segunda-feira, 28 de maio de 2012
A Grande Reforma - Caminhos de Luz
PRIMEIRA REFORMA
Segundo o Velho Testamento a nação egípcia, poderosa e evoluída nos tempos primórdios da Historiografia, tinha o povo hebreu por escravo há quatrocentos anos e esse povo levava grande preocupação ao faraó pelo seu rápido crescimento, em comparação ao povo egípcio, e por não aceitarem a idolatria aos vários eus'>deuses egípcios.
Em decorrência desses fatos o faraó proibiu, no seio dos hebreus, a crença que florescia dos seus antepassados em um Deus, único e espiritual, e determinou que todos os bebês do sexo masculino nascidos entre os mesmos fossem mortos nas águas do Rio Nilo, para tentar conter o crescimento populacional.
Foi nesse clima aterrador que nasceu Moisés, nome que em egípcio significa “salvo das águas”, pois, para fugir da perseguição e morte, Jocabel, sua mãe, colocou-o em um cesto e entregou-o às águas do Rio Nilo para que a Providência Divina cuidasse dele, quando então, por essa interferência, foi recolhido do rio pela filha do faraó, Termutis, que o fez um grande homem, em inteligência e destemor.
Este foi o primeiro Espírito de luz enviado por Deus à Terra para a Primeira Reforma, não fácil, pois tinha a incumbência de transformar Espíritos encarnados, cruéis e semi-selvagens, ao temor de um Deus único e material'>imaterial, contrário à crença milenar de “eus'>deuses materiais” que se praticava.
Nesse meio árido de sentimento, Moisés, através de sua mediunidade de efeitos físicos, recebe da espiritualidade maior os chamados Dez Mandamentos que, posteriormente, ficaram conhecidos por Primeira Revelação, implantando uma reforma radical nas condutas e sentimentos da época.
SEGUNDA REFORMA
No transcurso da primeira reforma, vários outros Espíritos Superiores reencarnam e ficam conhecidos por Profetas, os quais reforçavam a crença da existência do Deus único e material'>imaterial, bem como anunciavam a vinda do Filho desse Deus, que seria chamado por Cordeiro de Deus, pois sabiam do sacrifício que estaria exposto junto aos Homens.
Esse Espírito, ultra-iluminado, seria o Cristo de Deus e o Salvador da Humanidade, pois traria os ensinamentos necessários para o ser humano desprender-se do mundo material e conquistar o mundo espiritual, originário a todos seres inteligentes.
Eis que, em meio de turbulências de conquistas e de crenças da época, encarna o Cristo, recebendo o nome de Jesus, em ambiente simples e humilde e, sem cursar qualquer escola, cresce em sabedoria e bondade.
Em sua caminhada terrestre, sem nada escrever, traz para a Humanidade a Segunda Revelação, que ficou conhecida por As Boas Novas, que na verdade é o caminho da luz para o Espírito.
Se o intuito da Primeira Reforma era a revelação de um Deus único e material'>imaterial, a Segunda Reforma foi a revelação da imortalidade do Espírito, e não mais o uso da força e da vingança, mas do amor e do perdão.
Por sua vez afirmou, categoricamente, que não veio revogar a Lei, ou seja, Os Dez Mandamentos, mas sim dar cumprimento à mesma, com estas palavras: “Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei e os profetas; não os vim destruir, mas cumpri-los, porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto”. (Meu'>ateus 5:17-18)
No transcorrer de seus ensinamentos deixou bem claro que estava transmitido somente o que se poderia compreender naquela fase evolutiva, pois não “suportariam” mais profundidade, quando então prometeu que enviaria Outro Consolador, o Espírito de Verdade, que lembraria tudo que havia dito e ensinaria todas outras coisas mais.
TERCEIRA REFORMA
Na Europa, já no século XIV do Cristianismo, houve um grande avanço da classe burguesa, classe essa de comerciantes que cresciam e se sentiam sufocados pelas classes dominantes, que eram ligadas ao Estado e à Igreja, com pesados impostos aos primeiros e injustos dízimos aos segundos.
Diante desta situação, a nobreza e o clero obstruíam ao interesse de enriquecimento tanto dessa nova classe quanto dos camponeses; assim a insatisfação crescia com reivindicações de liberdade em vários setores, principalmente da Igreja.
Foi nesse quadro geral que florescia em vários pontos da Europa, entre eles a Alemanha, Inglaterra, França, Suíça, Holanda, Hungria e Polônia, as idéias de mudanças religiosas e morais. A Igreja Católica, ligada ao Estado, distanciava-se das realidades evangélicas com seus dogma'>dogmas, rituais e paramentos.
Esse movimento ficou conhecido por PROTESTO.
Foi justamente nesse período que Deus faz reencarnar um outro Espírito de luz e de muita fibra para trazer a Terceira Reforma, Espírito esse que veio de outras lutas em existências pretéritas, o qual tornou-se um monge agostiniano, Martinho Lutero, e, em 31 de outubro de 1517, após vários contatos com outros interessados nessa reforma religiosa, afixou à porta da igreja do Castelo de Wittenberg, suas 95 Teses de reformas à Igreja Católica e, entre as principais, citamos a negação da superioridade do Papa; o não pagamento para receber indulgência; os ofícios religiosos tiveram o latim substituído pelo idioma do país; exclusão do celibato e de vários sacramentos, entre outras reformas, dando origem à Igreja Protestante.
Além de Martinho Lutero, destacaram-se nessa reforma John Wycliffe (Inglaterra); John Huss (Bohemia); Ulrich Zwinglio (Suíça); João Calvino (Genebra). Alias, foi uma reforma sangrenta que custou muitas vidas e muitos mártires, destacando-se a perseguição que ficou denominada por Noite de São Bartolomeu (24 de agosto de 1572), quando aproximadamente 30.000 protestantes foram massacrados a mando.
O Protestantismo rompeu com a autoridade da Igreja Romana devido aos abusos que ocorriam de todos gêneros e trouxe novos caminhos ao Cristianismo.
A GRANDE REFORMA
Como Jesus enfatizou que não veio destruir a Lei e os Profetas, mas dar cumprimento às mesmas, Allan Kardec, Codificador da Doutrina Espírita, identicamente não veio revogar as Leis procedentes de Deus, mas sim trazer luz sobre as mesmas.
E todas essas revelações, com períodos distanciados uma das outras, pela necessidade imperativa de aguardar o tempo apropriado ao grau de adiantamento dos Homens, com o escopo de poder receber novas informações educativas e evolutivas, e assimilá-las às suas condutas.
As Leis Mosaicas e as Leis Cristãs, num período de aproximadamente 6.000 mil anos, entre ambas, não conseguiram impor à Humanidade as Leis Imutáveis de Deus, pois os cristãos somam-se em apenas um terço (dois bilhões), enquanto que os hebreus são uma parte ínfima perante os seis bilhões de encarnados, havendo ainda grande, divergências e conflitos atrasando a evolução do planeta.
O que acarretou, até então, essa dificuldade de compreensão é o grau evolutivo diferenciado que existe entre as individualidades, levando-os em se agruparem de conformidade com suas afinidades de entendimento por se ajustarem melhor. Foi justamente devido a todas essas dificuldades evolutivas que o Cristo de Deus advertiu que havia ainda muitas coisas a serem reveladas, mas que não suportariam; entretanto prometeu que enviaria um Outro Consolador, o Espírito de Verdade que haveria de lembrar a tudo que havia dito e ensinaria todas outras coisas mais.
E, assim, chegou-se ao século XIX, período de transformações e renovações gigantescas no campo político, social, econômico, científico e religioso, oferecendo condições propícias para a nova semeadura prometida, pois o campo estava já fértil para aceitação e propagação.
Assim, aproximou-se o momento de vir à Terra um novo emissário do Cristo, um Espírito de escol que reencarnava na cidade de Lyon, na França, em 03 de outubro de 1804, há 200 anos, e foi registrado com o nome Hippolyte Léon Denizard Rivail. Teve a missão de codificar a Terceira Revelação, o Cristianismo Redivivo, que recebeu o nome de Espiritismo, ficando conhecida por Doutrina Espírita ou Doutrina dos Espíritos.
Realmente, concretizou-se a promessa do Cristo, pois em 18 de abril de 1857 Allan Kardec, pseudônimo que veio a usar, lança o primeiro livro da nova doutrina, O Livro dos Espíritos, obra filosófica advinda, mediunicamente, por milhares de mensagens de Espíritos Superiores, assim o Outro Consolador se implantava entre nós.
Se a Lei do Antigo Testamento está personalizada em Moisés, a do Novo Testamento em Cristo, o Espiritismo, que é a Terceira Revelação, não está personalizado em ninguém humano, pois é produto do ensinamento dado pelos Espíritos trabalhadores de Deus, chamados por As Vozes do Céu, que está sendo revelada em todos os pontos da Terra e para todas as crenças.
Portanto, a Doutrina Espírita é a GRANDE REFORMA que vem ocorrendo na Humanidade, chamada por Jesus de Tempos Chegados, que está intermediando entre o mundo velho, que é Mundo de Provas e Expiações e o mundo novo, que é o Mundo de Regeneração, que devemos conquistar com as práticas de seus ensinamentos, que não deixa de ser o Cristianismo Redivivo.
Não esperamos que o Espiritismo venha a ser mais uma Religião, nem tampouco que será a primeira Religião entre outras, nem que as demais irão desaparecer, mas com toda certeza veio como reformadora de todas elas que sem trocarem os seus nomes irão, pouco a pouco, como sempre ocorreu, aderindo e praticando as idéias Espíritas.
Os Espíritas ainda não se compenetraram que são, na realidade, os reformadores de nossa época, motivo que em toda parte do nosso globo terrestre estão ocorrendo, não pregações como se dizia antigamente, mas palestras incumbidas de reformar as religiões e, em conseqüência, a própria Humanidade.
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