segunda-feira, 4 de junho de 2012

Meu Reino Não É Deste Mundo



Luiz Gonzaga Scalzitti

O capítulo desenvolve a idéia central dos ensinamentos de Jesus, qual seja, a de comprovar uma vida futura ,aquela livre da vestimenta material que nos serve de intermediário à vida de relação social. Sem o conceito de vida futura perde o sentido os preceitos de moral. Também como no capítulo anterior foi colocado entre os primeiros ensinos do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Estudando a história da humanidade, encontraremos várias referências à vida futura, seja na crença do maligno na figura dos Espíritos que praticam o mal, seja nas figuras das almas penadas que habitam e valorizam, castelos antigos, seja nas evocações celebres da Bíblia ou mesmo nos oráculos aos deuses; recurso dos generais em busca de vitórias, seja ainda na idéia dos bons e amorosos anjos de asas brancas velando pelos que merecem. Pois bem, a ignorância não permite a humanidade entender racionalmente a questão. Vejamos:Porque vamos ao cemitério? Lá só se encontram os restos materiais dos Espíritos, e estes , os restos mortais, não têm raciocínio e nem inteligência. Porque dizemos que levamos flores ou orações que lhes possa ser benéfico à alma? Se não acreditamos nisto perdemos tempo e dinheiro, uma vez que descerrando a urna ali não se consegue enxergar nada que lembre o ente querido.
Portanto, o Espiritismo veio dar cumprimento ao ensino de Jesus fazendo com que o mundo espiritual fosse conhecido de todos, pois já conhecido dos antepassados de maneira pueril e ingênua, tendendo aos benefícios materiais mais que aos moralmente mais elevados, mais para as sensações de posse, poderio e títulos que enriquecem do que dos sentimentos que nos tornam mais responsáveis uns pelos outros. Por isso dizia Jesus: “... Meu reino não é deste mundo”,refere-se ele ao reinado da simplicidade, da moral elevada e da fraternidade. Não a estes poderes temporais da matéria, que mesmo numa existência se vê quedas desastrosas de impérios fortíssimos tais como o de Roma. Consola-nos a idéia da vida futura, a fé inabalável que nos fortalece no sentido de preocupar-nos com as nossas atitudes morais mais elevadas perante a humanidade. Não sendo corrupto, pagando os impostos de maneira correta, compreendendo a pobres e ricos, não querendo levar vantagens sobre nada.
E lembre-se que Jesus com esses ensinamentos não quis dizer que deveríamos distribuir a riqueza e sermos todos pobres! Não! O que preconizou foi a utilização fraterna e justa de todos os recursos postos a serviço da humanidade por Deus Nosso Pai!

Ps.: Os conceitos aqui emitidos não expressam necessariamente a filosofia FEAL, sendo de exclusiva responsabilidade de seus autores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário