domingo, 23 de março de 2014

BICORPOREIDADE E TRANSFIGURAÇÃO


Esses dois fenômenos são variedades do das manifestações visuais, propriedade do peispírito.

O perispírito por sua organização, flexibilidade e expansibilidade, fornece inúmeras condições de ação ao Espírito, mesmo quando encarnado, sendo o propulsor de toda e qualquer ação é o Espírito.

Para que essas propriedades se tornem evidentes, necessário se atender às leis dos fluidos, no que tange as suas condições de afinidade, quantidade necessária e qualidade dos fluidos; além do conhecimento e a elevação moral do Espírito que manuseia tais fluidos.

Além da Bicorporiedade e da transfiguração, temos outras propriedades do perispírito como aparição, tangibilidade, penetrabilidade e emacipação da alma.

Bicorporiedade: isolado do corpo, o Espírito de um encarnado pode, como de um morto, mostra-se com todas as aparências da realidade, pode adquirir momentânea tangibilidade. Não devemos confundir a bicorporeidade com a bilocação pois enquanto a primeira precisa que a segunda se dê, a recíproca não é verdadeira. Para ocorrer a bicorporeidade, carece que o Espírito se desloque, se afaste de seu corpo físico e, onde se manifeste, necessário produza transformações em sua constituição molecular perispiritual afim de se fazer visto; já para ele se deslocar (bilocação), necessário se dê apenas a primeira parte do fenômeno pois o Espírito pode se desprender sem contudo, ser visto ou apreendido pelos sentidos comuns.

Como exemplo do fenômeno de bicorporiedade temos Eurípedes Barsanulfo. Nascido em 1º de maio de 1880, na pequena cidade de Sacramento, Estado de Minas Gerais, e desencarnado na mesmo cidade, aos 38 anos de idade, em 1o. de novembro de 1918.

Logo cedo manifestou- se nele profunda inteligência e senso de responsabilidade, acervo conquistado naturalmente nas experiências de vidas pretéritas. Portador de várias faculdades mediúnicas. Confira o filme abaixo.




Transfiguração: o perispírito dos encarnados goza das mesmas propriedades que o dos Espíritos. A transfiguração consiste na modificação do aspecto de um corpo vivo. Admiti-se em princípio que o Espírito pode dar ao seu perispírito todas as aparências. Que, por uma modificação das disposições moleculares, pode ele dar a visibilidade, a tangibilidade e em consequência a opacidade. Que o perispírito de uma pessoa viva, fora do corpo pode passar pelas mesmas transformações e que essa mudança de estado se realiza por meio da combinação dos fluidos.

O fenômeno da transfiguração pode opera-se com intensidades muito diferentes, conforme o grau de depuração do perispírito, grau que sempre corresponde ao da elevação moral do Espírito.

Transfigura de Jesus - A Gênese, capitulo XV
Seis dias depois, tendo chamado de parte a Pedro, Tiago e João, Jesus os levou consigo a um alto monte afastado (1) e se transfigurou diante deles. - Enquanto orava, seu rosto pareceu inteiramente outro; suas vestes se tornaram brilhantemente luminosas e brancas qual a neve, como não há pisoeiro na Terra que possa fazer alguma tão alva. - E eles viram aparecer Elias e Moisés, a entreter palestra com Jesus.

Então, disse Pedro a Jesus: Mestre, estamos bem aqui; façamos três tendas: uma para ti, outra para Moisés, outra para Elias. - É que ele não sabia o que dizia, tão espantado estava. Ao mesmo tempo, apareceu uma nuvem que os cobriu; e, dessa nuvem, uma voz partiu, fazendo ouvir estas palavras: Este é meu Filho bem-amado; escutai-o. Logo, olhando para todos os lados, a ninguém mais viram, senão a Jesus, que ficara a sós com eles.

Quando desciam do monte, ordenou-lhes ele que a ninguém falassem do que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. - E eles conservaram em segredo o fato, inquirindo uns dos outros o que teria ele querido dizer com estas palavras: Até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dentre os mortos. (S. Marcos, cap. IX, vv. 1 a 9.)

É ainda nas propriedades do fluido perispirítico que se encontra a explicação deste fenômeno. A transfiguração, explicada no cap. XIV, nº 39, é um fato muito comum que, em virtude da irradiação fluídica, pode modificar a aparência de um indivíduo; mas, a pureza do perispírito de Jesus permitiu que seu Espírito lhe desse excepcional fulgor. Quanto à aparição de Moisés e Elias
cabe inteiramente no rol de todos os fenômenos do mesmo gênero. (Cap. XIV, nos 35 e seguintes.)
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(1) O Monte Tabor, a sudoeste do lago de Tabarich e a 11 quilômetros a sudeste de Nazaré, com cerca de 1.000 metros de altura.

De todas faculdades que Jesus revelou, nenhuma se pode apontar estranha às condições da humanidade e que se não encontre comumente nos homens, porque estão todas na ordem da Natureza. Pela superioridade, porém, da sua essência moral e de suas qualidades fluídicas, aquelas faculdades atingiam nele proporções muito acima das que são vulgares. Posto de lado o
seu envoltório carnal, ele nos patenteava o estado dos puros Espíritos.

Vejam mais no Livro dos Médiuns, capitulo VII.

Juventude da Casa dos Humildes

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