sexta-feira, 8 de julho de 2016

Bem-aventurados os mansos e pacíficos: uma reflexão sobre o orgulho e a cólera

Bem-aventurados os mansos e pacíficos: uma reflexão sobre o orgulho e a cólera

Bem-aventurados os mansos e pacíficos: uma reflexão sobre o orgulho e a cólera   10 6 99

Olá Prezado Irmão (ã)

No Cap. IX do Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos uma mensagem bastante contundente ao que se refere a necessidade de domarmos o nosso orgulho. Um amigo espiritual, que assina como "Um Espírito Protetor" nos fala sobre os malefícios dos acessos de raiva e demonstra que nada mais são do que resultados de nosso orgulho.
O orgulho vos leva a vos julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, de tal maneira acima de vossos irmãos, seja na finura de espírito, seja no tocante à posição social, seja ainda em relação às vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e vos fere. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera.
Conforme sabemos, o orgulho é uma das mais poderosas armas utilizadas por nossos irmãos que ainda se encontram nas trevas para nos derrubar. Quando com raiva, nosso padrão vibratório cai atraindo para junto de nós espíritos na mesma faixa vibratória.

Devemos orar e vigiar, como nos ensinou Jesus. Vigiar muito. Precisamos estar atentos a estas manobras de nossos "inimigos desencarnados". Todos nós trazemos dívidas de outras encarnações e nossos credores costumam nos vigiar muito mais do que nós vigiamos nossos pensamentos e sentimentos. Eles miram nossas fraquezas, nossas más tendências, por isso se fala tanto em Reforma Íntima dentro da Doutrina Espírita.



Os acessos de raiva não resolvem nossos problemas. Acabamos por magoar entes queridos e podemos adquirir novos débitos, alguns muito pesados por sinal, já que a raiva "cega" nossos sentidos e até crimes são cometidos sob sua influência.
No seu frenesi, o homem colérico se volta contra tudo, à própria natureza bruta, aos objetos inanimados, que espedaça, por não o obedecerem. Ah!, se nesses momentos ele pudesse ver-se a sangue frio, teria horror de si mesmo ou se reconheceria ridículo! Que julgue por isso a impressão que deve causar aos outros. Ao menos pelo respeito a si mesmo, deveria esforçar-se, pois, para vencer essa tendência que o torna digno de piedade.
Quem de nós já não se arrependeu de atos e palavras ditas em momentos de fúria? Lembremos que nem sempre um pedido de desculpas conseguirá apagar de outro coração a dor e mágoa causadas por nossa insensatez.

Quando a cólera te atingir, experimente olhar para o motivo que te deixou assim. Como nos advertiu nosso irmão Espírito Protetor, a raiz provavelmente estará no orgulho. Sejamos mais humildes e evitemos dar abertura aos que não desejam nossa vitória na presente encarnação.

Vivemos em um mundo onde o arquétipo do "forte e poderoso" predomina; mas forte mesmo é aquele que sabe se controlar, que não fica subjulgando seus irmãos, que tem segurança de suas capacidades, que não reage agressivamente a possíveis ofensas. Ou seja, forte é aquele que consegue ser humilde.



Sejamos, pois, mais humildes e certamente teremos mais paz no coração, menos débitos para resgatar, mais amigos para nos amparar e, especialmente, teremos mais sintonia com os Espíritos Superiores.
Em suma: a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede que se faça muito bem, e pode levar a fazer-se muito mal. Isso deve ser suficiente para incitar os esforços por dominá-la. O espírita, aliás, é incitado por outro motivo: o de que ela é contrária à caridade e à humildade cristãs. ( E.S.E, IV, 9 - Um Espírito Protetor)
 Sigamos as palavras de nosso Mestre Jesus em Seu Sermão das Montanhas:
 Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra. (Mateus, V: 4).
 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Mateus, V: 9)

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