segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Alexandre o Grande


https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande

Alexandre, o Grande

 

        
  • Quando Alexandre tinha 13 anos, seu pai incumbiu um dos homens mais sábios da sua época, Aristóteles, de educá-lo. Alexandre aprendeu retórica, política, matemática, ciências físicas e naturais, medicina e geografia, ao mesmo tempo em que se interessava pela história grega e pela obra de autores como Eurípides e Píndaro. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em pouco tempo dominou Bucéfalo, que viria a ser seu inseparável cavalo. 

  • Alexandre era admirador dos trabalhos de Homero,  ele gostava tanto de Ilíada que adotou Aquiles como seu exemplo de vida.

  • Apesar do apelido dado por causa da grandeza de suas conquistas, Alexandre media apenas 1,52m.

  • Alexandre acreditava ser descendente de Aquiles que em sua época foi cultuado como um deus e um dos grandes personagens da batalha em Tróia. De acordo com a lenda, Aquiles foi atingido no calcanhar por uma flecha disparada pelo amante de Helena, Páris - também conhecido pelo nome de Alexandre. 

  • Aos 16 anos, Alexandre já se encarregava das colônias quando o Rei Filipe estava de viagem. Nesta mesma época, fundou sua própria colônia, Alexandroupolis.

  • Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe atribuiu dotes de comando. Alexandre teve oportunidade de demonstrar seu valor aos 18 anos, quando, no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas na batalha de Queroneia em 338 a. C. Alexandre destaca-se nesta batalha, comandando a cavalaria macedônia.

  • No ano de 337 a.C. Filipe II casou-se com uma jovem chamada Cleópatra, sobrinha de Átalo, importante nobre macedônio. Olímpia ficou assim preterida e se exilou no Épiro com seu filho Alexandre, pois este acabou entrando em conflito com seu pai. Apenas em 336 a.C. Alexandre se reconciliou com Filipe II e voltou à Macedônia.

  • Alexandre tinha uma irmã também chamada Cleópatra (356-308 a.c), filha de Olímpia e do rei Filipe.

  • A irmã de Alexandre  casou-se com o meio irmão de Olímpia, Alexandre de Epiro. Durante as festividades, o pai da noiva, rei Felipe,  foi assassinado por Pausânias em 336 a.C. O criminoso foi capturado e morto imediatamente. Há suspeitas que o mandante tenha sido o rei persa ou, quem sabe, por vingança da esposa Olímpia. Há a suspeita também de que Alexandre conhecia o plano para eliminar o pai. 

  • A segunda esposa do pai de Alexandre  foi forçada a cometer suicídio e seu filho com  Filipe foi morto.

  • Depois do assassinato de seu pai, Alexandre, aos 20 anos, subiu ao trono da Macedônia e se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino. Para tão árdua campanha contou com poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era uma lança de 5,5 metros de comprimento, máquinas de guerra (como catapultas, aríetes, balistas)  e a cavalaria, que constituía a base do ataque.  

Quem foi 
 
Alexandre, o Grande (ou Magno), foi filho do imperador Fellipe II da Macedônia. Nasceu entre 20 e 30 de julho de 356 a .C, na região de Pella na Babilônia. 
 
Biografia resumida
 
Durante toda sua infância recebeu influência da cultura grega, pois seu professor foi o importante filósofo grego Aristóteles. Desde a infância apresentava uma grande vocação para governar, sendo que desde os 16 anos de idade ajudava o pai nas tarefas administrativas do império macedônico. Quando tinha 20 anos, aproximadamente, perdeu o pai, vítima de assassinato. Alexandre, a partir deste momento, assume o trono do império.


Durante seu reinado, Fellipe II havia conquistado algumas cidades da Grécia, porém, foi sob o comando do filho, que este domínio se ampliou sob as cidades gregas. Até mesmo a poderosa cidade de Tebas caiu sob domínio do grande imperador. Alexandre começa então a ampliar o império, através de conquistas e acordos diplomáticos.


No ano de 333 a.C, conquistou a Pérsia (região do atual Irã) de Dario III , utilizando um exército formado por trinta mil soldados muito bem preparados. Transferiu para a Babilônia toda a corte, passando a comandar o império desta região. Logo em seguida partiu para conquistar a Síria e a Fenícia. 
 
Em 331 a.C., fundou a cidade de Alexandria na região norte do Egito.


Dando continuidade às conquistas, os macedônicos dominaram a região de Gaza e o Egito. Nesta região aplicou uma conquista amigável e dilomática, pois os egípcios não resistiram com violência ao exército macedônico. Em contrapartida, Alexandre respeitou a cultura e deu liberdade de culto aos egípcios. Fundou no Egito a importante cidade de Alexandria, com a construção do monumental Farol de Alexandria (uma das sete maravilhas do mundo).


Durante uma longa viagem para a região da Índia, alvo de sua próxima conquista, seu exército recusou prosseguir, pois os combatentes estavam muito cansados. Voltaram para a Babilônia, planejando invadir a Arábia. Porém, contraiu uma febre (causa provável) e faleceu aos 33 anos de idade.


A importância de Alexandre para o mundo antigo foi enorme, principalmente do ponto de vista cultural. Foi ele o responsável por divulgar a língua e a cultura grega pelas regiões conquistadas. A fusão da cultura oriental com a grega criou no mundo antigo o helenísmo.


Curiosidade: Em 2004, o diretor de cinema Oliver Stone lançou o filme Alexandre, contando a biografia deste grande imperador da Antiguidade.


Nabucodonosor 2

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nabucodonosor_I

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nabucodonosor_II

http://universodahistoria.blogspot.com.br/2010/09/o-imperio-de-nabucodonosor.html



Nabucodonosor II, governou durante 42 anos o Segundo Império Babilônico. Ficou famoso pela construção dos Jardins Suspensos
da Babilônia e pela destruição de Jerusalém e seu Templo







Nabucodonosor II ou Nebucadrezar ( 632 a.C.- 562 a.C.) é o filho e sucessor do Rei Nabopolasar, que fundou o segundo império babilônico (ou caldeu), sobre as ruínas do Império Assírio. Seu nome em hebraico, nebukadrezzar, é a transliteração do acadiano, Nabu-cudurri-utsur, que talvez significa “Nabu (deus) protegeu os direitos de sucessão ou minha herança”. No latim temos Nabukodenesor. Deste vem o nome em português. Houve dois reis babilônicos com esse nome: Nabucodonosor I, que reinou entre 1146 e 1123 a.C.; e Nabucodonosor II, a figura mais famosa, que é mencionado na bíblia, que reinou de 604 a 562 a.C.

Antecedentes

Após a morte do rei assírio Assurbanipal, em 631 a.C., o Império Assírio entrou em declínio, devido às revoltas dos povos dominados. O rei caldeu Nabopolassar adotou uma política expansionista, com o intuito de recuperar o antigo poder da Babilônia. Auxiliado pelo rei dos Medos, Ciaxares, combateu a Assíria e derrotou o seu exército, em 616 e 615 a. C., em Arapka. De seguida tentou apoderar-se de Assur, sem êxito, e aliou-se definitivamente aos Medos. Em 612 a. C., conquistou e arruinou Nínive.

Os territórios conquistados foram partilhados entre os dois monarcas, conseguindo a Babilônia reconstruir o seu antigo império. Durante o reinado de seu pai, Nabucodonosor fora o príncipe-herdeiro da Babilônia.



Inscrição em Tijolo faz referência ao nome de
Nabucodonosor; Foi encontrada nas ruínas da
antiga Babilônia. Datada entre 604 e 561 a.C.

Nabucodonosor casou-se em 612 a.C. com Amitis (Amu-hia), filha de Ciáxares, rei da Média. Teve pelo menos três filhos: Amel-Marduque (também chamado Evil-Meredoque), que o sucedeu no trono, Marduque-Sum-Usur e Nabu-Suma-Lisir.

Continuando sozinho as suas investidas, Nabopolassar ordenou a seu filho Nabucodonosor a conquista da Síria. O que resta do Império Assírio sucumbe definitivamente em 605 a.C. Nabopolassar empenhou-se em reprimir os intentos egípcios de restabelecer seu império no Oriente Próximo e após uma série de lutas, seu filho, Nabucodonosor, derrotou totalmente os egípcios na Batalha de Carchemish em 605 a. C.. Nabucodonosor conquistou totalmente Hati, ou seja, a Síria e a Palestina, conforme comenta o historiador Flávio Josefo. Nabucodonosor estava ocupado em guerras, quando seu pai faleceu; então voltou e foi coroado rei.

Reinado

Durante o reinado de Nabucodonosor, que durou de 604 a.C. a 562 a.C., o Segundo Império Babilônico viveu o seu período mais glorioso. Deu continuidade à época de prosperidade e hegemonia babilônicas.



Império Babilônico em seu apogeu durante o período de 604 a 561 a.C.

Nabucodonosor II expandiu seu império, conquistando boa parte da Cilícia, Síria, Fenícia e Judeia. Líder militar de grande energia e crueldade, aniquilou os fenícios, derrotou os egípcios e obteve a hegemonia no Oriente Médio.

Investindo pesado no seu exército, lutou por mais de trinta anos para conquistar os territórios da Assíria, Fenícia, parte da Arábia, Palestina, Síria e Elam, tornando-se a maior liderança do Oriente Médio da Antiguidade.

Em 604 a.C, ele começou a receber tributos da Síria, Damasco, Tiro e Sidom. Jeoaquim, rei de Judá, foi seu vassalo por três anos (II Rs 24:1; Jr 25:1). Em 599 a.C Nabucodonosor derrotou as tribos árabes de Quedar e do leste do rio Jordão (Jr 49: 28 – 33).

Em 598 a.C. conquistou Jerusalém e e levou em cativeiro um grande número de seus habitantes ( II Reis cap. 25 e Daniel cap. 1).

Entre os anos 587 a.C. e 586 a.C., os exércitos de Nabucodonosor destruíram Jerusalém. Tanto as muralhas da cidade quanto o Templo foram destruídos. O resto da cidade ficou em ruínas durante pouco mais de um século. Os sobreviventes são conduzidos para Babilônia.

Construções

Nabucodonosor protegeu sua capital, Babilônia, com linhas de muralhas dupla e um muro entre os rios Tigre e Eufrates ao Norte de Babilônia que se estendiam a vinte e sete quilômetros e meio. Um imenso lago artificial também protegia a cidade.



Ruínas dos Jardins Suspensos da Babilônia.

Nabucodonosor restabeleceu o sistema de irrigação. Havia canais que levava água do rio Tigre até o interior da cidade. Impulsionou o desenvolvimento arquitetônico com luxuosos palácios para os funcionários públicos. Entre as grandes obras que embelezaram a Babilônia, ficaram particularmente famosos os Jardins Suspensos da Babilônia (terraços jardinados construídos em pátios elevados sustentados sobre colunas para agradar à sua mulher, Amitis) e um zigurate (Torre-templo em forma piramidal com mais de 90 metros de altura) chamado incorretamente de "Torre de Babel". Reconstruiu a avenida do Cortejo, decorada lateralmente por cento e vinte leões de pedra. Essa avenida levava ao portão de Istar, adornado com tijolos esmaltados, com gravuras de quinhentos e setenta e cinco dragões e touros alados. Construiu um templo em honra a Ninmá, perto do portão de Istar.

As ruínas da cidade de Babilônia foram escavadas entre 1899 e 1914, por Robert Koldeway e pela Deutsche Grientgesellschaft.



Crônica Babilônica mencionando os eventos que
tiveram lugar no oitavo ano de Nabucodonosor,
rei da Babilônia; Esta tabuleta de barro é parte
de uma série de registros babilônicos resumindo
os principais acontecimentos de cada ano.

O rei caldeu publicou algumas obras. Ele era extremamente religioso. Em suas inscrições ele invoca as principais divindades do panteão babilônico, honrando principalmente os Deuses Marduque, Nabu, Samás, Sim, Gula e Adade. Mandou fazer santuários para os mesmos. Reconstruiu o grande templo de Bel-Marduque, na cidade de Babilônia, que ficou conhecido depois como E-Sigila.

Realizou grandes projetos em cidades como Ur, Larsa, Sipar, Ereque. Essa última a embelezou muito, traçando novas avenidas, e levantando muralhas.

Nabucodonosor faleceu em 562 a.C.. Foi sucedido pelo seu filho Evil-Merodaque. O Segundo Império Babilônico não sobreviveu por muito tempo à morte de Nabucodonosor, sendo conquistado em 539 a.C. pelo rei persa Ciro.

Fontes: Meionorte.com / Info Escola / Wikipédia / Grupo Escolar / Portal São Francisco / Blog História Crítica / Passeiweb / Infopédia

Quem foi 


Nabucodonosor II foi um importante imperador babilônico que governou entre os anos de 604 a.C. e 562 a.C.

Filho do rei Nabopolasar, nasceu em 632 a.C. e morreu em 562 a.C. 

Principais realizações:


- Conquistou o reino de Judá em 587 a.C.

- Construção dos Jardins Suspensos da Babilônia, obra para agradar sua esposa Amitis.

- Construiu um zigurate em formato de pirâmide com aproximadamente 90 metros de altura. Este zigurate ficou conhecido como Torre de Babel.

- Conquistou parte dos territórios da Cicília, Fenícia e Síria.

- Derrotou o exército egípcio do faraó Neco II em 605 a.C.

- Cercou a cidade de Tiro (antiga cidade Fenícia) durante 13 anos.

- Construiu muralhas para proteger a capital da Babilônia.

- Reformou templos religiosos.


- Fez melhorias no sistema de irrigação. 

Nabucodonosor, Nabucodorosor
[do acadiano, que significa “Ó Nebo, Protege o Herdeiro!”]. Segundo governante do Império Neobabilônico; filho de Nabopolassar e pai de Avil-Marduque (Evil-Merodaque), que o sucedeu no trono. Nabucodonosor reinou por 43 anos (624-582 AEC), período que inclui os “sete tempos” em que comia vegetação como touro. (Da 4:31-33) Para distinguir este monarca dum governante babilônio do mesmo nome, mas dum período bem anterior (da dinastia Isin), os historiadores referem-se a ele como Nabucodonosor II.

Dados históricos em inscrições cuneiformes atualmente disponíveis sobre Nabucodonosor de certo modo complementam o registro bíblico. Declaram que foi no 19.° ano do reinado de Nabopolassar que ele reuniu seu exército, assim como fez seu filho Nabucodonosor, então príncipe herdeiro. Os dois exércitos, evidentemente, atuavam de forma independente, e depois de Nabopolassar voltar a Babilônia dentro de um mês, Nabucodonosor guerreou de modo bem-sucedido em território montanhoso, retornando depois a Babilônia com muito despojo. Durante o 21.° ano do reinado de Nabopolassar, Nabucodonosor marchou com o exército babilônico para Carquemis, para lutar ali contra os egípcios. Ele conduziu suas forças à vitória. Isto ocorreu no quarto ano do reinado do Rei Jeoiaquim, de Judá (625 AEC). — Je 46:2.

As inscrições mostram, além disso, que a notícia da morte de seu pai fez Nabucodonosor voltar a Babilônia, e no dia primeiro de elul (agosto-setembro) ele ascendeu ao trono. Neste seu ano de ascensão, ele retornou a Hatu, e “no mês sebate [janeiro-fevereiro, 624 AEC] ele levou o enorme despojo de Hatu para Babilônia”. (Assyrian and Babylonian Chronicles [Crônicas Assírias e Babilônicas], de A. K. Grayson, 1975, p. 100) Em 624 AEC, no primeiro ano oficial do seu reinado, Nabucodonosor levou novamente suas forças através de Hatu; capturou e saqueou a cidade filistéia de Ascalom. (Veja ASCALOM.) Durante o seu segundo, o terceiro e o quarto ano como rei, dirigiu campanhas adicionais em Hatu, e, evidentemente, no quarto ano, fez do rei Jeoiaquim, de Judá, seu vassalo. (2Rs 24:1) Também, no quarto ano, Nabucodonosor levou suas forças ao Egito, e no conflito resultante, ambos os lados sofreram pesadas baixas.

Conquista de Jerusalém. Mais tarde, a rebelião do Rei Jeoiaquim, de Judá, contra Nabucodonosor evidentemente resultou num sítio dos babilônios contra Jerusalém. Parece que foi durante este sítio que Jeoiaquim morreu e seu filho Joaquim ascendeu ao trono de Judá. Mas, apenas três meses e dez dias depois, o reinado do novo rei terminou quando Joaquim se rendeu a Nabucodonosor (no mês de adar [fevereiro-março] durante o sétimo ano de reinado de Nabucodonosor [terminando em nisã de 617 AEC], segundo as Crônicas Babilônicas). Uma inscrição cuneiforme (Museu Britânico 21946) declara: “O sétimo ano: No mês de quisleu, o rei de Acade reuniu seu exército e marchou até Hatu. Acampou-se contra a cidade de Judá, e no segundo dia do mês de adar ele capturou a cidade (e) capturou (seu) rei [Joaquim]. A um rei da sua própria escolha [Zedequias] ele designou na cidade (e) tomando o enorme tributo, ele levou este a Babilônia.” (Assyrian and Babylonian Chronicles, de A. K. Grayson, 1975, p. 102; FOTO, Vol. 2, p. 438) Além de Joaquim, Nabucodonosor levou outros membros da família real, oficiais da corte, artífices e guerreiros ao exílio babilônico. Foi ao tio de Joaquim, Matanias, que Nabucodonosor fez rei de Judá, e ele mudou o nome de Matanias para Zedequias. — 2Rs 24:11-17; 2Cr 36:5-10; veja CRONOLOGIA; JEOIAQUIM; JOAQUIM.

Algum tempo depois, Zedequias rebelou-se contra Nabucodonosor, aliando-se com o Egito em busca de proteção militar. (Ez 17:15; compare isso com Je 27:11-14.) Isto trouxe os babilônios de volta a Jerusalém, e em 10 de tebete (dezembro-janeiro), no nono ano do reinado de Zedequias, Nabucodonosor sitiou Jerusalém. (2Rs 24:20; 25:1; 2Cr 36:13) No entanto, notícias de que uma força militar de Faraó estava saindo do Egito fez os babilônios levantar temporariamente o sítio. (Je 37:5) Subseqüentemente, as tropas de Faraó foram obrigadas a retornar ao Egito, e os babilônios reiniciaram o sítio de Jerusalém. (Je 37:7-10) Por fim, em 607 AEC, em 9 de tamuz (junho-julho) do 11.° ano do reinado de Zedequias (o 19.° ano de Nabucodonosor, contado desde o seu ano de ascensão, ou seu 18.° ano de reinado), a muralha de Jerusalém foi brechada. Zedequias e seus homens fugiram, mas foram apanhados na planície desértica de Jericó. Visto que Nabucodonosor se havia retirado para Ribla, “na terra de Hamate”, Zedequias foi levado à presença dele ali. Nabucodonosor mandou matar todos os filhos de Zedequias, e depois cegou e amarrou Zedequias, para levá-lo preso a Babilônia. Os pormenores depois da conquista, inclusive o incêndio do templo e das casas de Jerusalém, o fim dado aos utensílios do templo e a tomada de cativos, foram cuidados por Nebuzaradã, chefe da guarda pessoal. Gedalias, designado por Nabucodonosor, serviu como governador dos que não foram levados cativos. — 2Rs 25:1-22; 2Cr 36:17-20; Je 52:1-27, 29.

Seu Sonho Duma Imensa Estátua. O livro de Daniel declara que foi “no segundo ano” do reinado de Nabucodonosor (provavelmente contado a partir da destruição de Jerusalém, em 607 AEC, e, portanto, referindo-se realmente ao seu 20.° ano de reinado) que Nabucodonosor teve o sonho sobre uma estátua de cabeça de ouro. (Da 2:1) Ao passo que os sacerdotes-magos, os conjuradores e os caldeus não puderam interpretar este sonho, o profeta judeu Daniel o fez. Isto induziu Nabucodonosor a reconhecer o Deus de Daniel como “Deus de deuses e Senhor de reis, e Revelador de segredos”. Daí, constituiu Daniel “governante de todo o distrito jurisdicional de Babilônia e prefeito supremo sobre todos os sábios de Babilônia”. Nabucodonosor designou também os três companheiros de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego para postos administrativos. — Da 2.

Posteriores Exílios dos Judeus. Cerca de três anos mais tarde, no 23.° ano do reinado de Nabucodonosor, mais judeus foram levados ao exílio. (Je 52:30) Este exílio provavelmente envolvia judeus que haviam fugido para terras que mais tarde foram conquistadas pelos babilônios. A declaração do historiador Josefo corrobora tal conclusão: “No quinto ano depois do saque de Jerusalém, que era o vigésimo terceiro ano do reinado de Nabucodonosor, Nabucodonosor marchou contra a Coele-Síria, e, depois de ocupá-la, fez guerra tanto contra os moabitas como os amanitas. Daí, depois de sujeitar a si estas nações, invadiu o Egito a fim de subjugá-lo.” — Jewish Antiquities (Antiguidades Judaicas), X, 181, 182 (ix, 7).

Toma Tiro. Foi também algum tempo depois da queda de Jerusalém, em 607 AEC, que Nabucodonosor iniciou o sítio contra Tiro. Durante este sítio, as cabeças dos soldados ‘ficaram calvas’ pelo atrito dos capacetes, e seus ombros ‘ficaram esfolados’ por carregarem os materiais usados na construção de obras de sítio. Visto que Nabucodonosor não recebeu nenhum “salário” por servir como instrumento de Jeová na execução do julgamento contra Tiro, Ele prometeu-lhe as riquezas do Egito. (Ez 26:7-11; 29:17-20; veja TIRO.) Um fragmentário texto babilônico, que data do 37.° ano de Nabucodonosor (588 AEC), deveras menciona a campanha contra o Egito. (Ancient Near Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo], editado por J. Pritchard, 1974, p. 308) Mas, não se pode determinar se isto se refere à conquista original ou a uma ação militar posterior.

Projetos de Construção. Além de conseguir muitas vitórias militares e de expandir o Império Babilônico em cumprimento de profecias (veja Je 47-49), Nabucodonosor empenhou-se em considerável atividade de construção. Supostamente para satisfazer a saudade da sua rainha meda, Nabucodonosor construiu os Jardins Suspensos, classificados como uma das sete maravilhas do mundo antigo. Muitas das existentes inscrições cuneiformes de Nabucodonosor falam de seus projetos de construção, inclusive os de templos, palácios e muralhas. Um trecho de uma destas inscrições reza:

“Nabucodorosor, Rei de Babilônia, o restaurador de Esagila e Ezida, filho de Nabopolassar eu sou. Como proteção para Esagila, para que nenhum poderoso inimigo e destruidor pudesse tomar Babilônia, para que a linha de batalha não se chegasse a Imgur-Bel, a muralha de Babilônia, aquilo que nenhum rei anterior fez [eu fiz]; no cercado de Babilônia eu fiz como cerca uma forte muralha no lado leste. Escavei um fosso, atingi o nível da água. Vi então que a muralha que meu pai havia preparado era pequena demais na sua construção. Construí com betume e com tijolos uma poderosa muralha que, igual a um monte, não poderia ser movida, e liguei-a à muralha de meu pai; lancei seus alicerces no peito do mundo subterrâneo; ergui seu topo como montanha. Ao longo desta muralha, para reforçá-la, construí uma terceira, e como base duma muralha protetora lancei um alicerce de tijolos, e construí-o sobre o peito do mundo subterrâneo e lancei seu alicerce. Reforcei as fortificações de Esagila e Babilônia e estabeleci o nome de meu reinado para sempre.” — Archaeology and the Bible (Arqueologia e a Bíblia), de G. Barton, 1949, pp. 478, 479.

Isto se harmoniza com a jactância de Nabucodonosor pouco antes de perder a sanidade: “Não é esta Babilônia, a Grande, que eu mesmo construí para a casa real com o poderio da minha potência e para a dignidade da minha majestade?” (Da 4:30) Mas quando, em cumprimento do divinamente enviado sonho sobre a árvore derrubada, sua faculdade de raciocínio foi restaurada, Nabucodonosor teve de reconhecer que Jeová é capaz de humilhar os que andam em orgulho. — Da 4:37; veja LOUCURA.

Muito Religioso. Há indícios de que Nabucodonosor era extremamente religioso, construindo e embelezando os templos de numerosas deidades babilônicas. Estava especialmente devotado à adoração de Marduque, o principal deus de Babilônia. A ele Nabucodonosor dava crédito pelas suas vitórias militares. Troféus de guerra, inclusive os vasos sagrados do templo de Jeová, parecem ter sido depositados no templo de Marduque (Merodaque). (Esd 1:7; 5:14) Uma inscrição de Nabucodonosor diz: “Para a tua glória, ó exaltado MERODAQUE, construí uma casa. . . . Que ela receba em seu seio o tributo abundante dos Reis das nações e de todos os povos!” — Records of the Past: Assyrian and Egyptian Monuments (Registros do Passado: Monumentos Assírios e Egípcios), Londres, 1875; Vol. V, p. 135.

A imagem de ouro erigida por Nabucodonosor na planície de Dura talvez tenha sido dedicada a Marduque e destinada a promover a união religiosa no império. Enfurecido pela recusa de Sadraque, Mesaque e Abednego de adorar esta imagem, mesmo depois de receberem uma segunda oportunidade, Nabucodonosor ordenou que fossem lançados numa fornalha ardente, aquecida sete vezes mais do que de costume. Todavia, quando estes três hebreus foram libertados por um anjo de Jeová, Nabucodonosor se viu obrigado a dizer que “não há outro deus que possa livrar assim como este”. — Da 3.


Nabucodonosor também parece ter confiado muito na adivinhação ao fazer o planejamento das suas operações militares. Por exemplo, a profecia de Ezequiel retrata o rei de Babilônia empregando a adivinhação para decidir se devia ir contra Rabá de Amom ou contra Jerusalém. — Ez 21:18-23.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Docetismo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Docetismo

Docetismo (do grego δοκέω [dokeō], "para parecer") é o nome dado a uma doutrina cristã do século II, consideradaherética pela Igreja primitiva.
Antecedente do gnosticismo, defendia que o corpo de Jesus Cristo era uma ilusão, e que sua crucificação teria sido apenas aparente. Não existiam "docetas" enquanto seita ou religião específica, mas como uma corrente de pensamento que atravessou diversos estratos da Igreja.
Esta doutrina é refutada pela Igreja Católica e pelos protestantes com base no Evangelho de São João, onde no primeiro capítulo se afirma que "o Verbo se fez carne". Autores cristãos posteriores, como Inácio de Antioquia e Ireneu de Liãoderam os contributos teológicos mais importantes para a erradicação deste pensamento, em especial o último que, na sua obra Adversus Haereses defendeu as ideias principais que contrariavam o docetismo, ou seja, a teologia doCristocentrismo, a recapitulação em Cristo do Homem caído em pecado e a união entre a criação, o pecado e aredenção.
A origem do docetismo é geralmente atribuída a correntes gnósticas para quem o mundo material era mau e corrompido e que tentavam aliar, de forma racional, a Revelação disposta nas escrituras à filosofia grega. Esta doutrina viria a ser condenada como heresia no Concílio Ecumênico de Calcedônia.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • PINHO, Arnaldo de. Docetismo in Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira da Cultura, Edição Século XXI, Volume IX, Editorial Verbo, Braga, Abril de 1999.

B'nai Mitzvá

https://pt.wikipedia.org/wiki/B%27nai_Mitzv%C3%A1

B'nai Mitzvá (filhos do mandamento) é o nome dado à cerimônia que insere o jovem judeu como um membro maduro na comunidade judaica.
Quando um judeu atinge a sua maturidade (aos 12 anos de idade, mais um dia para as meninas; e aos 13 anos e um dia para os rapazes), passa a se tornar responsável pelos seus atos, de acordo com a lei judaica. Nessa altura, diz-se que o menino passa a ser Bar Mitzvá ( בר מצוה , "filho do mandamento"); e a menina passa a ser Bat Mitzvá (בת מצוה, "filha do mandamento").
Ao completar 13 anos, o homem é chamado pela primeira vez para a leitura da Torá (conhecido como Pentateuco pelos cristãos). Ao ser chamado pela primeira vez, o jovem pode, a partir daí, integrar o miniam (quórum mínimo de 10 homens adultos para realização de certas cerimônias judaicas).
Antes desta idade, são os pais os responsáveis pelos atos dos filhos. Depois desta idade, os rapazes e moças podem finalmente participar em todas as áreas da vida da comunidade e assumir a sua responsabilidade na lei ritual judaica, tradição e ética.
O Bar Mitzvá não é só uma comemoração comum de aniversario, mas normalmente, o menino passa por um ritual de mazal-tov que seria como um boa sorte ou parabéns (dependendo da situação), normalmente o mazal-tov é feito com o(a) menino(a) sobre uma cadeira e ele(a) é levantado várias vezes, e assim fazem com toda a família do Barmitzvano.
Segundo a Bíblia Sagrada, Jesus Cristo, aos 12 anos de idade, foi levado ao templo (Lucas, capitulo 2, versículos 41 e 42) pela primeira vez conforme a tradição mandava.
A ocasião mais importante na vida de um judeu chega quando ele atinge a idade para entrar na aliança com Deus e no compromisso de manter, estudar e praticar todos os mandamentos da Torá, aos treze anos de idade.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A PROFETISA ANA CONFIRMA QUE É JESUS O FUTURO MESSIAS

http://cbconsultores.blogspot.com.br/2013/12/a-profetisa-ana-confirma-que-e-jesus-o.html

A PROFETISA ANA CONFIRMA QUE É JESUS O FUTURO MESSIAS

ESTUDO DOS EVANGELHOS Á LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
O CÂNTICO DE SIMEÃO
38.4 - A PROFETISA [MÉDIUM] ANA CONFIRMA AS PALAVRAS DE SIMEÃO - JESUS O FUTURO MESSIAS

Luc. 2: -36-39
36. Havia também uma profetisa, de nome Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser (era ela de idade avançada, tendo vivido com seu marido sete anos, desde a sua virgindade); 37. viúva de oitenta e quatro anos, que não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações; 38. Esta, chegando na mesma hora deu graças a Deus e falou a respeito do menino a todos os que esperavam o resgate de Jerusalém; 39. Quando se tinham cumprido todos os preceitos de acordo com a lei do Senhor, regressaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré.

Aparece agora em cena outra figura, da qual o evangelista procura dar os traços mais característico. Ana, filha de Fanuel, viúva de oitenta e quatro anos [NÃO EXISTE IDADE PARA SE SER MÉDIUM - Grifo nosso], que estivera casada apenas sete anos, e que  permanecia no templo em jejuns e orações, como era hábito das pessoas piedosas, quando de idade provecta ( cfr, 1 Tim, 5: 5). Ana era médium (profetisa) e percebeu a identidade de quem ali se achava. Dirigiu-se ao pequeno grupo que louvava a Deus e depois saiu a narrar a todos o aparecimento do Messias, tão ansiosamente aguardado. Cumpridas as leis Mosaicas, a família regressa à sua cidade de Nazaré, na Galileia . O caso de Ana chama-nos a atenção para a dedicação que, depois à e certa idade, as criaturas  fazem de suas vidas a Deus. Embora durante a juventude vivam a vida do mundo, depois de algum tempo, sentindo-lhe o vazio, se dedicam à vida de orações e jejuns, aguardando o Messias. Todo o  simbolismo da vinda do Messias é assim compreendido: é o nascimento do Cristo Interno (do Cristo de Deus) que vem resgatar o povo de Israel, isto é, as criaturas que, mesmo pertencendo a Deus, estilo mergulhadas na matéria combatendo a Deus (sentido etimológico da palavra Israel). Aspiração comum a toda a humanidade, é mais sentida e mais forte depois que chegaram as desilusões da vida terrena, com o afastamento de tudo o que se tem de mais caro: bens, riquezas, situações, amores,  mocidade, cultura. Quando tudo aparece realmente como é - ilusório - então o espírito se volta para Deus e fica ansiosamente aguardando o aparecimento do Messias DENTRO DE SI MESMO.

Apresentação de Jesus ao Templo - palestra


http://www.redeamigoespirita.com.br/video/apresentacao-de-jesus-no-templo-sime-o-feeak-minas-01-08-2012

A Infância de Jesus - A Benção da Virilidade

Portal do Espírito
A sua referência sobre Doutrina Espírita na Internet
Estudo Dinâmico do Evangelho

Segunda edição

Amílcar Del Chiaro Filho

Capitulo III - A Infância de Jesus - A Benção da Virilidade

Teria alguma importância saber onde e quando Nasceu Jesus? Apenas a verdade histórica. Provar que ele não é um mito, embora tenha nascido numa época mitológica. Jesus de Nazaré, não é um mito como muitos historiadores pensam, mas um ser real, de carne e osso. Não é, também, um fantasma, como quiseram os "docetista", 200 anos depois do seu nascimento, ou como querem os Roustanguistas, do século XIX na França e no Brasil no mesmo século e na atualidade, por parte de alguns espíritas. Não adianta escolhermos uma data se ele não nascer em nosso coração.

Se o nascimento de Jesus foi cercado de lendas, não menos lendária foi a sua infância. A necessidade de divinização da sua figura, fez com que se criasse fantasias em torno do menino. Os quatro evangelhos não falam praticamente nada sobre a sua primeira e segunda infância. Lucas cita a visita ao Templo e a discussão com o doutores, o que teria sido aos 13 anos para a benção da virilidade. Os Evangelhos apócrifos (apócrifos porque não foram escolhidos por Jerônimo) contam algumas passagens tão interessantes quanto absurdas. Por exemplo: o menino colocar um peixe salgado numa bacia com água e ordenar que voltasse à vida, e o peixe começou a nadar. Noutra ocasião, num sábado, teria feito pardais de argila, e como foi repreendido pelos adultos, porque estava profanando o sábado, ele deu vida aos passarinhos de barro e mandou que eles voassem bem alto) Conta-se, também, que como aprendiz de carpinteiro, era muito útil, pois podia fazer a madeira aumentar de tamanho até o ponto desejado. Alguém disse, também, que quando ele fazia a junção, o encaixe de duas vigas, era tão perfeita a junção que parecia ter nascido assim. (essas informações, exceto a última, estão no livro de A.N.Wilson - Jesus - Uma Biografia.

Mesmo no meio espírita, quando se fala da infância de Jesus, é inevitável a adjetivação melosa, como, o divino menino - a Augusta criança, etc.

Ao que tudo indica José fixou-se com a família em Nazaré, embora C.T.Pastorino coloque em dúvida a existência de uma cidade chamada Nazaré ao tempo de Jesus, ou nos primeiros anos do século I - da Era Cristã. Mas, voltemos atrás, logo após o nascimento.

A lei judaica determinava que o primogênito varão fosse consagrado a Deus. Isto queria dizer que deveria ser sacerdote, porém, como esta era uma atividade exclusiva dos filhos da tribo de Levi, os primogênitos das demais tribos eram dispensados da obrigação, pagando resgate de cinco ciclos de prata. Sendo Jesus da tribo de Judá, Maria fez o pagamento isentando-o do sacerdócio.

Maria fez também a oferta pela sua purificação do sangue do parto. Como era pobre, ofereceu um casal de rolinhas. Neste episódio aconteceu o encontro com Simeão e com a profetiza Ana. A esta altura o menino já havia sido circundado, aos 8 dias de vida, como mandava a lei.

A circuncisão era uma medida religiosa, mas de grande inteligência, e importância e higiênica, pois ela consiste no corte da pele que cobre a glande, (prepúcio). Com a glande descoberta não se cria ali o "esmegma", uma espécie de sebo, nem se segura resíduos de urina, ficando o indivíduo muito mais saudável.

Foi durante a apresentação do menino para a circuncisão, que houve o encontro com Simeão, um homem muito idoso, que reconheceu o menino como a encarnação do Messias, ( Senhor, despede o teu servo, pois os meus olhos já viram a salvação). e também com a profetisa Ana, que previu para Maria muitas dores, como se o seu peito fosse trespassado por uma espada.

Após a apresentação no Templo, a única referência ao menino é que crescia de corpo e espírito. Só volta a ser citado aos 12 ano

Na Revista Educação Espírita, da Editora Edicel, criada por José Herculano Pires, no seu nº 3 trouxe um trabalho de Walter da Silveira Franco

( do Grupo de Estudos Pedagógicos de São Paulo), denominado, A Educação de Jesus, tendo como bibliografia, além de Tratados de Pedagogia, Solen Asch, no seu livro Maria, (dados sobre a educação de Jesus, segundo a tradição judaica), há, ali, trechos de grande beleza, mas que fugiria ao objetivo deste estudo. Edouard Schuré, em Os Grandes Iniciados, também fala da educação familiar recebida por Jesus e descreve os hábitos e costumes da época.

Até os 7 anos Jesus foi educado por Maria, recebendo as noções religiosas e históricas do seu povo, e aprendendo as primeiras letras. Aos 7 anos é encaminhado para a Sinagoga onde dá continuidade a sua educação religiosa e à alfabetização.

Quanto a discussão com os doutores e anciãos, Herculano Pires afirma ter sido A Benção da Virilidade, que todo menino judeu recebe ao completar 13 anos. Segundo Herculano, os doutores da lei e os anciãos sabatinavam os rapazinhos para saber o quanto eles sabiam da história do povo hebreu e das suas tradições. Como o menino de Nazaré demonstrou uma grande sabedoria para a sua idade e a sua condição social e sendo natural de uma pequena cidade da Galiléia, prazerosamente alongaram a sabatina.

Isto não explica o fato de José e Maria não saberem que ele havia ficado no Templo, pois, eles deveriam estarem lá, embora Maria tivesse que ficar no Pátio da Mulheres. Na nossa opinião o relato é parcialmente fantasioso. Outra dificuldade nesse passo do evangelho é que Lucas afirma que o menino tinha 12 anos, e não faz referência, em nenhum momento, à benção da virilidade. Esta é uma passagem privativa de Lucas. Huberto Rohden e Torres Pastorino conservam os 12 anos para o acontecimento. Pastorino recorre à numerologia e afirma que o 12 é o números dos Messias, dos Enviados.

No entanto, as maiores controvérsias estão após este acontecimento, porque os evangelistas guardam absoluto silêncio do que Jesus teria feito dos 13 aos 30 anos, pela cronologia do evangelho, ou dos 14 aos 32 ou 35 anos conforme as investigações históricas.

Existe um livro muito interessante de Francisco Klors Wernek, Jesus dos 13 aos 30 Anos, que apresenta as traduções de manuscritos históricos, que conta sobre um moço judeu que teria estado em vários templos de diferentes países. O moço corresponderia ao nome e características de Jesus de Nazaré.

Existem muitas hipóteses, e alguns autores, baseando-se em documentos que aparentam exatidão, afirmam que Jesus esteve em várias escolas iniciáticas, no Egito, na Índia, ou mesmo na Judéia, entre os essênios.

Schuré, no livro, Os Grandes Iniciados, compara a Doutrina de Jesus com a dos Essênios, e afirma que Jesus foi um iniciado Essênio, galgando os graus iniciáticos com rapidez espantosa. Segundo Schuré, havia uma espécie de ordem terceira, composta por essênios casados, vivendo nas comunidades judaicas. (Ob. Os essênios eram celibatários). Isto explicaria porque Jesus ia de cidade a cidade com os discípulos e sempre encontrava pousada e alimentação.

A nosso ver, baseado em Herculano Pires e outros espíritas, e no nosso próprio raciocínio, Jesus viveu na Aldeia de Nazaré, onde aprendeu o ofício de carpinteiro e construtor, porque os pais judeus faziam os seus filhos aprenderem duas profissões, para que nunca passassem necessidades. Jesus permaneceu em Nazaré até o início do seu ministério, possivelmente aos 32 ou 35 anos.

Nosso ponto de vista é que Jesus não foi iniciado em nenhuma religião. Ora, se ele foi o espírito mais perfeito que se encarnou em nosso planeta, conforme afirma O Livro dos Espíritos, e se ele é o governador da Terra, conforme diz Leon Denis, em Cristianismo e Espiritismo, (Sic) e Emmanuel, em A Caminho da Luz, (Sic) tendo presidido a sua formação, evidentemente ele não precisaria de iniciação. Huberto Rodhen também não acredita numa halo iniciação, mas sim, numa autoiniciação. Francisco Klors Wernek. No seu livro, Jesus dos 13 aos 30 anos, apresenta evidências sedutoras, com documentos antiqüíssimos, sobre as iniciações de Jesus.

Sua educação infantil pode ser aceita, porque, além do espírito ainda não ter domínio completo do corpo, era preciso não chamar muita atenção sobre si.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A impressionante psicografia de Juvanir Borges, ex-presidente da FEB




PSICOGRAFIA DE JUVANIR BORGES DE SOUZA

16 DE ABRIL DE 2015.

Estar do lado de cá é menos surpreendente do que se pressupõe. Mas, ao mesmo tempo é assustador quando se constata quanto descaminho se percorreu, mesmo estando preparado, avisado, alertado a todo momento, tendo à disposição uma extensa planilha de ação correta, mormente quando se é privilegiado pelo conhecimento da realidade espírita.

Desde aquele instante em 1978 quando me dirigi à Federação, em que junto com minha amada Yola aceitei o convite trazido pelo Agadir, sabia, intimamente, que deveria me superar e surpreender, pois em meu coração palpitava uma intensa chama de gratidão: através da Doutrina Espírita, com a atuação de perspicácia de um médium simples, fui livrado de uma cegueira, que para alguns facultativos consultados era inevitável, num pequeno centro, Olímpia Belém! Meu Desidério é de que muitas pessoas tomassem conhecimento daquilo.

Não do "milagre" em si, mas do extraordinário roteiro de consciência lúcida e de pleno conhecimento da função da vida, que me era apresentado pela prática em mim, não apenas pela teoria a qual me acostumara desde o berço, na minha querida Cataguazes.

De há muito desejo essa comunicação, mas fui pego por armadilhas e bloqueios urdidos por mim ou, pelo menos, estimulados também por minha "instituída autoridade", hipotecando apoio a decisões de antecessores, ou implementando situações que reforçassem o movimento que denominamos "pureza doutrinária".

Minha manifestação não foi possível, em centenas de casas, por conceitos e definições que partiram também de minha condução como presidente da entidade. Fui cerceado e impedido dentro dos centros espíritas, com argumentações infraternas, e com a recusa sistemática e repetida, em centenas (isso mesmo...centenas!) de casas, das maiores e mais conhecidas às mais simples, afastadas, iniciantes. Na grande maioria nem mesmo tive a oportunidade de me explicar, já que, por determinação, as manifestações de espíritos estavam "proibidas".

Em alguns lugares me coloquei na fila para o trabalho doutrinário de desobsessão, mas sempre a espera é muito grande, e os trabalhos são por demais corridos, sem atender a todos, com as justificativas, em sua totalidade provindo das "proibições e impedimentos", contidos nos estatutos, nas apostilas de educação mediúnica, em um monte de "sábias e eficientes" algemas, sobremaneira. Nas reuniões da própria Federação fui barrado, e estupefato, assisti a espetáculos de mistificação grosseira com famosos personagens que agora, penalizados com a destituição da condição receptora como médiuns, encenam recepções falseadas, interpretações teatrais, caricatas, aplaudidas naturalmente por obsessores batinados.

Mas, por Misericórdia Divina, consegui essa abertura, que me é oferecida agora, e agradeço aos que me ajudaram para esse intento, como aos sergipanos Peralva e Ederlindo (sergipano da Bahia), que aqui me dão apoio e auxiliam, como presente de aniversário.

Como antes, ainda permaneço nas sendas da prolixidade, e faço um esforço para sintetizar meu recado, no que conto também com a compreensão e paciência dos que o recebem.

UM RETORNO AO DESERTO!

Há perigoso e crescente desvio no movimento espírita, e diria, sem receio de errar, que estamos indo de Damasco para Jerusalém, voltando da Rua Direita para as frias colunas das sinagogas, devolvendo aos novos sacerdotes as "cartas de punição", de repúdio, de imperiosa obstaculação à manifestação dos espíritos, na religião dos espíritos! Hoje vejo como fomos infantis, (como fomos imprudentes na jactância!), e as escamas que Ananias havia tirado dos olhos do apóstolo estão sendo recolocadas, para uma cegueira e escuridão imensas, em nome da vaidade e da permanência de sentimentos "estruturais" herdados de nosso passado clerical, vaticanizado!

Minha iniciativa de agora é um dever de consciência, uma tentativa de reparação, e agradeço à Providência Divina por esse ensejo. Se não almejo convencimento, satisfaz-me a exposição de uma realidade que só agora detecto, e que imagino poder servir de alerta para recondução aos trilhos corretos.

Desde minha passagem estou numa região de reparação, de recomposição, destilando gota a gota, um sentimento de decepção pelas oportunidades desperdiçadas. E vejo nesse extenso nosocômio em que me encontro, milhares de figuras que admirei e segui, e surpreendentemente, aqui estão, há décadas, na busca de saídas para a sua própria redenção.

São personagens que se destacam pela cultura, pelo conhecimento, pela dedicação à causa da Doutrina Espírita. Foram vinculados diretamente à Federação ou a instituições independentes, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, Minas, Rio Grande do Sul e outras. A cobrança é intensa, vultosa, dentro da consequência do "...a quem muito for dado....".

Há tristes casos de demência crônica, onde orações auxiliam muito, como sabemos. Surtos psicóticos, revoltas momentâneas, inaceitação do quadro, infelizmente são comuns. Claro, a presença de luminosas entidades, irmãos esclarecidos, são o socorro, a presença manifesta da Misericórdia Divina, acudindo indistintamente a todos nós. Mas, como "déspotas esclarecidos" muitos dos que reverenciamos como autênticos pilares, se petrificam em inamovíveis conceitos discricionários e absolutistas, e por isso sofrem, e muito!

Podemos situar nos meados de 1977 o marco da construção das barreiras, da instalação dos ferrolhos, do gradeamento da Doutrina Espírita. Editorial incisivo no "Reformador" em Outubro de 77 e "Declaração oficial" no mesmo órgão em janeiro de 78, revestidos de formidáveis intenções protetivas, estabeleceram estacas delimitantes, excluindo mais que conceitos e posições filosóficas, mas comunidades inteiras, de seres humanos necessitados de esclarecimentos.

Sem cerimônia e limites, estabelecia-se ali, de modo impiedoso, a cisão, a discriminação, a separação de irmãos a quem devíamos, obrigatoriamente, estender os braços e acolher, mitigando-lhes a ignorância e informando-lhes (pelo menos) da realidade espiritual. Criamos nossa "cruzada", esquecendo a verdadeira lição da conquista pelo amor, pela tolerância, pela compreensão.

Abraçamos a doutrina, criando um verdadeiro exército de proteção, e viramos as costas aos irmãos. O alvo principal? Os terreiros de umbanda, de camdomblé, os rituais africanos, de mediunidade primária, os adeptos do esoterismo, de crenças orientais, os místicos, os que, -por não conhecerem os fundamentos da vida espiritual e da relação verdadeira do intercâmbio entre os encarnados e não- se utilizavam do epíteto de "espíritas ou espiritualistas" em suas atividades. Exatamente os que deveriam ser esclarecidos, orientados, pela proximidade, semelhança, e por possuírem algumas informações sobre a vida espiritual e contato com o invisível. Exatamente os que em análise primeira são nossos irmãos mais próximos.

Mas...e a fraternidade? E a caridade? Detentores de informações e conhecimentos muito elevados, nós, os espíritas, precisamos ser arautos dessas verdades, levando a todos, denodada e incondicionalmente, os pormenores e racionais relações entre os mundos material e espiritual. Sem necessidade de proselitismo, sem imposição de pontos de vista pessoais ou corporativos. O roteiro indicado por Kardec e por outros luminares, ancorados na Verdade do Nazareno nos compele à interrelação plena com todos os que não conhecem os caminhos da alma, ou deles tenham apenas noções incompletas, rudimentares.

À partir daquele editorial se consolida a instalação do, extremamente comprometedor, movimento de uma hipotética profilaxia do pavilhão espiritista. Refutariam, porém, os arraigados argumentadores dessa "assepsia" que as portas das casas continuam abertas, prontas ao acolhimento. Pura citação teórica, propedêutica negada pela prática, que limita, condena, exclui, separa, cinge! Até mesmo alguns nomes, indicativos de lugares, foram proscritos. Centro espírita?

Nem pensar.... passaram a ser "fraternidades, casas, comunhões, sociedades...etc". Qualquer um que queira resolver uma dificuldade, de indagação interior, de problemas momentâneos, de compreensão da vida, - e que procure uma casa espírita- precisa primeiro se submeter a cursos, intermináveis, exposições doutrinárias, entupir-se de leituras impostas, e aí foge o espiritismo do caminho de espiritualizar primeiro, evangelizar depois. É como se alguém, ao precisar de um analgésico para uma dor de cabeça. tenha que fazer antes um curso de medicina!

"OS ESPÍRITAS AO MUNDO...."!

Ninguém informou tanto à Humanidade acerca do mundo espiritual, suas peculiaridades, feições, resultados e consequências, quanto o extraordinário e iluminado Chico Xavier, através da recepção dos artigos, livros, romances, crônicas de André Luiz, Emmanuel, e muitos outros. Milhões,- mesmo sem se tornarem espíritas- acordam na vida do etéreo, conscientes, e se conduzem ou são conduzidos com mais segurança, sem grandes transtornos, por se recordarem de passagens e situações como as narradas em "Nosso Lar".

Linguagem simples, direta, coloquial, sem mistérios, sem preciosismo, sem restrições. As concepções e revelações do mundo espiritual penetraram em milhões de lares, dos palacetes aos casebres, dos intelectuais aos simples de entendimento. Milhões sabem disso sem ainda serem espíritas! Decepcionante foi a descoberta feita por mim de que os livros que eu escrevi, foram lidos por uma meia dúzia de pessoas, que em nada ajudaram, que ocuparam tempo e espaço, tanto quanto a maior parte das quilométricasas "balaustradas" insertas por mim no "Reformador".

E posso afiançar que meu exemplo não é solitário. Na realidade dos centros de hoje, se um jovem de 17 anos, do interior, pouco letrado, aparecer numa casa espírita receberá uma saraivada de questionamentos, de repreensões, e sairá (se tiver dinheiro) entupido de livros e apostilas teóricas, limitantes, desanimadoras. Ou seja: fora de cogitação novos "Chico Xavier" com a atual estrutura.

Agora, inesperto consciente, percebo que, fosse escrever, usaria a mesma base do Tempo de Transição, e escreveria "Tempo de Revisão". O espiristérico e fantasioso "regeneração" se converte hoje em " degeneração". Fugimos do trilho! Perdemos o fio da meada! Caímos na cilada da vaidade, da arrogância, da presunção de superioridade, da falsa concepção de que "deveríamos proteger a Doutrina". Abandonamos à ignorância os humildes, os analfabetos, os sofredores, os obsidiados, as vítimas das trevas da superstição que deveríamos orientar, conduzir, esclarecer, libertar.

Batemos (com orgulho!) no peito, que "somos espíritas", não para auxiliar, mas para demonstrar pretensa superioridade, numa condenável elitização de conhecimentos que guardamos na redoma de nossa vaidade e arrogância, destilando nossa falta de humildade, nosso ancestral e enquistado egoísmo, ao negarmos o necessário apoio e orientação a quem devemos obrigatoriamente esclarecer.

Kardec, ao compilar de modo irreprochável " O Livro dos Espíritos" nos dá todas as linhas, pontos, vírgulas e intersecções do texto que deveríamos pontificar. Estabelece condições didáticas e pedagógicas sobre nossa convivência, contato e relacionamento com nossos irmãos desencarnados, tanto para recolher destes os ensinamentos e as interpretações para a melhor aplicação da virtude, quanto para aos ignorantes e desencaminhados, a revelação de suas condições de erro e de necessária recomposição e mudança de trajeto, para o Bem.

Mas, transformamos nossas reuniões espíritas em "missazinhas" enfadonhas, com pregações inócuas, com exposições repetitivas, palavrescas, exornando vaidades pueris, e sem a presença ou a manifestação de espíritos desencarnados! A Humanidade precisa conhecer, saber e se comunicar com o mundo além túmulo, de forma contínua, clara, evolutiva, segura, aberta, livre, e cabe ao espiritismo a primazia e obrigação em desvendar os véus. Ao contrário, construímos altas e vigiadas muralhas de isolamento e assistimos a chamada (erroneamente) Casa Máter se verter hoje em casamata!

MEDIUNIDADE É BEM DA HUMANIDADE!

É indispensável, inadiável, urgente que se restabeleçam os cursos de educação mediúnica, as sessões experimentais, as reuniões de desobsessão, de doutrinação e o desenvolvimento das diversas formas de intercâmbio, seja através da psicofonia, da psicografia, da mediunidade curativa, e até mesmo do estudo visando o aprimoramento dos chamados fenômenos físicos. E que isso seja feito de modo accessível ao mundo, de forma que as pessoas do vulgo possam tomar conhecimento, participar, se envolver, se beneficiar disto!

Cada centro, por maior ou mais simples que possa ser, reúne, pelas bases fornecidas pela Codificação, os meios, a orientação e o aparelhamento suficientes para oferecer essa atuação, com segurança, com benéfica ação, tirando a venda da descrença dos cépticos e descrentes empedernidos. Se em algum tempo ou lugar, houve utilização errada, corrijamos, dentro do preceito ciceriano, "abusus non tollit usum"- o abuso não impede o uso.

A consciência universal que deve nortear o encaminhamento do que quer ser espírita e recebe esse maravilhoso legado o obriga a semear em todos os terrenos, a sabedoria desse insubstituível e impostergável intercâmbio. Assim o espiritismo precisa penetrar como óleo balsâmico em todos os poros do tecido social.

Nós precisamos ser o "sal da terra", e oferecer o tempero da convicção plena a todos os assuntos, pessoas, lugares, doutrinas, religiões, grupos! Precisamos dar a oportunidade aos que vieram com a missão mais dilatada do mediunato, para que possam em suas comunidades, em suas seitas e religiões, de gerar a realidade do mundo invisível, falar da perfeita Justiça Divina via Reencarnação, revelar o inexpugnável expediente do Perdão dentro da Lei de Causa e efeito, demonstrar, com lógica e razão, com certeza inequívoca, a eternidade do ser, em nossa caminhada evolutiva.

Nós espíritas, temos as respostas que a Humanidade necessita! Só a bendita Doutrina espírita pode fazer isso, hoje! E não podemos nos furtar em não oferecer à essa mesma gleba o conhecimento e a consciência que recebemos generosamente, por méritos ou por misericódia. É preciso abrir os corações, as mentes e também as portas. É preciso chamar os cultores dos credos africanos, e fraternalmente mostrar-lhes a simplicidade das comunicações interseres encarnados e não, a fim de que, sabedores desses novelos, possam se livrar de práticas desnecessárias, ritualísticas e sem função.

Precisamos agregar em torno de nós os que possuem e praticam a mediunidade de modo equivocado, comercial, mercantil, mostrando-lhes, fraternal e zelosamente, como mudar o proceder, não enxotá-los! Com o coração receptivo, necessitamos convidar os pastores, os padres, os rabinos, os ateus, os muçulmanos, os hinduístas, os orientais, os esotéricos, os chamados evangélicos, todas as vertentes da fé, não para transformá-los em prosélitos, mas para que tomem conhecimento da essência espiritual, dos itens já mencionados, trazidos a lume para a consciência de todos, na Terceira Revelação.

É importante que eles saibam, conheçam, ainda que, de pronto não creiam. Sabendo, oportunamente crerão. O tempo é o senhor da razão, e quando estes que disto tomarem ciência, retornarem ao mundo espiritual terão dentro de si a semente da Verdade já germinada, e a realidade espiritual não lhes será nem sofrida nem surpreendente, como hoje ocorre, aos borbotões, em grande parte, por nossa omissão e ausência.

Cada ser humano tem aptidão e suficiência para a aquisição de conhecimentos superiores, não sendo a evolução vedada a quem quer que seja. Mas, que a iniciativa seja nossa, que o movimento espírita intermedeie isso, com a intenção clara e pura de ouvir e falar, de revelar e também absorver novos conhecimentos, visto que, se o espiritismo é o que de mais evoluído conhecemos, não é o final da linha da sabedoria, disto todos temos convicção.

Quando o abençoado professor lionês judiciosamente compila " O Evangelho Segundo o Espiritismo" deixava para nós, os pósteros, a mensagem de que também é necessária a versão do "O Corão Segundo o Espiritismo", " O Torah na visão Espírita", "O Tao dentro da realidade espiritual", e assim por diante.

Ao delinear a senda de atitude do profitente espiritista, Kardec concita e determina: Amai-vos e instruí-vos! Temos obrigação de seguir essa regra, na ordem proposta de amando sempre primeiro. E a prática do amor não se coaduna com a cisão, o distanciamento, a discriminação de quem quer que seja, sob quaisquer pretextos, pois estes são os irmãos que esperam de nós a orientação e o encaminhamento, como em algum tempo atrás tivemos a oportunidade de recolher também.

 Quando me foi ofertada a bênção da visão física, pela manifestação daquele instrumento mediúnico, naquele modesto e singelo centro, deveria ter me preocupado mais com a cegueira da alma, também. A propósito, a entidade que me socorreu naquele tempo era representada por uma carinhosa e iluminada preta velha.
Juvanir Borges de Souza- espírito

 Mensagem recebida pelo médium Arael Magnus, em 13 de abril de 2015, no Celac- Formosa- Goiás.

http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1538

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O CÂNTICO DE SIMEÃO

http://cbconsultores.blogspot.com.br/2013_12_28_archive.html

ESTUDO DOS EVANGELHOS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA
O CÂNTICO DE SIMEÃO
38. 5 - CONTRADIÇÕES DA NARRATIVA DO CÂNTICO DE SIMEÃO ENTRE LUCAS E MATEUS - EXPLICAÇÕES SIMBÓLICAS  E MÍSTICAS

Essa narração de Lucas [DO CÂNTICO DE SIMEÃO] discorda da de Mateus que veremos a seguir. O que há de comum entre ambas é o nascimento em Belém e a posterior moradia em Nazaré, embora Lucas a coloque de imediato e Mateus a situe bem mais tarde. No entanto, observamos que: a) Mateus ignora a homenagem dos pastores: a circuncisão, a purificação, a apresentação ao templo, o encontro com os dois profetas; b) Lucas desconhece a homenagem dos magos: o massacre das crianças, a fuga para o Egito. A que atribuir essas divergências? à diversidade das fontes? Se a fonte de Lucas foi Maria, como  admitir a omissão de fatos tão importantes? E quando se terão realizado esses acontecimentos narrados por Mateus? Não há dúvida de que só depois da apresentação, porque nos quarenta dias entre esse fato e o nascimento, não haveria tempo, dado que Maria não poderia ter saído de casa. Como conciliar o regresso a Nazaré, que em Lucas aparece natural (regressaram para sua casa) e em Mateus como a ida a um lugar desconhecido, por indicação de um anjo [ESPÍRITO MATERIALIZADO -Grifo nosso]. As explicações simbólicas dar-nos-ão as razões. O Eu Profundo ou Cristo Interno é o mesmo Cristo de Deus em todas as criaturas. Entretanto o  caminho para alcançá-lo varia de pessoa a pessoa. A experiência de um pode ilustrar o que com ele ocorreu, mas não pode ser tomada qual modelo a imitar, porque as estradas da periferia ao centro são tantas, quantos os raios possíveis dentro de um círculo. Cada individualidade se plasmou através de milênios, na constituição dos próprios hábitos, diferentes dos demais. E a evolução conduzirá cada um por seu caminho especial. Não é de admirar, pois, que, escrevendo sobre o mesmo assunto, Lucas divirja de Mateus nos fatos, que, para o Espírito, pouca  ou nenhuma importância têm. Não são livros históricos que estamos lendo, mas obras que ensinam, através dos fatos, realidades concretas e objetivas do modo pelo qual poderá alguém atingir Deus dentro de si. Assim, Mateus escolhe fatos e narra acontecimentos que esclarecerão certos pormenores da árdua e longa busca do abismo do Eu, enquanto Lucas prefere outros que, embora levando ao mesmo objetivo, perlustram outras sendas. Mais acidentado, porque mais externo e glorioso, em Mateus; mais sereno, porque mais interno e  singelo, em Lucas. Mais terreno e ativo no primeiro (magos, massacre, fuga); mais celestial e místico no segundo (anjos, lei, templo, profetas). Para o sentido esotérico e profundo, simbólico e místico, nada importam essas divergências superficiais de personalidade, e sim o significado oculto que se depreende das palavras veladas. Verificamos, pois, que aquele que se aventura na estrada abismal que leva às profundidades altíssimas do Eu Supremo, pode trilhar várias sendas. Uma (ensinada por Mateus) se dirige através do movimento personalístico, atraindo a atenção de magnatas e dignitários que se assustam com a novidade e começam a mover perseguições e a buscar a eliminação da nova força que, na sua humildade (a palha do presépio) ameaça a segurança dos tronos e os privilégios dos potentados. Há necessidade, então, de buscar-se um refúgio no silêncio da solidão, exilando-se para outros ambientes. A outra (revelada por Lucas) caminha pelo lado mais ascético, menos mundano, e encontra na  oração (anjos do Senhor , templo, profetismo ou psiquismo) a sua máxima expansão. Aí não há perseguições nem necessidade de fuga. A jornada é mais tranquila pelos atalhos do espírito, cortando-se logo o apego à matéria (circuncisão) e consagrando-se a vida a Deus (apresentação) onde se encontram os arautos do céu (médiuns ou profetas) que lhe apresentam palavras de conforto e de advertência.
 Walter de Carvalho

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Fora da Caridade não Há Salvação - Slides

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Jesus e a caridade - Slides

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Caridade integral

Caridade integral

José Marcelo Gonçalves Coelho

À questão 893, de O Livro dos Espíritos, Kardec indagava aos luminares espirituais qual seria a mais meritória das virtudes; ao que os espíritos responderam ser aquela que nasce da mais desinteressada caridade.

Habitualmente, quando falamos em caridade, pensamos em assistência material, muito embora não seja somente esse o seu significado, como veremos. E ao falarmos em caridade material, lembramo-nos de sua mais elementar manifestação, que é a esmola, que, a propósito, foi alvo da questão 888, daquela mesma obra, em que Kardec assim questionava:

Que se deve pensar da esmola?

“Condenando-se a pedir esmola, o homem se degrada física e moralmente: embrutece-se. Uma sociedade que se baseie na lei de Deus e na justiça deve prover a vida do fraco, sem que haja para ele humilhação. Deve assegurar a existência dos que não podem trabalhar, sem lhes deixar a vida à mercê do acaso e da boa-vontade de alguns.”

Diante de tão incisiva resposta, o Codificador acrescentava (888-a):

Dar-se-á reproveis a esmola?

“Não; o que merece reprovação não é a esmola, mas a maneira por que habitualmente é dada. O homem de bem, que compreende a caridade de acordo com Jesus, vai ao encontro do desgraçado, sem esperar que este lhe estenda a mão.

E complementam:

“... Nem sempre o mais necessitado é o que pede. O temor de uma humilhação detém o verdadeiro pobre, que muita vez sofre sem se queixar. A esse é que o homem verdadeiramente humano sabe ir procurar, sem ostentação”.

Uma vez, então, indo ao encontro daquele que necessita “sem que haja para ele humilhação”, por que meio podemos avaliar se estamos de fato praticando uma caridade satisfatória?

Na passagem evangélica intitulada “A oferta da viúva pobre” (Mc 12: 41 a 44), já exaustivamente estudada, Jesus nos demonstrou que a importância da caridade material não se avalia pela quantia que se dá, mas, sim, pelo sentimento de desprendimento com que se dá — pode-se dar muito ou pouco, com muito ou pouco amor.

Entretanto, importa ressaltar que a distribuição indiscriminada de recursos nem sempre resulta na prática da caridade responsável.

A esse respeito, Kardec, à questão 896, também da primeira obra basilar, indagava:

“Há pessoas desinteressadas, mas sem discernimento, que prodigalizam seus haveres sem utilidade real, por lhes não saberem dar emprego criterioso. Têm algum merecimento essas pessoas?”

Tendo obtido a seguinte elucidação:

“Têm o do desinteresse, porém não o do bem que poderiam fazer. O desinteresse é uma virtude, mas a prodigalidade irrefletida constitui sempre, pelo menos, falta de juízo. A riqueza, assim como não é dada a uns para ser aferrolhada num cofre forte, também não o é a outros para ser dispersada ao vento. Representa um depósito de que uns e outros terão de prestar contas, porque terão de responder por todo o bem que podiam fazer e não fizeram, por todas as lágrimas que podiam ter estancado com o dinheiro que deram aos que dele não precisavam.”

Por extensão de raciocínio, se, em sã consciência, entregarmos certo recurso financeiro nas mãos de quem dele se utilizará de maneira irresponsável, para alimentar vícios ou excessos de qualquer ordem, certamente estaremos contribuindo para a queda de alguém; e contribuir para a queda de alguém jamais será considerado um ato de caridade.

Por outro lado, sem reduzir em momento algum a importância da caridade material, os Espíritos, à questão 886, novamente da primeira obra básica,nos afirmam, peremptoriamente, que o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus, se traduz por “benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias e perdão das ofensas”.Eis aí a caridade moral, que também deve ser exercida sempre que possível, mas, também, mediante certas precauções.

Oportunamente, recordamo-nos de um episódio relatado pelo Espírito André Luiz, no capítulo 31, de sua obra intitulada Nosso Lar, psicografada por Chico Xavier, em que a questão da responsabilidade no exercício da caridade nos foi exemplificada de modo bastante significativo.

Encontravam-se André Luiz e Narcisa em Nosso Lar, quando uma figura de mulher se aproxima de um dos acessos daquela colônia implorando por socorro, em lamentável condição espiritual. Imediatamente o Vigilante-Chefe é convocado, e, ao examinar atentamente a recém-chegada das regiões umbralinas, afirma que, naquele momento, a triste criatura não poderia receber o socorro desejado. Confessando-se escandalizado, como muito provavelmente nós mesmos nos mostraríamos, André Luiz indaga se não seria faltar aos deveres cristãos abandonar aquela sofredora à própria sorte; ao que o responsável pela segurança aduz que assim agira por haver detectado cinqüenta e oito pontos escuros que maculavam o perispírito daquela entidade, e que correspondiam a exatamente cinqüenta e oito crianças por ela assassinadas ao nascerem, umas por golpes esmagadores, outras por asfixia.

Ao ser cientificada sobre o motivo que lhe impedia a entrada, a desafortunada criatura, antes aparentemente humilde, toma-se de cólera, passando a dirigir palavras extremamente agressivas ao seu interlocutor, demonstrando o seu verdadeiro estado de espírito.

Dando curso à valiosa lição, o Vigilante-Chefe afirma que, caso a infeliz entidade lograsse acesso àquela paragem de refazimento, certamente levaria extrema desarmonia a todos quantos ali se encontravam. E concluiu asseverando: “...a infeliz será atendida alhures pela Bondade Divina, mas, por princípio de caridade legítima, na posição em que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas.” (grifei)

Percebemos, pelo exposto, que, muitas vezes, a caridade se cumpre de maneira efetiva quando dizemos não, pois que, assim, estaremos propiciando àquele que erra, uma oportunidade para que, através do tempo e do esforço íntimo, possa avaliar toda a amplitude das conseqüências de seus atos.

A realidade é que a vida nos acena constantemente com as mais variadas possibilidades de atuação no campo da caridade.

Assim, ela estará presente no amparo material, através do pão que alimenta; da água que mata a sede; do abrigo que acolhe; do agasalho que ameniza o frio ou do recurso financeiro que suaviza a penúria—é a caridade material.

Senti-la-emos sendo elaborada na intimidade do ser, através das ondas mentais que emitirmos sob a forma do perdão silencioso que enobrece; da prece íntima que revigora ou do amor verdadeiro que liberta; são atitudes mentais salutares que, em primeiro lugar, nos favorecem, e, lançadas no espaço, certamente beneficiarão todos a quem se dirijam, encarnados ou desencarnados—é a caridade mental.

Far-se-á vibrante através das palavras que enunciemos; muitas são as tragédias íntimas e coletivas que a cada dia podemos evitar pela palavra que, quando sábia, orienta e edifica; quando suave, sufoca o pranto; quando indulgente, atenua a culpa; quando consoladora, dissipa o sofrimento; quando plena de amor, rompe o ódio ou quando em forma de oração, nos aproxima de Deus—é a caridade verbal.

Mas se pela palavra somos caridosos, também o podemos ser quando silenciamos ante uma ofensa desatada pelo desequilíbrio ou emudecemos para ouvir um desabafo de quem por tantas vezes não encontrou quem o fizesse—é a caridade passiva.

E, por estarmos encarnados, nosso corpo também se servirá à fraternidade, através do amplexo comovido que transfunde energia; do afago paternal que envolve uma criança; de um beijo carinhoso que aproxima as almas ou de um simples aperto de mão que faz brotar o sorriso num rosto antes amargurado—é a caridade gestual.

E se Deus nos concedeu, em qualquer grau ou modalidade, a ferramenta da mediunidade, como recurso precioso de auxílio a encarnados e desencarnados, estaremos aptos a praticar a solidariedade através das faculdades mediúnicas de que dispusermos—é a caridade mediúnica.

Só nos resta, então, porfiar nos caminhos que nos levam à eliminação lenta e gradual do orgulho e do egoísmo, o que somente se fará possível através da prática da caridade, em suas múltiplas e divinas manifestações, pois que, fora dela, conforme estatui a máxima eternizada pelo Espiritismo, não há salvação; salvação essa que representa para nós, espíritas, a inevitável purificação espiritual — única finalidade de nossas sucessivas existências.

josemarcelo.coelho@bol.com.br

Referência bibliográficas:

O Livro dos Espíritos-Edição FEB (questões 886, 888, 893 e 896)
Novo Testamento-(Evangelho de Marcos, cap. 12, v. 41 a 44)
Tradução: João Ferrreira de Almeida