sexta-feira, 17 de junho de 2016

DONATIVO DA ALMA


“Bem-aventurados os que são misericordiosos, por- que alcançarão misericórdia.” - JESUS - MATEUS, X 5: 7.
“A misericórdia o complemento do brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico.” – cap 10, 4.

Reflete nas provações alheias e auxilia incessantemente.
Louvado para sempre o trabalho honesto com que te dispões a minorar as dificuldades dos semelhantes, ensinando-lhes a encontrar a felicidade, através do esforço digno.
Bendita a moeda que deixas escorregar nas mãos fatigadas que se constrangem a implorar o socorro público.
Inesquecível a operação da beneficência, com a qual te desfazes de recursos diversos para que não haja penúria na vizinhança.
Abençoado o dia de serviço gratuito que prestas no amparo aos companheiros menos felizes.
Enaltecido o devotamento que empregas na instrução aos viajores do mundo,que ainda se debatem nos labirintos da ignorância.
Glorificado o conselho fraterno com que te decides a mostrar o melhor caminho.
Santo o remédio com que alivias a dor.
Inolvidáveis todos os investimentos que realizes no Instituto Universal da Providência Divina, quando entregas a benefício dos outros o concurso financeiro, a pagina educativa, a peça de roupa, o litro de leite, o cobertor aconchegante, o momento de consolo, o gesto de solidariedade, o prato de pão...
Não se pode esquecer que Jesus consignou por crédito sublime da alma, no Reino de Deus, o simples copo de água que se dê no mundo em seu nome.
Entretanto, mil vezes bem-aventurada seja cada hora de tua paciência diante daqueles que não te compreendam ou te esqueçam, te firam ou te achincalhem, porque a paciência, invariavelmente feita de bondade e silêncio, abnegação e esquecimento do mal, é donativo essencialmente da alma, benção da fonte divina do amor, que jorra das nascentes do sacrifício, seja formada no suor da humildade ou no pranto oculto do coração.
Livro da Esperança Psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de Emmanuel

LEITURA DO EVANGELHO
Capítulo X - Bem Aventurados os que são Mansos e Pacíficos – itens 1 a 4
Perdoai Para Que Deus Vos Perdoe
1 – Bem-aventurados os misericordiosos porque eles alcançarão misericórdia. (Mateus, V: 7).
2 – Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados. (Mateus, VI: 14 e 15).
3 – Se vosso irmão pecar contra ti, vai, e corrige-o entre ti e ele somente; se te ouvir, ganhado terás a teu irmão. Então, chegando-se Pedro a ele, perguntou: Senhor, quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, para que eu lhe perdoe? Será até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. (Mateus, XVIII: 15, 21e 22).
4 – A misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os que não são misericordiosos também não são mansos e pacíficos. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que pairam acima do mal que lhes quiseram fazer. Uma está sempre inquieta, é de uma sensibilidade sombria e amargurada. A outra é calma, cheia de mansuetude e caridade.
Infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei! Porque, se não for condenado pelos homens, o será certamente por Deus. Com que direito pedirá perdão de suas próprias faltas, se ele mesmo não perdoa aos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que se deve perdoar ao irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar. Uma é grande nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, tratando com delicadeza o amor próprio e a suscetibilidade do adversário, mesmo quando a culpa foi inteiramente dele. A outra é quando o ofendido, ou aquele que assim se julga, impõe condições humilhantes ao adversário, fazendo-o sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar. Se estender a mão, não é por benevolência, mas por ostentação, a fim de poder dizer a todos: Vede quanto sou generoso!
Nessas circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera, de uma e de outra parte. Não, isso não é generosidade, mas apenas uma maneira de satisfazer o orgulho. Em todas as contendas, aquele que se mostra mais conciliador, que revela mais desinteresse próprio, mais caridade e verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais.


REFLEXÕES: Ser misericordioso significa saber perdoar as ofensas que recebemos, o mal que nos fizerem, ou o prejuízo que nos causarem, conforme nosso dicionário significa também dó, piedade, sentimento de dor e solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia pessoal ou que caiu em desgraça, acompanhado do desejo ou da disposição de ajudar ou salvar essa pessoa.
Kardec declara que “a misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os que não são misericordiosos também não são mansos e pacíficos.”
Mas, perdão e esquecimento devem significar a mesma coisa? (O Consolador. Questão 340. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier): Para a convenção do mundo, o perdão significa renunciar à vingança, sem que o ofendido precise olvidar plenamente a falta do seu irmão; entretanto, para o espírito evangelizado, perdão e esquecimento devem caminhar juntos, embora prevaleça para todos os instantes da existência a necessidade de oração e vigilância. Aliás, a própria lei da reencarnação nos ensina que só o esquecimento do passado pode preparar a alvorada da redenção. O exemplo maior desse perdão nos foi dado por Jesus, quando, crucificado, como se fosse o pior dos inimigos dos homens, disse ao Pai: “Perdoai-lhes Pai, porque não sabem o que fazem.”

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