terça-feira, 25 de junho de 2013

Obsessão nos Evangelhos

"E quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o encontrando, diz: Tornarei para minha casa, aonde saí.   E chegando, acha-a varrida e adornada.  Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele entrando, habitam ali, e o último estado desse homem é pior do que o primeiro."  Lucas,11:24-26
Os versículos evangélicos que ensinam esta página, são decisivos da convocação dessa assertiva, representando uma ilustração típica feita por Jesus-Cristosobre os casos de obsessão: Um espírito_obsessor foi afastado de um homem e levado para o umbral ou para um plano_espiritual compatível com seu estado vibratório. Andando por lá e não achando consolo, decidiu-se a voltar para as proximidades da criatura de quem foi afastado. Ali chegando, notou com surpresa, que o antigo perseguido não havia se moralizado, não havia tomado nova diretriz e permanecia distanciado do Bem, deixando, como decorrência, a porta aberta para a volta do perseguidor. Este, por sua vez, não contentou em voltar sozinho; foi e arranjou sete espíritos piores do que ele. Sob a influência dessa legião do mal, o estado do antigo perseguido se agravou, tornando-se muito pior do que antes.
Em Lucas, 8:2, observamos que "algumas mulheres foram curadas de espíritos malignos e enfermidades, dentre elas Maria Madalena, de quem o Mestre expeliu sete espíritos imundos";
Marcos, 5:7-9, relata que um homem Gadareno vivia assediado por espíritos obsessores. Quando Jesus se aproximou dele, passou a clamar com grande voz: "que tenho eu contigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes." O Mestre, após ordenar que o espírito imundo saísse do homem, perguntou-lhe: "Qual é o teu nome? E ele respondeu, dizendo: Legião é o meu nome; porque somos muitos.
Segundo a descrição de Lucas, 9:38-42, um homem que tinha um filho atormentado por espírito maligno, dirigindo-se ao Messias, pediu: "Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que tenho. Eis que um espírito o toma, e de repente clama, e o despedaça, até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado. E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não o puderam. E Jesus, respondendo, disse: ö geração incrédula e perversa! até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me cá o teu filho. E quando vinha chegando, o espírito o derribou e convulsionou; porém Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino."
E na II Epístola aos Coríntios, 12:7-8, quando Paulo afirma: "E para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de "satanás" para me esbofetear, a fim de me não exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim."
Os casos de Maria Madalena e do Possesso Gadareno se enquadram melhor no ensinamento que serve de tópico para está página. É obvio que Madalena para ter chegado ao ponto de ter sete espíritos obsessores atormentando-a como autêntica legião, deve ter passado pelas fases mais brandas da obsessão, quando o obsediado recebe toda a sorte de advertências e amparo espirituais ( é a fase quando o espírito imundo tem saído, anda por lugares secos, buscando repouso). Dando de ombros a esses avisos salutares, o obsediado entra na fase mais aguda (quando o espírito achando a casa varrida e adornada, vai e leva consigo outros espíritos piores do que ele).
Existem muitos outros casos nos Evangelhos, tais como o do servo do centurião, da filha da mulher Cananéia, da mulher paralítica, descrita em Lucas 13:10-17, sem falar no assédio dos espíritos inferiores no sentido de que os apóstolos Pedro e Paulo fossem frustrados em suas missões, conforme narrações contidas em Lucas, 22:31-34: Disse Jesus a Pedro: "Simão, Simão, os espíritos das trevas vos pediram para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos."
As páginas dos Evangelhos estão repletas de passagens as obsessões espirituais, sobejamente abordadas nas obras básicas do espiritismo.
Fontes:
www.guia.heu.nom.br.
O Clarim Nº 15 de novembro de 1971
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/obsessao/as-obse...
Paulo Alves de Godoy

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