domingo, 26 de junho de 2016

A Realeza de Jesus - Sérgio

A Realeza de Jesus

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Realeza: 4.1. Reino; 4.2. Reino de Jesus; 4.3. Meritocracia. 5. Jesus: 5.1. Quem foi Jesus; 5.2. Segunda Revelação; 5.3. A Realeza de Jesus. 6. O Espiritismo: 6.1. Reencarnação; 6.2. Vida Futura; 6.3. A Verdadeira Realeza. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO
O que é realeza? O que é reino? Por que o reino de Jesus não é deste mundo? Qual a verdadeira realeza?
2. CONCEITO
Realeza. Família ou casa real. Poder ou condição de rei ou rainha.
Rei. O soberano de uma monarquia. Fig. Aquele que se destaca entre outros do mesmo grupo, profissão etc.
Reino. Estado em que o poder é exercido por um rei ou rainha; monarquia.  
3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nas Escrituras Sagradas – a Bíblia -, há profecias sobre a vinda do Messias, um descendente do Rei Davi, que reconstruirá a nação de Israel e restaurará o reino de Davi, trazendo paz ao mundo. 
Jesus se dizia o Messias, mas não foi aceito pelo povo judeu. Para os judeus, Jesus não preencheu as profecias messiânicas, ou seja:
construir o terceiro Templo Sagrado;
levar todos os judeus de volta à Terra de Israel;
introduzir uma era de paz mundial, e terminar com o ódio, opressão, sofrimento e doenças;
divulgar o conhecimento universal sobre o Deus de Israel – unificando toda a raça humana como uma só.
4. REALEZA
4.1. REINO
A palavra “reino” evoca a ideia de rei, reinado, pessoa poderosa, senhor de muitos domínios e muitos súditos. Historicamente, há os desmandos registrados pelos detentores de poder, principalmente em países que adotaram a ditadura.  
Em termos religiosos, o reino transforma-se em Reino de Deus, tema central da pregação de Jesus. Ele ocupa lugar de destaque em várias de suas parábolas - principalmente o grão de mostarda -, a menor das sementes que, depois de plantada, dará a maior das árvores. 
4.2. REINO DE JESUS
De acordo com O Evangelho Segundo o Espiritismo, o reino de Jesus não é deste mundo; mas sobre a terra não terá uma realeza? O título de rei não implica sempre o exercício de um poder temporal?  
4.3. MERITOCRACIA
O ideal é que os países fossem sempre administrados por pessoas idôneas, honestas e competentes. Nesse caso, os detentores do poder deveriam dedicar-se ao bem comum e não ao próprio interesse. O Evangelho nos mostra que a riqueza e o poder foram nos oferecido  como usufruto para promover o bem dos outros. A qualquer momento pode ser retirado, pois não é posse, mas empréstimo de Deus.
5. JESUS
5.1. QUEM FOI JESUS
Nos evangelhos, Jesus é chamado de “Jesus de Nazaré”, “Jesus, o nazareno”, “Jesus, o filho do carpinteiro” ou “Jesus, o filho de José”. Deveria ter nascido em Nazaré, mas a Bíblia diz que foi em Belém. O motivo aventado foi o censo, que obrigou a família de José a fugir para Belém. Como isso foi possível se naquela época não havia censo?
O cristianismo prega que Jesus veio à terra para tirar o pecado do mundo. Ele nos trouxe o 11.º Mandamento, que é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
5.2. SEGUNDA REVELAÇÃO
A Primeira Revelação – pessoal e local -  veio com Moisés, que nos trouxe os Dez Mandamentos. Na época, vigorava a lei do dente por dente e olho por olho. A Segunda Revelação – pessoal e local – veio com Jesus, que nos traçou a lei do amor. Entre os seus ensinamentos, estão: o amor ao inimigo; o perdoar não sete, mas setenta vezes sete; quando alguém bater numa face, apresentar a outra; se alguém lhe pedir a túnica, larga-lhe também a capa.  
5.3. A REALEZA DE JESUS
A realeza de Jesus diz respeito à moral e ao mérito pessoal. Não é aquela baseada em corrupção e falcatruas, como acontece na vida política. Representa o esforço na prática do bem, na paciência ante os infortúnios, pois quando isso faz parte intrínseca da alma humana, ela transporta-se para outro mundo, um mundo totalmente diferente da mesquinharia do mundo material que ainda domina a maioria dos seres humanos.  
6. O ESPIRITISMO
6.1. REENCARNAÇÃO
A base da Doutrina Espírita está na reencarnação, ou seja, na possibilidade de um mesmo Espírito voltar tantas vezes quantas forem necessárias, mas em corpos diferentes. Ela mostra toda a justiça de Deus, porque nos dá oportunidade de refazermos o que de errado fizemos em outras vidas.  
6.2. VIDA FUTURA
Embora a base do Espiritismo esteja na reencarnação, a crença na vida futura é mais enfática. Ela não depende de lucubrações, de concepções filosóficas, mas do retrato fiel do que os próprios Espíritos vieram nos contar através da mediunidade.  
Em O Céu e o Inferno, há diversas mensagens dos Espíritos relatando a sua situação no mundo espiritual: os que morreram assassinados, os que sofreram no cadafalso, os que se sentem felizes, entre outros.
6.3. A VERDADEIRA REALEZA
"A realeza terrestre acaba com a vida; a realeza moral governa ainda, e sobretudo, depois da morte. A esse título Jesus não é um rei mais poderoso que muitos potentados? Foi, pois, com razão que disse a Pilatos: Eu sou rei, mas meu reino não é deste mundo". (Kardec, 1984, cap. II, item 4) 
7. CONCLUSÃO
Se a realeza não é deste mundo, de que mundo será? Poder-se-ia dizer que é do mundo interior, do mundo moral, cuja riqueza nenhum ladrão nos roubará.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
São Paulo, dezembro de 2015.

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