terça-feira, 12 de agosto de 2014
Causas Anteriores das Aflições
Em 1857 foi lançado na França o livro intitulado O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, um cientista que seguia sua caminhada pelas estradas da educação junto a um renomado educador de nome Pestalozi. Nos anos que se seguiram Kardec publicou outras quatro obras: O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese, que juntamente com O Livro dos Espíritos formam o chamado Pentateuco Espírita, ou como são mais conhecidas, as Obras Básicas da Codificação Espírita. Esse conjunto de cinco livros reuniu, sobre a coordenação e a metodologia científica de Kardec, ensinamentos trazidos por Espíritos de elevada moral através de médiuns espalhados por diversas partes do mundo. Apresentou-se então ao plano físico o Consolador anunciado por Jesus, sob o nome de Doutrina Espírita. Mas por quê a Doutrina Espírita é considerada como consoladora? Isso ocorre por trazer esclarecimentos aos homens, sendo capaz de levá-los à compreensão, afagando chagas e enxugando lágrimas. Quando entendemos, por exemplo, a Lei de Causa e Efeito a determinar que tudo o aquilo que fazemos tem conseqüência, caminhamos em sentido contrário à rebeldia, pois nos torna possível pensar que nossas aflições foram provocadas de algum modo por nós mesmos. Diante disso alguns podem se perguntar, pensando jamais terem feito algo que justifique passar por tal ou qual situação: mas como assim? Diante deste questionamento lembremos do ensinamento do Mestre Jesus de que cada um colhe aquilo que planta, ou seja, se plantarmos flores colheremos flores, mas se plantarmos sombras colheremos aflição. Aqui entra a reencarnação em nossa conversa, explicando muito do que já consideramos mistério em período anterior ao advento do Espiritismo. Nossas aflições podem ter duas origens: nesta existência corpórea ou em outras. Interroguemos nossas próprias consciências, remontemos passo a passo as origens de nossas aflições. Se não houver nessa existência corpórea motivo para nossas aflições, as causas podem estar em encarnações passadas, em erros cometidos por nós mesmos. Esse pode ser, por exemplo, o caso de algum recém nascido que traga consigo alguma deficiência. Afinal, como Deus é soberanamente justo, não tem preferência por este ou aquele filho que nasce no plano físico dando muito a alguns e pouco a outros. Quando a situação for semelhante fiquemos com O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 5, item 8, que diz Rendamos graças a Deus, que, em sua bondade, faculta ao homem reparar seus erros e não os condena irrevogavelmente por uma primeira falta. Contudo, nem toda aflição sentimos por ter errado, mas pode haver outro motivo, mesmo porque Deus não nos permitiria passar por uma aflição se não houvesse motivo, pois além de justo, Nosso Criador é Bondoso. Há vezes em que nossas aflições são provas pelas quais passamos em busca da nossa própria evolução. Quando enxergarmos nas dificuldades oportunidades de aprendizado, deixando florescer a centelha divina de luz que há em nós, compreendendo fé em Deus, deixaremos de nos sentir injustiçados e de nos rebelar contra nosso Pai, Criador das Leis Imutáveis que regem todo o Universo. Aqui, resignação nos parece a palavra-chave. Porém, resignar-se não significa acomodar-se, tão pouco se candidatar a uma vaga no banco de reserva das fileiras de aprendizes dos ensinamentos do Cristo. Resignar-se significa aceitar e seguir adiante sem revolta, com paciência, esperança no futuro, fé em Deus, amor no coração e a prática humilde da caridade.
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