível. Reencarnariam somente a partir da década de 70.

Entre 1970 e 1975, houve uma leva desses espíritos que começaram a encarnar na Terra como os “Provacionais”, trabalhadores da última hora descritos na parábola de Jesus.

Entre 1975 e 1985, chegaram os “Índigos” - espíritos dotados de grande conhecimento intelectual e inato da espiritualidade, os quais carregam o desejo de mudança e modificação das estruturas que julgam ultrapassadas.

Entre 1985 e 2000, teriam encarnado os “Missionários”. Seriam espíritos extremamente superiores aos “Índigos”, dotados de grande caráter de abnegação. A missão seria a de ensinar e dar o exemplo de nobres conceitos de vida nos mais diversos campos da existência humana. Esses espíritos possuem grande conhecimento, mas precisam de orientação, principalmente moral. Com acesso aos meios de comunicação, percebemos que têm mais informação, porém, a presença dos pais ou de algum tutor é indispensável.

Em tempo, é importante dizer que quando falamos aqui dos tipos de espíritos que encarnaram entre esses períodos, não estamos querendo dizer que todos os que encarnaram nesses intervalos de tempo tinham obrigatoriamente essas características. Não é isso. A questão é que dentre os que encarnaram nesses períodos, houve uma parte com essas características (provacionais, índigos e missionários).

Não significa que todas as pessoas que encarnaram entre 1985 e 1995 sejam missionários, nem que todos os que encarnaram entre 1975 e 1980 sejam índigos por exemplo. Da mesma forma, índigos e provacionais podem estar encarnando agora. Sem contar que mantém-se a afirmação de que não são todos os que encarnam hoje que carregam esses estigmas, mas sim, uma parte deles.

Mas voltando ao tema do processo de transição, em 1932, Maria João de Deus (Mãe de Chico Xavier), informa: "Nossos venerandos mentores espirituais sempre nos elucidam, explicando que a Terra se acha em vias de conhecer um novo ciclo evolutivo. Explicam-nos, então, que esses movimentos objetivam não só o cumprimento exato das provações individuais e coletivas dos homens e dos povos, como também representam um trabalho de drenagem sobre as multidões humanas, selecionando as almas então encarnadas nesse mundo" e acrescenta: "Afirmam, portanto, os nossos guias que apenas começamos a presenciar os grandes acontecimentos que, fatalmente, terão de ocorrer nos anos vindouros."

Em 1938, Emmanuel informa: "As guerras russo-japonesa e a européia de 1914 a 1918 foram pródromos de uma luta maior, que não vem muito longe, dentro da qual o planeta alijará todos os Espíritos rebeldes e galvanizados no crime, que não souberam aproveitar a dádiva de numerosos milênios, no patrimônio sagrado do tempo."

E, em 1971, Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2057.

Sobre os nascidos após o ano de 2000: são espíritos de todas as matizes, mas com uma qualidade de mais equilíbrio (se bem educados pelos pais ou tutores). A esmagadora maioria dos espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberam a permissão para reencarnar na face da Terra. Reencarnar aqui, a partir dessa data equivale a um valioso prêmio justo, destinado apenas aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, que, de fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais próximos, exatamente no ano 2000. Certamente, Emmanuel, reencarnado aqui no coração do Brasil, haverá de desempenhar significativo papel na evolução espiritual de nosso orbe. Todos os demais espíritos, recalcitrantes no mal, seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o estágio do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento desses mundos para onde os espíritos renitentes estariam sendo degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou Quírom. Mas atenção: não quer dizer que não existam mais espíritos ignorantes do bem após 2000. Quer dizer que não nasceriam espíritos dessa natureza neste planeta em grande volume (podendo ainda nascer um ou outro, por acréscimo de misericórdia). Os ignorantes e maus que já existem, permanecem até o desencarne.

Em nobre conversa com amigos íntimos por volta do ano de 1984, Chico Xavier faz uma revelação importante sobre o futuro da humanidade. Tal revelação ficou guardada naquele círculo até pouco tempo, quando, na atual "Casa de Chico Xavier" em Pedro Leopoldo, tive o prazer de participar do lançamento do Livro "não será em 2012", sob os auspícios do querido Geraldinho.

Informa a importante obra, que "quando o homem pisou na lua (20 de julho de 1969), ocorreu no plano espiritual uma reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros divinos, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso mundo. Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é o Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta. Depois de muitos diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral. Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período. Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre. Segundo a imposição do Cristo, as nações mais desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada "III Guerra Mundial". Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bem convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em efetivo processo ativo de regeneração. Nenhum de nós pode prever os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas! Segundo Chico Xavier, nós alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução para a pobreza e a fome que estarão extintas; teremos a descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos avanços da Medicina; o homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se fará mais generalizada; também os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico; haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas, possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram para o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra, uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de nosso planeta. Mas, e se acontecer o caso das nações terrestres se lançarem a uma guerra nuclear? Aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis) consequentes; veríamos a explosão de vulcões há muito tempo extintos; enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os pólos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre. Em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação crescerá em importância sociocultural, política e econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobras uma das maiores empresas do mundo. (Observe que Chico Xavier disse isso em 1984) O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário global, e isso terá como consequência a elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também. Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se se situa o Brasil, que então seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos migrantes. A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e orais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos. Segundo Chico Xavier, esses fluxos migratórios infelizmente não seriam pacíficos. O que restasse da ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da América do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores a “mano militare”, não deixariam de estar sobrecarregados e aflitos com as consequências nefastas da guerra e das hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor. Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações distintas. Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste somados a Goias e ao Distrito Federal. Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores. Vejamos, por exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma forma geral, poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à cultura. Os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra, aos anciãos e às tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofertaremos a eles, nossos irmãos na carne, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples e humilde, essa gente boa que reencarnou na grande nação brasileira para dar cumprimento aos desígnios de Deus e demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida Superior, testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno e nobre da mediunidade com Jesus. O Brasil, embora sofrendo o impacto moral dessa ocupação estrangeira, não estaria imune aos movimentos telúricos da Terra. O Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras. Acontece que o impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta. Essa última hora bem que poderia ser por nós considerada como a última bênção misericordiosa de Jesus Cristo em nosso favor, uma vez que, foi ele, Nosso Senhor, quem advogou em favor de nossa causa, ainda mais vez mais. É a nossa última chance, é a última hora... Não há mais tempo para o materialismo. Não há mais tempo para ilusões ou enganos imediatistas. Ou seguiremos com a Luz que efetivamente buscarmos, ou nos afundaremos nas sombras de nossa própria ignorância. Que será de nós? A resposta está em nosso livre-arbítrio, individual e coletivo. É a nossa escolha de hoje que vai gerar o nosso destino. Poderemos optar pelo melhor caminho, o da fraternidade, da sabedoria e do amor, e a regeneração chegará para nós de forma brilhante a partir de 2019; ou poderemos simplesmente escolher o caminho do sofrimento e da dor e, neste caso infeliz, teremos um longo período de reconstrução que poderá durar mais de mil anos. Entretanto, sejamos otimistas. Lembremo-nos que deste período de 50 anos já se passaram 42/43 anos em que as nações mais desenvolvidas e responsáveis do planeta conseguiram se suportar umas às outras sem se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. Essa era a pré-condição imposta por Jesus. Não estamos entregues à fatalidade nem predeterminados ao sofrimento. Estamos diante de uma encruzilhada do destino coletivo que nos une à nossa casa planetária, aqui na Terra. Temos diante de nós dois caminhos a seguir. O caminho do amor e da sabedoria nos levará a mais rápida ascensão espiritual coletiva. O caminho do ódio e da ignorância acarretar-nos-á mais amplo dispêndio de séculos na reconstrução material e espiritual de nossas coletividades. Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e coletivas."

A obra completa com todas as informações relacionadas foi escrita por Geraldo Lemos Neto e Marlene Nobre, amigos queridos de Chico Xavier que ouviram as declarações do querido medium na década de 80. O livro, intitulado "Não Será Em 2012 - Chico Xavier Revela a Data-limite do Velho Mundo - Editora Fé" está disponível nas melhores livrarias, e vale a pena ler.