sexta-feira, 17 de junho de 2016

Perdoai

"Se perdoardes aos homens as faltas que fazem contra vós, vosso Pai celeste também perdoará vossos pecados; mas se não perdoardes aos homens, quando vos ofendem, vosso Pai também não perdoará os vossos pecados." (Mateus, VI: 14 e 15.)
    A misericórdia é o complemento da brandura, porque aquele que não é misericordioso não poderia ser brando nem pacífico; a misericórdia consiste no esquecimento e no perdão das ofensas.
O ódio e o rancor demonstram uma  alma sem elevação e sem grandeza;
o esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que estão acima dos males que lhes possam fazer;
Uma é sempre ansiosa, de uma sensibilidade sombria e cheia de amargura; a outra é calma, plena de mansidão e caridade.
Infeliz daquele que diz eu nunca perdoarei, porque se não for condenado pelos homens, certamente o será por  Deus. Com que direito reclamaria o perdão das próprias faltas se não perdoa as dos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz para perdoarmos ao nosso irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete.
No entanto, há duas maneiras bem diferentes de perdoar:
     a primeira é grande, verdadeiramente generosa, sem segundas intenções, tratando com delicadeza o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, ainda que ele tenha toda a culpa;
     a segunda é quando o ofendido, ou aquele que se crê ofendido, impõe condições humilhantes para perdoar e faz sentir o peso de um perdão que irrita em vez de acalmar. Se ele estende a mão não é com benevolência, mundo: "Vede como sou generoso!"
Em tais circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera tanto de uma parte quanto de outra. Não, isso não é generosidade, é apenas uma maneira da satisfazer o orgulho.
Em qualquer contestação, aquele que se mostra mais conciliador, que demonstra maior desinteresse, caridade e verdadeira grandeza de alma, sempre conquistará a simpatia das pessoas imparciais.
Fontes:
www.guia.heu.nom.br;
Romeu Leonilo Wagner, Belém, Pará.

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