Para entendermos esta questão de mundos inferiores e superiores vamos tomar como comparação a Terra.
Existem mundos cujos habitantes vivem em estado primitivo, sociedades bárbaras, como no início do nosso planeta, onde as noções são tão rudimentares que os únicos sentimentos que existem é o de sobrevivência conquistado na maioria das vezes pela força bruta.
Nestes mundos atrasados não há beleza, não há noções de justiça e nem de injustiça, não há um sentimento de solidariedade, de fraternidade e de amor, há apenas a luta diária pelo alimento e pela preservação instintiva da vida.
Mas estes seres não estão abandonados a sua própria sorte, pois Deus não abandona a sua criatura. Há resquícios de inteligência adormecida e que vai ser desenvolvida.
Nos mundos superiores o grau de evolução da criatura atingiu tal ponto que as questões de ordem moral e material são totalmente diferentes das encontradas na Terra.
A materialidade do corpo difere da do homem terrestre, está livre de doenças e de outras perturbações. No lugar de rostos pálidos e abatidos pelos sofrimentos e paixões, um ser que irradia inteligência, brilho, sentidos mais apurados, leveza.
Diferentemente de nossos medos diante da perspectiva da morte, para estes seres ela é considerada uma transformação feliz, pois não dúvidas sobre o futuro.
O que há são possibilidades de habitarem cada vez mais mundos superiores a caminho do reencontro com o Criador.
E a Terra, onde nos localizamos neste contexto? Já deixamos a muito aquele estágio primitivo, as sociedades evoluíram, uma outra concepção de vida nos impulsiona.
Mas na escala evolutiva dos mundos ainda nos encontramos num estágio inferior, porque o mal ainda predomina entre os homens. Há resquícios de animalidade em nós, ditado pelos nossos instintos, que produzem sociedades doentes, perturbadas, quer pela ambição de escravizar quer pelas guerras e suas conseqüências.
Estamos condenados a viver eternamente neste mundo inferior? Claro que não. Deus é imparcial para com todos os seus filhos. Ele dá os mesmos direitos a todos para que possamos através de nosso esforço conquistar estes mundos superiores.
Partimos todos do mesmo ponto e compete a cada um conquistar pelo trabalho as posições mais elevadas, alcançando com isso o mais rapidamente possível a passagem para os mundos mais felizes.
Devemos procurar não nos elevarmos acima dos outros, mas somente acima de nós mesmos, nos aperfeiçoando, ou estaremos condenados a nos arrastar durante sucessivas encarnações nas camadas baixas da Humanidade.
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