sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
O Paralítico da Piscina - G
"A Gênese"
Cap XV - O Paralítico da Piscina
21. Depois disso, chegando a festa dos Judeus, Jesus foi a Jerusalém. Ora, havia em Jerusalém a piscina das ovelhas, a qual se chama em hebreu, Betsaida, a qual tinha cinco galerias, nas quais estavam deitados doentes em grande número, cegos, coxos, outros com membros dessecados, os quais todos esperavam que a água fosse agitada. Pois, o anjo do Senhor, num certo tempo, descia nessa piscina e agitava a água; e aquele que entrasse em primeiro lugar, depois que a água fosse assim agitada, seria curado, qualquer que fosse seu mal.
Ora, havia um homem que estava doente há trinta e oito anos. Jesus, tendo-o visto deitado, e conhecendo que estava doente já há tanto tempo, lhe disse:
- Queres ser curado?
O doente respondeu: Senhor, não tenho ninguém para me lançar à piscina depois que a água for agitada; e durante o tempo que levo para lá chegar, um outro ali desce antes de mim.
Jesus lhe disse: Levanta-te, pega teu leito e marcha. Naquele instante aquele homem foi curado; e tomando seu leito, começou a andar. Ora, aquele dia era um sábado.
Os Judeus disseram, pois, àquele que fora curado: Hoje é sábado; não te é permitido levar teu leito. Ele lhe respondeu: Aquele que me curou me disse: Leva teu leito e anda. Porém, o que tinha sido curado não sabia quem ele era, pois Jesus se havia retirado da multidão que ali estava.
Depois Jesus encontrou aquele homem no Templo, e lhe disse: Tu que foste curado, não peques no futuro, para que não te aconteça coisa pior.
Aquele homem foi encontrar os Judeus, e lhes disse que era Jesus quem o curara. _ E por essa razão é que os Judeus perseguiam a Jesus, porque ele fazia essas coisas no dia de sábado. Então, Jesus lhes disse: Meu Pai não cessa de agir até o presente, e eu também ajo sem cessar. (S. João, capítulo V, vers. de 1 a 17).
22. Piscina (da palavra latina "piscis", peixe), se dizia, entre os romanos, dos reservatórios ou viveiros onde se nutriam peixes. Mais tarde, a significação dessa palavra foi estendida às bacias onde se banhavam em comum.
A piscina de Betsaida, em Jerusalém, era um poço, perto do Templo, alimentado por uma nascente, cuja água parecia ter propriedades curativas.
Era sem dúvida uma fonte intermitente que, em certas épocas, golfava com força e dava movimento à água. Segundo a crença vulgar, esse movimento era o mais favorável às curas; talvez, na realidade, no momento de sua emissão, a água tivesse uma propriedade mais ativa, ou que a agitação produzida pela água fizesse vir à tona a vasa salutar para algumas moléstias.
Tais efeitos são muito naturais e perfeitamente conhecidos na atualidade; mas naquela época as ciências estavam pouco adiantadas e enxergava-se uma causa sobrenatural na maior parte dos fenômenos incompreendidos. Os Judeus atribuíam pois a agitação dessa água à presença de um anjo, e tal crença lhes parecia tanto melhor fundada, quanto naquele momento a água era mais salutar.
Depois de haver curado aquele homem, Jesus lhe disse: "Para o futuro não peques mais para que não te suceda alguma coisa pior." Por essas palavras, lhe faz entender que sua moléstia era uma punição, e que, se não melhorasse, poderia ser de novo punido ainda mais rigorosamente. Esta doutrina é inteiramente conforme à que é ensinada pelo Espiritismo.
23. Jesus parecia dar preferência em operar suas curas no sábados, para ter ocasião de protestar contra o rigorismo dos fariseus no que dizia respeito à observação de tal dia. Ele queria mostrar-lhes que a verdadeira piedade não consiste na observância de práticas exteriores e de coisas formais, mas do que está nos sentimentos do coração.
Ele se justifica dizendo:
"Meu Pai não cessa de agir até o presente, e eu também ajo sem cessar."; isto é:
"Deus não suspende suas obras nem sua ação sobre as coisas da natureza no dia de sábado; continua a fazer produzir o que é necessário à vossa nutrição e à vossa saúde, e eu sou seu exemplo".
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