OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS E. S. E. (Cap. V, item 23) Fénelon. (Lião, 1860.) Roteiro de Aula
I. A felicidade
a) Vive o homem incessantemente em busca dela
b) Incessantemente lhe foge (ao homem)
c) Ela sem mescla não se encontra na Terra
II. Poderia ele, pelo menos, gozar de relativa felicidade:
a) Se não a procurasse nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes (gozos materiais)
b) Se a procurasse nos gozos da alma (imperecíveis)
c) Se procurasse a paz do coração (única felicidade real neste mundo)
III. Entretanto, em vez disto:
a) Ele se mostra ávido de tudo o que o agitará e turbará
b) Como que de intento, cria para si tormentos que está nas suas mãos evitar
IV. Os que derivam da inveja e do ciúme (p.ex.)
a) Para o invejoso e o ciumento (pobres insensatos) não há repouso; estão perpetuamente febricitantes.
b) O que não têm e os outros possuem lhes causa insônias
c) Dão-lhes vertigem os êxitos de seus rivais
d) Toda a emulação, para eles, se resume em eclipsar os que lhes estão próximos
e) Toda a alegria em excitar, nos que se lhes assemelham pela insensatez, a raiva do ciúme que os devora
f) Não imaginam que, amanhã talvez, terão de largar todas essas frioleiras cuja cobiça lhes envenena a vida
V. Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que:
a) Sabe contentar-se com o que tem
b) Que nota sem inveja o que não possui
c) Que não procura parecer mais do que é
VI. Esse é sempre rico, porquanto, se olha para baixo de si, e não para cima, vê sempre criaturas que têm menos do que ele
VII. E calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas
VIII. E não será uma felicidade a calma, em meio das tempestades da vida?
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