terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Jesus e Kardec - seu ensinos - Luiz Carlos Formiga

 
1. O fato de Jesus ter usado parábolas para ministrar seus ensinamentos e não ter escrito nada, ajudou ou prejudicou o entendimento do Cristianismo?
 
 2. Se tivesse escrito, conforme fez Kardec com a codificação Espírita, reduziria as multidivisões futuras e melhoraria o entendimento?
 
Abaixo uma pequena resposta para ajudar nesta reflexão sobre os ensinamentos de Jesus


"Tenho muitas coisas para vos dizer, mas vós não podeis suportar agora" (João, 16:12).
Por que Kardec pôde explicar e Jesus não pôde?
As revelações são dadas ao mundo, progressivamente, de acordo com o grau de assimilação da humanidade. "Assim como a Ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual. Ora, como este último princípio é uma das forças da Natureza, a reagir incessantemente sobre o princípio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro.
O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria sido abortado, como tudo quanto surge antes do tempo." (A Gênese, Cap. I, item 16)
"Quando vier o Espírito de Verdade ele vos conduzirá à verdade plena, pois não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas futuras, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que vos disse" (João, 14:26 e 16: 13). Mas, Jesus, o Mestre dos Mestres, pedagogo ainda não superado, conhecia a técnica perfeita e nos lecionou com perfeição.
As parábolas já eram conhecidas no Velho Testamento e nos livros sagrados do Oriente, mas Jesus as imortalizou. São histórias simbólicas, comparativas, que embora utilizem reálias, encerram um conteúdo moral que precisa ser buscado. O próprio Jesus ensinou como fazer isso, explicando a parábola do semeador (Mateus, 13:18-23) e do Joio e do Trigo (Mateus, 13: 36-43).
Quais as vantagens de sua utilização?
1. Por serem simbólicas, sofreram menos alterações ao longo do tempo, pelas manipulações e ou traduções;
2. Por terem enredo, interessam a todas as camadas sociais; prendem o ouvinte; impressionam, instigam o raciocínio e não ferem, pois não são endereçadas a ninguém em particular, mas a todos, em geral;
3. Facilitam a assimilação, pois Jesus utilizou-se de reálias usadas pelo homem, no seu afã diário. Esses símbolos podem ser transferidos para qualquer época, daí sua eternidade;
4. São fáceis de memorizar, pela "aparente" simplicidade e boas de reproduzir. Se quisermos entendê-las, em toda a sua profundidade, devemos seguir o conselho de Paulo: "A letra mata, mas o espírito vivifica." (Paulo, II Coríntios, 3:6).
Fonte - Curso de Espiritismo, 12 de dezembro de 2010.

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