domingo, 14 de abril de 2013

O PODER DE SER CONHECIDO PESSOALMENTE


"Eu vos conheço."  João 5:42 

Olívia veio fazer terapia para trabalhar a auto-estima. Ela queria ter mais confiança em si mesma e vencer a timidez. Lera alguns livros sobre auto-estima e tentara praticar as sugestões incluídas neles, mas sua maneira de pensar e de sentir não mudara muito. 

No final da nossa primeira sessão, Olívia pediu-me que lhe passasse uma tarefa para fazer em casa. 

—Gostaria de trabalhar um pouco a minha auto-estima todos os dias — disse ela. — Qualquer coisa que você me der para fazer vai me ajudar a lidar mais rápido com esse problema. 
—Acho que você já leu muito coisa sobre auto-estima - retruquei. 
— Talvez o que você precise aprender mais neste momento seja conhecer a si mesma, e acho que nós dois precisamos estar juntos para fazer isso acontecer. 

Pude perceber que o processo que levaria Olívia a compreender mais profundamente a si mesma se daria à medida que ela se sentisse conhecida. No decorrer dos meses seguintes foi exatamente isso o que aconteceu. 

Na terapia, descobri que Olívia sentia-se mal a respeito de quem era. Por isso, raramente se abria com as pessoas e mantinha em segredo os sentimentos negativos, com medo de que os outros pudessem sentir o mesmo por ela. Infelizmente, os segredos ocultos raramente se modificam com leituras ou conselhos. Ela precisava expor seus segredos para outra pessoa para poder sentir-se pessoalmente conhecida e acolhida. Este era o ponto de partida para a transformação da sua auto-estima. O fato de ela fingir ser uma pessoa diferente do que era não contribuía em nada para sua auto imagem. Ela precisava se sentir aceitável tal como era e a partir daí crescer e se aprimorar. 

A terapia de Olívia a tem ajudado muito. Em vez de querer que eu lhe forneça informações, ela passou a desejar ser conhecida por mim. Eu não a vejo mais como uma moça tímida, e outras pessoas também estão notando uma diferença. Acredito que Olívia esteja se tornando pessoalmente mais poderosa porque descobriu que é conhecida e compreendida, e isso não faz com que ela se sinta tão mal. Com efeito, perder o medo da verdade fez Olívia sentir-se muito melhor. 

Os seres humanos não podem viver isolados, e por isso procuramos nos relacionar com os outros. A experiência de sermos conhecidos e entendidos nos confere a sensação psicológica de que tudo está bem. Temos que perceber que somos conhecidos pelos outros, tal como somos - e não apenas pelo que fazemos - para nos sentirmos psicologicamente completos. Esse tipo de conhecimento é compartilhado entre as pessoas, pois são necessárias duas pessoas para criar o conhecimento pessoal. Quando ele se fundamenta na verdade, ambas as pessoas são transformadas e crescem. 

Jesus acreditava que fomos criados com o propósito de conhecer Deus e sermos conhecidos por ele. Um ponto central do seu ensinamento era comunicar o poder transformador de conhecer Deus, que não é um conhecimento intelectual e isolado, mas uma experiência que só se dá no relacionamento. 

PRINCÍPIO ESPIRITUAL: 

O conhecimento pessoal é criado entre as pessoas e não dentro delas. 

Do livro Jesus o maior psicólogo do mundo

http://bvespirita.com/Jesus,%20O%20Maior%20Psic%C3%B3logo%20Que%20J%C3%A1%20Existiu%20(Mark%20W.%20Baker).pdf

Afirmação Esclarecedora


"E não quereis vir a mim para terdes vida." - Jesus. (João, 5:40).

Quantos procuram a sublimação da individualidade precisam entender o valor supremo da vontade no aprimoramento próprio.

Os templos e as escolas do Cristianismo permanecem repletos de aprendizes que vislumbram os poderes divinos de Jesus e lhe reconhecem a magnanimidade, caminhando, porém, ao sabor de vacilações cruéis.

Crêem e descrêem, ajudam e desajudam, organizam e perturbam, iluminam-se na fé e ensombram-se na desconfiança...

É que esperam a proteção do Senhor para desfrutarem o contentamento imediato no corpo, mas não querem ir até ele para se apossarem da vida eterna.

Pedem o milagre das mãos do Cristo, mas não lhe aceitam as diretrizes. Solicitam-lhe a presença consoladora, entretanto, não lhe acompanham os passos. Pretendem ouvi-lo, à beira do lago sereno, em preleções de esperança e conforto, todavia, negam-se a partilhar com ele o serviço da estrada, através do sacrifício pela vitória do bem. Cortejam-no em Jerusalém, adornada de flores, mas fogem aos testemunhos de entendimento e bondade, à frente da multidão desvairada e enferma. Suplicam-lhe as bênçãos da ressurreição, no entanto, odeiam a cruz de espinhos que regenera e santifica.

Podem ir na vanguarda edificante, mas não querem.

Clamam por luz divina, entretanto, receiam abandonar as sombras.

Suspiram pela melhoria das condições em que se agitam, todavia, detestam a própria renovação.

Vemos, pois, que é fácil comer o pão multiplicado pelo infinito amor do Mestre Divino ou; regozijar-se alguém com a sua influência curativa, mas, para alcançar a Vida Abundante de que ele se fez o embaixador sublime, não basta a faculdade de poder e o ato de crer, mas também a vontade perseverante de quem aprendeu a trabalhar e servir, aperfeiçoar e querer.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier
Livro Fonte viva lição 36

TUDO EM DEUS


“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma.” - Jesus (JOÃO, 5: 30)

Constitui ótimo exercício contra a vaidade pessoal a meditação nos fatores transcendentes que regem os mínimos fenômenos da vida. 

O homem nada pode sem Deus. 

Todos temos visto personalidades que surgem dominadoras no palco terrestre, afirmando-­se poderosas sem o amparo do Altíssimo; entretanto, a única realização que conseguem efetivamente é a dilatação ilusória pelo sopro do mundo, esvaziando-­se aos primeiros contactos com as verdades divinas. Quando aparecem, temíveis, esses gigantes de vento espalham ruínas materiais e aflições de espírito; todavia, o mesmo mundo que lhes confere pedestal projeta­-os no abismo do desprezo comum; a mesma multidão que os assopra incumbe­-se de repô­los no lugar que lhes compete. 

Os discípulos sinceros não  ignoram que todas as suas possibilidades procedem do Pai amigo e sábio, que as oportunidades de edificação na Terra, com a excelência das paisagens, recursos de cada dia e bênçãos dos seres amados, vieram de Deus que os convida, pelo espírito de serviço, a ministérios mais santos; agirão, desse modo, amando sempre, aproveitando para o bem e esclarecendo para a verdade, retificando caminhos e acendendo novas luzes, porque seus corações reconhecem que nada poderão fazer  de si próprios e honrarão o Pai, entrando em santa cooperação nas suas obras.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Involução e evolução


Involução e evolução

Segundo as tradições, o processo completo de evolução ou "desdobramento" nunca poderia ter ocorrido sem um processo prévio de involução ou "dobramento." Não só não se pode explicar o mais alto em termos do mais baixo, como também o mais alto não emerge, de fato, do mais baixo; mas o contrário é verdadeiro, de acordo com as tradições. Isto é, as dimensões ou níveis mais baixos são realmente sedimentos ou depósitos das dimensões mais altas, e descobrem seu significado por causa das dimensões mais altas, das quais são uma versão diluída ou de nível inferior. Este processo de sedimentação é chamado de "involução" ou "emanação." Segundo as tradições, antes que a evolução ou desdobramento do Espírito possa acontecer, a involução ou o dobramento do Espírito deve ocorrer: o mais alto sucessivamente decai para o mais baixo. Deste modo, os níveis mais altos parecem emergir dos níveis mais baixos durante a evolução - por exemplo, a vida parece emergir da matéria - porque, e só porque, ambas foram primeiramente lá sedimentadas pela involução. Você não pode conseguir o mais alto a partir do mais baixo a menos que o mais alto já esteja lá, em potencial - dormindo, por assim dizer - esperando para emergir. O "milagre da emergência" é simplesmente o jogo criativo do Espírito nos campos de sua própria manifestação.
Portanto, para as tradições, o grande jogo cósmico começa quando o Espírito se exterioriza, por esporte e divertimento (lila, kenosis), para criar um universo manifesto. O Espírito se "perde", "esquece" de si próprio, assume uma fachada mágica de diversidade (maia), a fim de criar uma grande brincadeira de esconder consigo mesmo. Inicialmente, o Espírito se projeta para criar a alma, a qual é um reflexo diluído e um degrau abaixo do Espírito; a alma, então, desce para a mente, uma reflexo ainda mais pálido da glória radiante do Espírito; em seguida, a mente desce para a vida, e a vida desce para a matéria, que é a forma mais densa, mais baixa, menos consciente do Espírito. Poderíamos representar isto como: O Espírito-como-espírito desce para o Espírito-como-alma, que desce para o Espírito-como-mente, que desce para o Espírito-como-corpo, que desce para o Espírito-como-matéria. Estes níveis do Grande Ninho são todos formas do Espírito, mas essas formas tornam-se cada vez menos conscientes, cada vez menos cientes de sua Origem e Qüididade (Rubrica: filosofia.
Entre os escolásticos, essência ou natureza real de algo), 
cada vez menos sensíveis à sua Essência eterna, embora nada mais sejam do que o Espírito-em-jogo.
Se representarmos os principais estágios emergentes da evolução como (A), (A + B), (A + B + C), e assim por diante - onde os sinais de adição significam que algo está emergindo ou sendo adicionado à manifestação - então podemos representar a involução como o prévio processo de subtração: o Espírito começa íntegro e completo, com todas as manifestações contidas potencialmente em si mesmo, que podemos representar em colchetes: [A + B + C + D + E]. O Espírito dá o primeiro passo na manifestação - e começa a perder-se na manifestação - desprendendo-se da natureza espiritual pura e assumindo uma forma manifesta, finita, limitada - isto é, a alma [A + B + C + D]. A alma agora esqueceu "E," ou sua identidade radical com e como Espírito; com a confusão e ansiedade resultantes, a alma foge deste terror descendo para a mente [A + B + C], que esqueceu "D," seu esplendor de alma; e a mente foge para a vida, esquecendo "C," ou sua inteligência; e, finalmente, a vida perde sua vitalidade vegetativa "B" e surge como a matéria "A", insenciente, inanimada, - neste ponto, algo como o Big Bang acontece, quando então a matéria explode na existência concreta e parece existir em todo o mundo manifesto apenas matéria insenciente, inanimada, morta.
Mas, curiosamente, esta matéria é ativa, não é mesmo? Não parece ficar deitada, aproveitando o seguro- desemprego, assistindo TV. Incrivelmente, esta matéria começa a dar-se corda: "ordem a partir do caos" é como a física da complexidade chama isto - ou estruturas dissipativas, ou auto-organização, ou transformação dinâmica. Mas os tradicionalistas foram mais diretos: "Deus não permanece petrificado e morto; as pedras clamam e elevam-se na direção do Espírito," como afirmou Hegel.
Em outras palavras, de acordo com as tradições, uma vez que a involução aconteceu, então a evolução começa ou pode começar, movendo-se de (A) para (A + B), para (A + B + C), e assim por diante, com cada principal passo emergente nada mais sendo do que um desdobramento ou lembrança das dimensões mais elevadas que foram secretamente dobradas ou sedimentadas nas mais baixas durante a involução. Aquilo que foi desmembrado, fragmentado e esquecido na involução é relembrado, reunido, inteirado e percebido durante a evolução. Daí a doutrina da anamnese, ou "recordação" platônica e vedântica, tão comum nas tradições: se a involução é um esquecimento de quem você é, a evolução é uma recordação de quem e o que você é - tat tvam asi: você é Isto. Satori, metanóia, moksha, e wu são alguns dos nomes clássicos para esta realização.
Os escritos de Wilber são evolucionários do início ao fim. A metáfora que melhor encaixa suas idéias é o modelo da escada (embora nos últimos anos ele tenha aperfeiçoado suas visões tanto que, atualmente, prefere a metáfora do rio).
De acordo com Wilber, a evolução tem um componente interior que não é facilmente descoberto pela ciência convencional. A ciência estuda as formas exteriores da vida e conclui que a evolução é basicamente uma questão de complexidade física. Mas a filosofia esotérica acrescenta uma dimensão interior: a evolução é também uma questão de aumento de profundidade e qualidade. Isso pode ser ilustrado graficamente no diagrama abaixo:

Intuição
  
  
  
  
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Mente
  
  
  
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  x
Emoções
  
  
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Vitalidade
  
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  x
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Matéria
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  x
 

minerais
plantas
animais
humanos
místicos

Essencialmente todos os princípios de desenvolvimento que Wilber descreve podem ser ilustrados por esse diagrama dos reinos da natureza. As plantas transcendem os minerais, assim como os animais transcendem as plantas, os humanos transcendem os animais e os místicos transcendem os humanos. Mas as plantas também incluem os minerais (elas têm um corpo físico), assim como os animais incluem as plantas ("vitalidade"), assim como os humanos incluem os animais (têm sentimento), e os místicos incluem os humanos (têm senso crítico).
Não há nada sobre esse diagrama que sugere a idéia de opressão ou desvalorização, como aqueles que se opõem à idéia de desenvolvimento hierárquico geralmente pensam; é simplesmente a forma que a Natureza funciona.
Na verdade, essa é uma visão inspiradora do desenvolvimento da vida e da mente. Entretanto, como a mente PODE reprimir as emoções, os humanos podem também abusar dos animais e da natureza em geral. Esse é um infeliz problema que deveria ser evitado a todo custo, embora a compreensão sobre o mecanismo da evolução não pode ser abandonada. Em doutrinas menos conhecidas da filosofia de Wilber está a idéia da involução. Nessa visão, estágios elevados podem ocorrer APÓS estágios mais básicos, mas isso não significa que são totalmente CAUSADOS por eles. Isto não é nada senão o materialismo. A filosofia esotérica afirma que quando a involução precede a evolução, o movimento inverso do espírito para a matéria. Sem a involução, a evolução é um processo instável de novas realidades "emergentes" constantes; com a involução, é um processo compreensível do grande movimento da Vida.
Na visão esotérica, o Espírito se manifesta na matéria e agrega todas as camadas de corpos "físicos" – isso foi muito bem elaborado no Neoplatonismo -- até alcançar o nadir da existência no plano material. A partir desse momento, o Espírito se move para cima novamente, transcendendo todas as camadas, até retornar ao seu ponto de partida no Divino. Essa grande visão efetivamente contraria a visão popular de que nós perdemos o Espírito em algum ponto nos primeiros anos de nossas vidas, quando nos tornamos adultos racionais. Esse romantismo é um exemplo da falácia pré-trans.
                        A grande síntese – o porquê da involução-evolução.
Wilber, rumo a uma teoria geral dos campos de energia
Queda e salvação, Ubaldi
O projeto Atman cap. Final
Pastorino apostila 1

Retirado do Blog Fábio Pires

http://fabiopiresv.blogspot.com.br/2011/07/jornada-da-evolucao-consciente-1.html

domingo, 7 de abril de 2013

CRISTO E SUA AÇÃO – PARTE II

Clique no Sabedoria do Evangelho 3 - Pastorino,  no link ao lado e vá até a Página. 142

Para enriquecer a leitura consulta "A segunda vinda do Cristo" de Yogananda, por enquanto em espanhol e inglês, o discurso 21 do primeiro livro.