“Obediência e resignação” é o título do item 8, do capítulo IX de O Evangelho Segundo o Espiritismo – Bem-aventurados os que são dóceis e pacíficos, no qual há uma mensagem assinada por Lázaro, que, mais à frente, iremos ver.
Vejamos, no “Aurélio”, o que significa cada um destes dois termos.
Obediência:
1. Ato ou efeito de obedecer.
2. Hábito de, ou disposição para obedecer.
3. Submissão à vontade de alguém; docilidade.
4. Sujeição, dependência.
5. Submissão extrema; vassalagem. (Aurélio).
Resignação:
1. Ato ou efeito de resignar (- se).
2. Renúncia espontânea de uma graça ou de um cargo.
3. Submissão paciente aos sofrimentos da vida. (Aurélio).
Vejamos, no “Aurélio”, o que significa cada um destes dois termos.
Obediência:
1. Ato ou efeito de obedecer.
2. Hábito de, ou disposição para obedecer.
3. Submissão à vontade de alguém; docilidade.
4. Sujeição, dependência.
5. Submissão extrema; vassalagem. (Aurélio).
Resignação:
1. Ato ou efeito de resignar (- se).
2. Renúncia espontânea de uma graça ou de um cargo.
3. Submissão paciente aos sofrimentos da vida. (Aurélio).
Submissão:
1. Ato ou efeito de submeter (- se) (a uma autoridade, a uma lei, a uma força); obediência, sujeição, subordinação;
2. Disposição para aceitar um estado de dependência; docilidade; […] (Aurélio).
1. Ato ou efeito de submeter (- se) (a uma autoridade, a uma lei, a uma força); obediência, sujeição, subordinação;
2. Disposição para aceitar um estado de dependência; docilidade; […] (Aurélio).
OBEDIÊNCIA:
é uma constante em nossa vida.
“Toda criatura obedece a alguém ou a alguma coisa.
Ninguém permanece sem objetivo.
[...]
O homem obedece a toda hora. Entretanto, se ainda não pôde definir a própria submissão por virtude construtiva, é que, não raro, atende, antes de tudo, aos impulsos baixos da natureza, resistindo ao serviço de auto elevação”. (Emmanuel –Pão Nosso, Chico Xavier, p. 43).
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28 a 30.)”. (ESE, cap. VI, p. 133).Jugo: opressão, sujeição, submissão, obediência, autoridade, domínio. (Aurélio)
Afinal, a que Jesus nos convida a prestar obediência?
“Seu jugo é a observância dessa lei [Lei por ele ensinada]; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade”. (KARDEC, ESE, cap. VI, p. 134).A quem obedeces? Acaso, atendes, em primeiro lugar, às vaidades humanas ou às opiniões alheias, antes de observares o conselho do Mestre Divino? É justo refletir sempre, quanto a isso, porque somente quando atendemos, em tudo, aos ensinamentos vivos de Jesus, é que podemos quebrar a escravidão do mundo em favor da libertação eterna.(Emmanuel - Pão Nosso, Chico Xavier, p. 44).
A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair.
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Doçura: 4 fig. qualidade ou virtude do que é meigo; ternura
5 o que apresenta suavidade; brandura (Houaiss).
5 o que apresenta suavidade; brandura (Houaiss).
O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifício e da renúncia carnal. […]. - Lázaro. (Paris, 1863). (ESE, cap. IX, item 8).
Pusilânime: 1 que revela pusilanimidade, fraqueza moral; covarde, medroso, fraco;
2 diz-se de ou indivíduo fraco de ânimo, de energia, de firmeza, de decisão
3 diz-se de ou indivíduo medroso, covarde, poltrão. (Houaiss).
Pusilânime: 1 que revela pusilanimidade, fraqueza moral; covarde, medroso, fraco;
2 diz-se de ou indivíduo fraco de ânimo, de energia, de firmeza, de decisão
3 diz-se de ou indivíduo medroso, covarde, poltrão. (Houaiss).
O que se espera de cada um de nós, em relação à obediência?
Que, de fato, cumpramos a lei de amor, da qual se destacam cinco pontos principais:1º. - fazer aos outros somente aquilo que queremos para nós:
Mateus 7,12: “Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e o Profetas”.2º. – amar aos inimigos:
Mateus 5,43-44: "Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.3º. – caridade desinteressada:
Mateus 6,2-4: “Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de ser glorificados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz tua direita, para que tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará”.4º. – “oferecer” a outra face:
Mateus 5,38-41: "Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe também a esquerda; e àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe também o manto; e se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ela duas”.5º. – perdão incondicional:
Mateus 18,21-22: “Então Pedro chegando-se a ele, perguntou-lhes; 'Senhor, quantas vezes devo perdoar ao irmão que pecar contra mim? Até sete vezes? 'Jesus respondeu-lhe: 'Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete'”.
Mateus 7,12: “Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e o Profetas”.2º. – amar aos inimigos:
Mateus 5,43-44: "Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.3º. – caridade desinteressada:
Mateus 6,2-4: “Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de ser glorificados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz tua direita, para que tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará”.4º. – “oferecer” a outra face:
Mateus 5,38-41: "Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe também a esquerda; e àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe também o manto; e se alguém te obriga a andar uma milha, caminha com ela duas”.5º. – perdão incondicional:
Mateus 18,21-22: “Então Pedro chegando-se a ele, perguntou-lhes; 'Senhor, quantas vezes devo perdoar ao irmão que pecar contra mim? Até sete vezes? 'Jesus respondeu-lhe: 'Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete'”.
Êxodo 31,13-15: “O Senhor falou a Moisés: 'Dize aos israelitas: Guardareis meus sábados, porque o sábado é o sinal combinado entre mim e vós, por todas as vossas gerações, pelo qual conhecereis que eu sou o Senhor que vos santifica.Guardareis o sábado porque é dia santo para vós; quem o profanar é réu de morte; quem trabalhar será excluído do seu povo. Seis dias podeis trabalhar; o sétimo é dia de descanso solene dedicado ao Senhor. Quem trabalhar no sábado é réu de morte'”.Êxodo 35,2: “Durante seis dias fareis vossos trabalhos, mas o sétimo é o dia de descanso solene dedicado ao Senhor.Quem trabalhar nele será réu de morte. Nesse dia, não acendereis fogo em nenhum de vossos povoados”.
1Coríntios 14,34-35: “Como acontece em todas as Igrejas dos santos, estejam caladas as mulheres nas assembleias, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas, como diz a Lei. Se desejam instruir-se sobre algum ponto, interroguem os maridos em casa; não é conveniente que a mulher fale nas assembleias”.Efésios 5,22-23: “Mulheres, sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor. De fato, o marido é a cabeça da sua esposa, assim como Cristo, salvador do Corpo, é a cabeça da Igreja”.Colossenses 3,18: “Mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs”.1Coríntios 11,7-9: “O homem não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e a glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem. Pois o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher foi tirada do homem. E o homem não foi criado para a mulher, mas a mulher foi criada para o homem”.Deuteronômio 21,18-21: “Se alguém tiver um filho rebelde e incorrigível, que não obedece ao pai e à mãe e não os ouve, nem quando o corrigem, o pai e a mãe o pegarão e o levarão aos anciãos da cidade para ser julgado. E dirão aos anciãos da cidade: 'Este nosso filho é rebelde e incorrigível: não nos obedece, é devasso e beberrão'. E todos os homens da cidade o apedrejarão até que morra. Desse modo, você eliminará o mal do seu meio, e todo o Israel ouvirá e ficará com medo”.
RESIGNAÇÃO
No Dicionário Aurélio, encontramos o seguinte significado: “submissão paciente aos sofrimentos da vida”. Mas será que resignação é isto mesmo: submetermo-nos pacientemente aos sofrimentos da vida? Que interpretação podemos dar a estas palavras “submissão paciente”? Acomodação? Conformismo?! Aceitarmos tudo como sendo “a vontade dos céus” e não nos esforçarmos para mudar situações difíceis em nossas vidas, somente esperando “pacientemente” que a situação melhore?! Se tivermos “alguma doença”, devemos somente “aceitá-la” e não lutar para restabelecer nossa saúde?! Estes são apenas alguns exemplos para nossas reflexões quanto à “nossa interpretação” de resignação. […] antes de continuar a leitura, medite um pouco sobre isto...
A Doutrina Espírita nos leva a entender que resignação não é aceitar as situações por comodismo, ignorância, medo ou simplesmente por ser “a vontade dos céus”, mas sim por compreender que as situações pelas quais passamos são necessárias para nosso desenvolvimento intelectual, moral e espiritual (provas), podendo também ser decorrentes de nossas atitudes desta ou de outras vidas (expiações), cabendo-nos superá-las, com paciência, porém atuando ativa e conscientemente naquilo que nos cabe fazer. Sem revolta ou lamentações, por saber que são resultados de nossa responsabilidade quanto ao uso do nosso livre-arbítrio e da atuação dos princípios da lei de causa e efeito. (Paulo S. Catanoze. Resignação. WEB).
MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO
Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.
Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranquilidade no porvir.
Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranquilidade no porvir.
Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. E por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.
O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso. (ESE, cap. V).258. Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio”. (LE, p. 195).258.a) – Não é Deus, então, quem lhe impõe as tribulações da vida, como castigo?“Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo. […] Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiverem. […] Demais, cumpre se distinga o que é obra da vontade de Deus do que o é da do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós quem o criou e sim Deus. Vosso, porém, foi o desejo de a ele vos expordes, por haverdes visto nisso um meio de progredirdes, e Deus o permitiu.” (LE, p. 195).259. Do fato de pertencer ao Espírito a escolha do gênero de provas que deva sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações que experimentamos na vida nós as previmos e buscamos?
“Todas, não, porque não escolhestes e previstes tudo o que vos sucede no mundo, até às mínimas coisas. Escolhestes apenas o gênero das provações. As particularidades correm por conta da posição em que vos achais; são, muitas vezes, consequências das vossas próprias ações. […] Os acontecimentos secundários se originam das circunstâncias e da força mesma das coisas. Previstos só são os fatos principais, os que influem no destino. […] Se, ao percorreres uma rua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito, segundo vulgarmente se diz.” (LE, p. 195-196).924. Há males que independem da maneira de proceder do homem e que atingem mesmo os mais justos. Nenhum meio terá ele de os evitar?“Deve resignar-se e sofrê-los sem murmurar, se quer progredir. Sempre, porém, lhe é dado haurir consolação na própria consciência, que lhe proporciona a esperança de melhor futuro, se fizer o que é preciso para obtê-lo”. (LE, p. 481).Um trecho da resposta à pergunta 399:
As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar. (LE, p. 247-248).486. Interessam-se os Espíritos pelas nossas desgraças e pela nossa prosperidade? Afligem-se os que nos querem bem com os males que padecemos durante a vida?
“Os bons Espíritos fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as vossas alegrias. Afligem-se com os vossos males, quando os não suportais com resignação, porque nenhum benefício então tirais deles, assemelhando-vos, em tais casos, ao doente que rejeita a beberagem amarga que o há de curar.” (LE, p. 287).663. Podem as preces, que por nós mesmos fizermos, mudar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso?“As vossas provas estão nas mãos de Deus e algumas há que têm de ser suportadas até ao fim; mas, Deus sempre leva em conta a resignação. A prece traz para junto de vós os bons Espíritos e, dando-vos estes a força de suportá-las corajosamente, menos rudes elas vos parecem. Hemos dito que a prece nunca é inútil, quando bem feita, porque fortalece aquele que ora, o que já constitui grande resultado. Ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará, bem o sabes. […]. (LE, p. 360).708. Não há situações em as quais os meios de subsistência de maneira alguma dependem da vontade do homem, sendo-lhe a privação do de que mais imperiosamente necessita uma consequência da força mesma das coisas?
“É isso uma prova, muitas vezes cruel, que lhe compete sofrer e à qual sabia ele de antemão que viria a estar exposto.Seu mérito então consiste em submeter-se à vontade de Deus, desde que a sua inteligência nenhum meio lhe faculta de sair da dificuldade. Se a morte vier colhê-lo, cumpre-lhe recebê-la sem murmurar, ponderando que a hora da verdadeira libertação soou e que o desespero no derradeiro momento pode ocasionar-lhe a perda do fruto de toda a sua resignação.”(LE, p. 382).
10. Os Espíritos não podem aspirar à completa felicidade, enquanto não se tenham tornado puros: qualquer mácula lhes interdita a entrada nos mundos ditosos. São como os passageiros de um navio onde há pestosos, aos quais se veda o acesso à cidade a que aportem, até que se hajam expurgado. Mediante as diversas existências corpóreas é que os Espíritos se vão expungindo, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provações da vida os fazem adiantar-se, quando bem suportadas. Como expiações, elas apagam as faltas e purificam. São o remédio que limpa as chagas e cura o doente.
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio”. (LE, p. 195).258.a) – Não é Deus, então, quem lhe impõe as tribulações da vida, como castigo?“Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo. […] Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiverem. […] Demais, cumpre se distinga o que é obra da vontade de Deus do que o é da do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós quem o criou e sim Deus. Vosso, porém, foi o desejo de a ele vos expordes, por haverdes visto nisso um meio de progredirdes, e Deus o permitiu.” (LE, p. 195).259. Do fato de pertencer ao Espírito a escolha do gênero de provas que deva sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações que experimentamos na vida nós as previmos e buscamos?
“Todas, não, porque não escolhestes e previstes tudo o que vos sucede no mundo, até às mínimas coisas. Escolhestes apenas o gênero das provações. As particularidades correm por conta da posição em que vos achais; são, muitas vezes, consequências das vossas próprias ações. […] Os acontecimentos secundários se originam das circunstâncias e da força mesma das coisas. Previstos só são os fatos principais, os que influem no destino. […] Se, ao percorreres uma rua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito, segundo vulgarmente se diz.” (LE, p. 195-196).924. Há males que independem da maneira de proceder do homem e que atingem mesmo os mais justos. Nenhum meio terá ele de os evitar?“Deve resignar-se e sofrê-los sem murmurar, se quer progredir. Sempre, porém, lhe é dado haurir consolação na própria consciência, que lhe proporciona a esperança de melhor futuro, se fizer o que é preciso para obtê-lo”. (LE, p. 481).Um trecho da resposta à pergunta 399:
As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar. (LE, p. 247-248).486. Interessam-se os Espíritos pelas nossas desgraças e pela nossa prosperidade? Afligem-se os que nos querem bem com os males que padecemos durante a vida?
“Os bons Espíritos fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as vossas alegrias. Afligem-se com os vossos males, quando os não suportais com resignação, porque nenhum benefício então tirais deles, assemelhando-vos, em tais casos, ao doente que rejeita a beberagem amarga que o há de curar.” (LE, p. 287).663. Podem as preces, que por nós mesmos fizermos, mudar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso?“As vossas provas estão nas mãos de Deus e algumas há que têm de ser suportadas até ao fim; mas, Deus sempre leva em conta a resignação. A prece traz para junto de vós os bons Espíritos e, dando-vos estes a força de suportá-las corajosamente, menos rudes elas vos parecem. Hemos dito que a prece nunca é inútil, quando bem feita, porque fortalece aquele que ora, o que já constitui grande resultado. Ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará, bem o sabes. […]. (LE, p. 360).708. Não há situações em as quais os meios de subsistência de maneira alguma dependem da vontade do homem, sendo-lhe a privação do de que mais imperiosamente necessita uma consequência da força mesma das coisas?
“É isso uma prova, muitas vezes cruel, que lhe compete sofrer e à qual sabia ele de antemão que viria a estar exposto.Seu mérito então consiste em submeter-se à vontade de Deus, desde que a sua inteligência nenhum meio lhe faculta de sair da dificuldade. Se a morte vier colhê-lo, cumpre-lhe recebê-la sem murmurar, ponderando que a hora da verdadeira libertação soou e que o desespero no derradeiro momento pode ocasionar-lhe a perda do fruto de toda a sua resignação.”(LE, p. 382).
10. Os Espíritos não podem aspirar à completa felicidade, enquanto não se tenham tornado puros: qualquer mácula lhes interdita a entrada nos mundos ditosos. São como os passageiros de um navio onde há pestosos, aos quais se veda o acesso à cidade a que aportem, até que se hajam expurgado. Mediante as diversas existências corpóreas é que os Espíritos se vão expungindo, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provações da vida os fazem adiantar-se, quando bem suportadas. Como expiações, elas apagam as faltas e purificam. São o remédio que limpa as chagas e cura o doente.
Quanto mais grave é o mal, tanto mais enérgico deve ser o remédio. Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à ideia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar. (ESE, Cap. V).Como desencarnados, quando pairáveis no Espaço, escolhestes as vossas provas, julgando-vos bastante fortes para as suportar. Por que agora murmurar? Vós, que pedistes a riqueza e a glória, queríeis sustentar luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de corpo e espírito contra o mal moral e físico, sabíeis que quanto mais forte fosse a prova, tanto mais gloriosa a vitória e que, se triunfásseis, embora devesse o vosso corpo parar numa estrumeira, dele, ao morrer, se desprenderia uma alma de rutilante alvura e purificada pelo batismo da expiação e do sofrimento. (ESE, Cap. V).
Em O Céu e o inferno, cap. VIII - Expiações terrestres, um sábio ambicioso:
“A falta de resignação esteriliza o sofrimento, que, por isso mesmo, teria de ser recomeçado. Convém-lhe, pois, a coragem e a resignação, e o que se faz preciso é pedir a Deus e aos bons Espíritos que lha concedam."Esterilizar: Fig. Tornar inútil, improfícuo; inutilizar, baldar. (Aurélio).
Em O Céu e o inferno, cap. VIII - Expiações terrestres, um sábio ambicioso:
“A falta de resignação esteriliza o sofrimento, que, por isso mesmo, teria de ser recomeçado. Convém-lhe, pois, a coragem e a resignação, e o que se faz preciso é pedir a Deus e aos bons Espíritos que lha concedam."Esterilizar: Fig. Tornar inútil, improfícuo; inutilizar, baldar. (Aurélio).
Referências bibliográficas:KARDEC, A. O Céu e o Inferno. Rio de Janeiro: FEB, 2007d.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 1982.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007a.
PERES, M. P. Manual prático do Espírita. São Paulo: Pensamento, 1989.
XAVIER, F. C. Pão nosso. Rio de Janeiro: FEB, 1987.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 1982.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007a.
PERES, M. P. Manual prático do Espírita. São Paulo: Pensamento, 1989.
XAVIER, F. C. Pão nosso. Rio de Janeiro: FEB, 1987.
CATANOZE, P. S. Resignação:
Capa:
Abraão:
Devemos obedecer...adaptado de:
Mulheres - adaptado de:http://cnt.winkal.com/518a0b9ce4b01a11913bb605/XhSe_460.jpg
Os espíritos progridem...:
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