domingo, 26 de junho de 2016

Estudando sobre a Erraticidade

Estudando sobre a Erraticidade

  DANTE ALIGHIERI em sua A Divina Comédia, descreve ... importante tratar aqui da questão básica relativa à erraticidade e dos Espíritos errantes.
Dante 1/06/1265 a 14/09/1321 – Escrito, poeta e político italiano.

Em O Livro dos Espíritos, no Capítulo VI, Da Vida Espírita, os Espíritos já sem um corpo material são chamados de "Errantes". E, na resposta à Questão 224 "a" do Livro dos Espíritos, o vocábulo é usado pela primeira vez:
224. a)Quanto tempo podem durar estes intervalos?
Desde algumas horas até alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há extremo limite estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prolongar-se muitíssimo, mas que nunca é perpétuo...

Informações posteriores sobre a Erraticidade são encontradas em diversos livros espíritas, destacando transmitidas através de diversas obras mediúnicas, que precisam ser melhor estudadas e compreendidas sempre com base em Allan Kardec.

.Da mesma forma vamos encontrar vários livros e filmes procuram retratar como seria este mundo extracorpóreo. Um dos mais significativos é "Amor Além da Vida" 1998, com Robin Williams,Cuba Gooding Jr. e Annabella Sciorra. Neste filme, consonante ao que preconiza a Doutrina Espírita em diversas obras, vemos que o ambiente espiritual é essencialmente plástico, variando de acordo com o pensamento.


Mas vamos ao estudos e pesquisas sobre o assunto, com base nos livros da Codificação e concluindo com a obra fantástica de Leon Denis: Depois da  Morte.

Estudando o assunto aprendemos  que erraticidade...
•  É o estado dos Espíritos errantes, ou erráticos, isto é, não encarnados, durante o intervalo de suas existências corpóreas (Livro dos Médiuns).
•  A erraticidade mesmo sendo muito longa, nunca é perpétua. Após determinado período, o Espírito voltará a uma existência apropriada a seu aprendizado e aperfeiçoamento.
•  A erraticidade não é sinal absoluto de inferioridade para os Espíritos. Há Espíritos errantes de todas as classes, salvo os da Primeira Ordem ou Espíritos Puros, que não necessitam mais sofrer encarnações.
Enquanto as almas desprendidas das influências terrenas se constituem em grupos simpáticos, cujos membros se amam, se compreendem, vivem em perfeita igualdade, em completa felicidade, os Espíritos que ainda não puderam domar as suas paixões levam uma vida errante, desordenada, e que, sem lhes trazer sofrimentos, deixa-os, contudo, mergulhados na incerteza e na inquietação. É a isso que se chama erraticidade; é a condição da maioria dos Espíritos que viveram na Terra, nem bons nem maus, porém ainda fracos e muito inclinados às coisas materiais. (Leon Denis - Depois da morte)

Sobre Espíritos Errantes:  
•  Separado do corpo físico, pela desencarnação, o Espírito, na maioria das vezes, reencarna depois de intervalos mais ou menos longos. Nesses intervalos, entre as encarnações, a alma se encontra na condição de "Espírito Errante" à espera de um novo destino.
•  Esses intervalos entre as encarnações podem durar desde algumas horas, até alguns milhares de séculos, não existindo, neste sentido, limite determinado.

E qual será a situação do Espírito após a morte.
•  Dizem todos os Espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar, a fim de fazerem a sua escolha. (LE. 266)
•    O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos. Por toda parte, bandos, enxames de almas sobem, descem, agitam-se no meio da luz ou na região das trevas. (Leon Denis - Depois da morte)
•  Encontram-se na erraticidade multidões imensas, sempre agitadas, sempre em busca de um estado melhor, que lhes foge. Numerosos Espíritos aí flutuam indecisos entre o justo e o injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros estão sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre à procura de uma benevolência, de uma simpatia que podem encontrar. (Leon Denis - Depois da morte)
•  “Para o Espírito errante, já não há véus. Ele se acha como tendo saído de um nevoeiro e vê o que o distancia da felicidade. Mais sofre então, porque compreende quanto foi culpado. Não tem mais ilusões: vê as coisas na sua realidade.”
•   Na erraticidade, o Espírito descortina, de um lado, todas as suas existências passadas; de outro, o futuro que lhe está prometido e percebe o que lhe falta para atingi-lo. É qual viajor que chega ao cume de uma montanha: vê o caminho que percorreu e o que lhe resta percorrer, a fim de chegar ao fim da sua jornada. (LE. 975)

E de acordo com São Luis, 1859 - Diferentes estados da alma na erraticidade
•  Deve também se considerar que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento.
•  Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado.
•  Os Espíritos errantes são felizes ou desgraçados, segundo o grau de sua purificação. Tal felicidade está em correspondência como grau de desmaterialização que hajam alcançado.
•  Os espíritos errantes que ainda não se desprenderam da matéria, ficam vinculados ao mundo onde acabaram de desencarnar. Poderão visitar outros mundos do mesmo grau, bem como, em havendo permissão e acompanhamento, ir a mundos superiores, mas na condição de estrangeiro. Podem entrevê-los e aspirar melhoria própria para habitá-los um dia.
•   Os espíritos superiores (purificados) frequentemente vão a mundos inferiores para auxiliar o seu progresso.
•  É nesse estado que o Espírito, tendo despido o véu material do corpo, reconhece suas existências anteriores e os erros que o afastam da perfeição e da felicidade infinita. É então, igualmente, que ele escolhe novas provas, a fim de avançar mais depressa.
•  Nos mundos superiores a reencarnação é quase sempre imediata, porque a matéria corporal é menos grosseira e os Espíritos gozam de todas as suas faculdades.

ERRATICIDADE -  Conclusão:
Enquanto as almas desprendidas das influências terrenas se constituem em grupos simpáticos, cujos membros se amam, se compreendem, vivem em perfeita igualdade, em completa felicidade, os Espíritos que ainda não puderam domar as suas paixões levam uma vida errante, desordenada, e que, sem lhes trazer sofrimentos, deixa-os, contudo, mergulhados na Incerteza e na inquietação. É a isso que se chama erraticidade; é a condição da maioria dos Espíritos que viveram na Terra, nem bons nem maus, porém ainda fracos e muito Inclinados às coisas materiais.

Encontram-se na erraticidade multidões imensas, sempre agitadas, sempre em busca de um estado melhor, que lhes foge. Numerosos Espíritos aí flutuam indecisos entre o justo e o injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros estão sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre à procura de uma benevolência, de uma simpatia que podem encontrar.

A ignorância, o egoísmo, os vícios de toda espécie reinam ainda na erraticidade, onde a matéria exerce sempre sua influência. O bem e o mal aí se chocam. Éde alguma sorte o vestíbulo dos espaços luminosos, dos mundos melhores. Todos aí passam e se demoram, mas para depois se elevarem.

O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos.

Por toda parte, bandos, enxames de almas sobem, descem, agitam-se no meio da luz ou na região das trevas. Em certos pontos, vê-se grande número de ouvintes recebendo instruções de Espíritos adiantados; em outros, formam-se grupos para testejarem os recém-vindos. Aqui, Espíritos combinam os fluídos, infundem-lhes mil formas, mil coloridos maravilhosos, preparam-nos para os delicados fins a que foram destinados pelos Espíritos superiores; ali, ajuntamentos sombrios, perturbados, reúnem-se ao redor dos globos e os acompanham em suas revoluções, influindo, assim, inconscientemente, sobre os elementos atmosféricos. Espíritos luminosos, mais veloses que o relâmpago, rompem essas massas para levarem socorro e consolação aos desgraçados que os imploram. Cada um tem o seu papel e concorre para a grande obra, na medida de seu mérito e de seu adiantamento. O Universo inteiro evolute. Como os mundos, os Espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas.

Progressos a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a acalmar, amor, expiação, devotamento, sacrifício, todas essas forças, todas essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o movimento e a vida. A imobilidade e a inação é o retrocesso, é a morte. Sob o impulso da grande lei, seres e mundos, almas e sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela vontade divina.  (Léon Denis - Depois da Morte)

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