domingo, 26 de setembro de 2010

Venezuelano diz que acordou em sala de autópsia

"Mortos" ressuscitam pelo mundo e assustam famílias26 de janeiro de 2008 • 15h45 • atualizado em 29 de setembro de 2008 às 03h17
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Venezuelano diz que acordou em sala de autópsia

O momento mais triste na vida de uma pessoa: a morte de um ente ou um amigo querido. O velório, o enterro, situações pela qual ninguém quer passar. A única coisa que poderia acabar com essa situação seria o retorno da pessoa que morreu. Bem, pois isso não é impossível.

Um taiuanês de 87 anos, por exemplo, acordou durante o próprio funeral. A família levou um susto ao ver o corpo engasgar e, de repente, "voltar à vida" em um centro budista. Os médicos haviam informado que a única coisa que lhe mantinha vivo eram os tubos de oxigênio. Os parentes decidiram então desligá-los. Surpreendentemente, o idoso "reviveu", ao invés de morrer.

Já o chileno Feliberto Carrasco, 81 anos, assustou a família ao levantar do caixão. Um sobrinho do idoso afirma que não conseguia ver a cena, "Eu não conseguia acreditar. Eu achei que era um engano e fechei meus olhos", afirma o familiar ao jornal Últimas Noticias. O primeiro pedido ao voltar aos vivos? Carrasco quis apenas um copo d'água.

Esse é o lado feliz da história, porque, para o venezuelano Carlos Camejo, 33 anos, foi mais complicado. Camejo acordou com fortes dores e descobriu que estava no meio de uma necrópsia, a dele mesmo. Após ser declarado morto depois de um acidente de carro, os médicos legistas decidiram começar o exame.

A mulher de Camejo foi ao necrotério para identificar o marido, mas acabou vendo o "morto" caminhando pelos corredores do prédio. Segundo o venezuelano, ele acordou devido às fortes dores provocadas pelos cortes no rosto durante o exame.

Contudo, os enganos não são recentes. Segundo o publicitário Bruno Maestrini, na década de 50, um caso semelhante ocorreu em Pelotas, sul do Rio Grande do Sul. Uma senhora levantou do próprio caixão e se deparou com os familiares e amigos durante o velório. Segundo Maestrini, a familiar viveu mais duas décadas após a "primeira" morte.

Os casos de confusão atingem também os animais de estimação. Dudu, um cão chinês, teve de sair da própria cova após ser enterrado. Acontece que a dona do animal achou que ele não tinha sobrevivido após ser atropelado por uma van em Nanjing. No dia seguinte, o zelador do prédio onde morava avisou que Dudu esperava por ela em frente à porta do prédio, sujo de terra. Segundo os veterinários, ele deve ter passado por um estado de choque, o que fez com que enrijecesse os músculos e enganasse a dona.

Engano
Na Argentina, uma jovem de 20 anos decidiu aproveitar bem o réveillon de 2006. Ela passou mais de 20 horas festejando e, quando voltou para casa, descobriu que a família já realizava seu velório. A mãe de Ângela Saraiva reconheceu a filha no necrotério, mas na verdade se tratava de uma desconhecida que se jogou de uma ponte na passagem de ano.

Na Polônia, ocorreu um caso um pouco diferente. Um marinheiro descobriu que havia sido declarado oficialmente morto e foi enterrado enquanto estava em uma pescaria com os amigos. Piotr Kucy, 37 anos, surpreendeu a família ao voltar vivo para casa, mas não as autoridades. Ele luta para reconhecer que está vivo há mais de cinco meses, mas não consegue que a Justiça o "ressuscite". Por isso, Kucy não pode trabalhar.

Catalepsia
E como alguém pode ser dado como morto? Uma causa para alguns desses enganos é a catalepsia. O distúrbio impede o doente de se movimentar. O ataque cataléptico pode durar de minutos a dias e faz com quem vê ache que a pessoa possa está morta. Várias podem ser as causas, tanto neurológicas quanto emocionais.

Redação Terra

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