domingo, 26 de junho de 2016
A Realeza de Jesus
A Realeza de Jesus
Sergio Honório
Pouco antes da crucificação, Pilatos pergunta se Ele era rei, Jesus responde: “Eu vim para dar testemunho da verdade, mas agora o meu reino não é deste mundo”.
Jesus não desceu ao planeta Terra para exercer nenhum domínio político e transitório, Ele é mais do que um simples rei, veio para ser redentor de toda a humanidade ensinando-nos normas de conduta que pudessem nos conduzir a um estágio superior para o nosso aprimoramento moral e espiritual.
Os judeus contemporâneos de Jesus esperavam a vinda de um grande rei, um guerreiro que viria com uma espada em punho para salvar seu povo e dominar outras nações. Muitos se desapontaram, pois Ele não tinha um povo escolhido, sua família é toda a humanidade, Ele chegou falando em amor, que devemos dar a outra face em caso de agressão.
O messias tão esperado nasceu da descendência de Davi, na mesma cidade onde Davi havia nascido. Poderia ter nascido num castelo, mas escolheu uma manjedoura, num estábulo, cercado de pessoas humildes e sem posses, cercado de animais, dando assim, já no seu nascimento, o primeiro grande ensinamento: que a humilde é a chave de todas as virtudes.
Seu pai era um humilde carpinteiro, e seus companheiros de missão homens simples, humildes pescadores que lutavam pelo pão de cada dia.
Nem por isso sua majestade passou despercebida, após o advento da multiplicação dos pães os homens que ali se encontravam, em torno de 5.000, reconheceram que Ele era o messias escolhido e queriam fazer Dele um rei e, Jesus, percebendo a intenção daquele povo, retirou-se para o Monte das Oliveiras para orar, deixando claro que o seu reinado era de sentido espiritual e não terreno.
No entanto, existia receio por parte de Herodes e das autoridades romanas que o Mestre haveria de ser proclamado rei dos judeus, o próprio Procônsul romano Pôncio Pilatos deixou transparecer essa possibilidade, pois quando Jesus estava suspenso na cruz ordenou que fosse colocada a inscrição: “Jesus de Nazaré Rei dos Judeus”, apesar de Jesus lhe haver dito que seu reino não era deste mundo, pois o seu poder se exercia numa outra dimensão, conforme os dizeres de Mateus 28:18 o Cristo afirmou: “é me dado todo o poder no céu e na Terra”.
O Objetivo máximo de seu reinado era convocar as criaturas para que um dia “haja um só rebanho e um único pastor”, e para a consecução desse objetivo Jesus estabeleceu dois mandamentos: “amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o seu coração e de todo o entendimento”, e o segundo semelhante ao primeiro: “amar ao próximo como a si mesmo”.
Embora dissesse que Seu reino não era deste mundo, podemos afirmar que, mesmo entre nós Ele é o Rei dos reis, o Mestre dos mestres. Jesus, ser superior que jamais este planeta viu outro igual, no ápice de seu sofrimento, sentindo dores atrozes, Ele demonstra toda a sua realeza e elevação espiritual ao pedir por nós: “Pai perdoai-os, eles não sabem o que fazem”.
A humanidade caminhava para o abismo pelas injustiças, pela imoralidade, pelos abusos cometidos pelos poderosos em detrimento dos mais fracos e, foi preciso que Ele, Jesus Cristo, viesse para este planeta para reconduzir seus irmãos pelo caminho do bem, para a redenção espiritual.
O mundo passou a contar a passagem dos anos a partir do seu nascimento, marcando uma nova era, mas sua influência sobre o pensamento da humanidade vai muito além do calendário, penetram todas as áreas da ciência, filosofia e da religião, alterando a definição do próprio indivíduo. Jesus, portanto, é a vida de nossas vidas, impulsionando-nos para a definitiva liberação pelos caminhos luminosos da vida eterna.
As religiões pregam que Jesus irá voltar, nós, da Doutrina Espírita, afirmamos que Ele jamais partiu, está sempre conosco, nunca nos abandonou. Ele afirmou que: “onde houver dois ou mais reunidos em Meu nome, Eu ali estarei”. E, sabendo Ele que os seus ensinamentos seriam mal interpretados, alterados e até esquecidos, disse-nos:
“se Me amais, guardai os Meus ensinamentos, e Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para que fique eternamente convosco o Espírito de Verdade”.
E esse Consolador chegou na ora certa, pelas vozes dos espíritos inaugurando uma nova era: a da fé raciocinada, a da fé que enfrenta a razão face a face em qualquer época e, ficará eternamente entre nós, através da Doutrina Espírita.
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