sábado, 10 de maio de 2014
Vida Futura e Espiritismo
Nós, em cada existência terrena, praticamos uma infinidade de atos, com o objetivo de atender às nossas necessidades, tanto físicas quanto espirituais. No meio de nossas alegrias, a morte costuma surgir de forma inesperada. Nesse momento, costumamos indagar: para onde iremos? O que acontecerá além-túmulo? Estaremos melhor ou pior? Continuaremos a existir ou seremos destruídos para sempre?
As expectativas com relação à vida futura dependem de nossa concepção de vida. As religiões exercem grande influência na crença da vida após a morte. A Doutrina Dogmática afirma que o ser sobrevive e conserva a sua individualidade: os maus vão para o Inferno; os bons, para o Céu. A Doutrina Espírita aceita, também, a individualidade da alma, porém sujeita a um progresso ininterrupto. Quer estejamos encarnados, quer desencarnados, estaremos sempre progredindo.
As verdades espirituais existem, independentemente de termos esta ou aquela concepção de mundo. A continuidade da vida após a morte é uma realidade e dela não podemos fugir. A grande surpresa para os indivíduos que cometem o "suicídio" é a de que continuam vivos no mundo dos Espíritos. Fato este, relatado pelos próprios Espíritos, através da mediunidade. Sendo um fato, só nos resta ponderar sobre o seu conteúdo.
A reencarnação, um dos princípios fundamentais do Espiritismo, oferece-nos os meios para entendermos a morte e seus mistérios. A cada nova existência alteramos o teor específico de nossas vibrações mentais. São elas que nos posicionarão no mundo dos Espíritos: se leves e suaves, teremos condições de habitar um mundo mais evoluído; se pesadas e grosseiras, teremos de nos contentar com orbes mais atrasados. Não há privilégios: "A cada um segundo as suas obras", eis a lei.
A morte é a passagem do mundo das formas para o mundo das essências. A paz com a nossa consciência permite-nos um desprendimento suave. O apego à matéria dificulta o desligamento do Espírito do corpo físico. É por isso que os Espíritos superiores estão sempre nos lembrando de nossas mudanças comportamentais: o desapego da matéria, o perdão, o esquecimento da ofensa etc.
Importa estarmos preparados nesse momento crítico de nossa existência física, porque poderemos perceber a coroação de todos os nossos esforços despendidos na prática do bem e das virtudes.
Fonte de Consulta
KARDEC, A. O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo. 22 ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
São Paulo, 12/11/1993
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