terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PARÁBOLA DA REDE LANÇADA AO MAR


MATEUS, Cap. XIII, v. 47-52
Parábola da rede lançada ao mar
V. 47. O reino dos céus se assemelha também a uma rede de pescar que, lançada ao mar, apanha toda espécie de peixes. — 48. Quando fica cheia, os pescadores a puxam para bordo, onde, assentados, se põem a separá-los, deitando os bons nos vasos e lançando fora os maus. — 49. Assim será no fim do mundo: os anjos virão e separarão os maus do meio dos justos; — 50, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá prantos e ranger de dentes. — 51. Haveis compreendido todas estas coisas? Eles responderam: Sim. — 52. Disse-lhes ele então: Todo escriba instruído acerca do reino dos céus se assemelha ao pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e coisas velhas.
N. 170. Não temos necessidade de vos explicar o símile da pesca. Facilmente compreendeis que se trata da escolha dos bons e do afastamento dos maus. Ele deve ser entendido, compreendido, explicado, em tudo e por tudo, do mesmo modo por que o foi a parábola do joio. Podeis notar que muitas palavras têm o mesmo sentido. Foram ditas a homens diferentes, muitas vezes em ocasiões diversas, mas sempre com o mesmo objetivo.
Compreendestes bem tudo isto? perguntou Jesus aos discípulos. "Sim", responderam-lhe.
Eles haviam compreendido a parábola da pesca tal como lhes foi apresentada, isto é: como uma imagem da escolha que, pouco a pouco, se iria fazendo entre os Espíritos, a fim de que, no momento determinado, já não houvesse muitos Espíritos rebeldes a afastar.
"Todo escriba", disse-lhes também Jesus, instruído acerca do que concerne ao reino dos céus, se assemelha ao pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e coisas velhas".
Por escriba designava Jesus o homem mais esclarecido do que as massas e encarregado de espalhar no meio delas as luzes contidas no tesouro da sua erudição e da sua inteligência.
Os escribas, vós o sabeis, eram, naquela época, os sábios, os eruditos. Espalhavam, ou melhor: tinham o dever de espalhar a luz; mas, não raro, a punham debaixo do alqueire.
Tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas aquele que se serve da ciência que recebeu dos tempos antigos para fortificar e, por assim dizer, tornar recomendável aquilo que ele quer fazer crido.
Assim, vós outros espíritas deveis, dentro dos limites da vossa instrução, das vossas faculdades, investigar as crônicas antigas, escrutar as lendas, desencavar os velhos manuscritos sepultados no fundo das bibliotecas seculares ou dos conventos avaros do que possuem — e, armados dos vetustos documentos que possuirdes, demonstrar aos tímidos, aos incrédulos, aos pseudo-sábios a autenticidade e a ancianidade da ciência que professais.

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