domingo, 21 de dezembro de 2014

Resignação e Obediência


http://www.guia.heu.nom.br/resignacao.htm

 resignação espírita decorre, não de uma sujeição místico-religiosa a forças incontroláveis, mas de uma compreensão do problema da vida. Quando oespírita se resigna, não está se submetendo pelo medo, mas apenas aceitando uma realidade à qual terá de se sujeitar, exatamente para superá-la, para vencê-la. Não é, pois, o conformismo que se manifesta nessa resignação, mas a inteligente compreensão de que a vida é um processo em desenvolvimento, dentro do qual o homem tem que se equilibrar. A resignação ou aceitação é ativa e consciente, enquanto o conformismo é passivo e inconsciente. 
J. HERCULANO PIRES
        A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídioCom efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se deve à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se não fora isso, a conturbariam.

        A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade
  • A obediência é o consentimento da razão; 
  • a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. 
        O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientesJesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava.

 ( O Evangelho, Cap. IX, item 8 - Obediência e resignação)
Colaboração de: Aylton José de Moura - moura@int.efoa.br

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