sexta-feira, 29 de abril de 2011

JESUS E MEDIUNISMO

JESUS E MEDIUNISMO
        Felicitados pelas bênçãos com que o Espiritismo nos distende o socorro do Céu, busquemos no Evangelho o roteiro da Humanidade sublimada.
        Intérprete fiel do Pai Celestial, foi Jesus o Excelente Médium da vida abundante.
        Em todo o seu ministério, esteve em freqüente comunhão com os desencarnados, sendo, por isso mesmo, denominado “Senhor dos Espíritos”.
        Obsidiados e loucos, fascinados e dementes, paralíticos e mudos, surdos e cegos receberam das suas mãos o auxílio vigoroso que os libertou dos desencarnados de mente atormentada, que os detinham sob o fardo de aflições indescritíveis.
  • Maria a famosa cortesã de Magdala, dominada por pertinaz fascinação obsessiva, recebeu dEle o convite libertador, renovando-se para a vida nobilitante.
  • Em Cafarnaum, “cheqada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele com a sua palavra expulsou deles os Espíritos” atormentadores que se compraziarn em obsidiar coletivamente(1)
  • Descendo do Tabor, um pai aflito, de joelhos, diz-lhe: — “Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito”, apresentando, na mediunidade torturada, os estigmas de obsessão profunda.(2)
  • O paralítico de Cafarnaum, que lhe foi apresentado “pelo telhado”, portava consigo a mediunidade ultrajada por Espíritos possessivos que lhe dominavam os movimentos.
  • O endemoninhado gadareno, médium obsidiado por “Legião”, defrontado com o seu magnetismo curador, estertorava, “porque lhe dizia: Sai deste homem. Espírito imundo.”(3)
  • Nos termos de Tiro e Sidon, “uma mullher cuja filha tinha um espírito imundo” e vivia vampirizada pela força maléfica, encontrou alívio para o desequilíbrio psíquico que a infelicitava.(4)
  • Judas, perturbado por obsessão indireta, serviu de fácil presa dos Espíritos levianos, “tendo-lhe o demônio posto no coração” a dúvida a respeito do apostolado.(5)
        E, em todo o Novo Testamento, repontarn as afirmações sobre a Mediunidade em volta do Mestre Divino.
  • Em Caná, o Senhor honrou a mediunidade de efeitos físicos.
  • No Tabor, o Cristo enobreceu a faculdade da transfiguração.
  • Sobre as águas do Genesaré, o Enviado Celeste prestigiou os recursos psíquicos da levitação.
  • Na Montanha, atendendo à multidão esfaimada, Jesus movimentou o mecanismo da materialização abundante.
  • O cego de Jericó foi por Ele felicitado no exercício da mediunidade curadora.
  • Em Nazaré, ante a turba enfurecida, utilizou a faculdade da desmateriaIização.
  • No dia do Pentecostes, favoreceu os companheiros da retaguarda com a psicofonia, desenvolvendo neles a mediunidade poliglota.
  • E no dia da ascensão triunfal, junto ao lago, na Galiléia, depois de investir os discípulos no sacerdócio da Mediunidade nos seus múltiplos aspectos, alçou-se ao Reino, nimbado de radiosa materialização luminosa.
        Iniciou o ministério entre os homens, nas humildes palhas de modesta estrebaria, com o lar assinalado pelas forças espirituais condensadas numa estrela fascinante, e despediu-se dos companheiros, fulgurante como um sol de eterna luz...
        Mediunidade, hoje, é recapitulação da Boa Nova sob a Presidência do Sábio Condutor.
        Procuremos, assim, sintonizar com a Esfera Superior, no exercício da faculdade com que a vida nos honra, e sirvamos sem desfalecimento.
        Toda mediunidade é nobre quando a libertamos da sombra que nasce conosco, como remanescente do passado.
        Somos destinados á luz.
        Temos a fatalidade do bem.
        Libertemos a gema que se demora entre os cascalhos das imperfeições pessoais e, lapidando zelosamente as arestas que obstaculizam a projetação da luz, desenvolvamos os preciosos recursos que jazem latentes em nós.
        Honremos a faculdade que nos felicita os dias, mediante a execução de um plano socorrista em favor dos sofredores, a fim de nos libertarmos do currículo das manifestações inferiores.
        Cada médium segue o roteiro que se desdobra como senda de purificação.
  • Uns curam, outros materializam; 
  • uns doutrinam, outros enxergam; 
  • uns falam, outros escrevem; 
  • uns ensinam, outros ouvem; 
  • uns libertam, outros servem na incorporação psicofônica, ajudando os atormentados do Além-Túrnulo com as preciosas luzes do Evangelho.
        Não pretendamos atender a todos os “dons espirituais” conforme a linguagem do Vidente de Damasco, que nos apresentou a diversidade deles em sua memorável carta aos Coríntios, 1-12:4-11.
        Utilizemos a força mediúnica em todo tempo e lugar, consoante as necessidades, examinando se “os Espíritos vêm de Deus” e ensinando que todo o bem procede sempre do Pai que nos rege a vida.
        E, calcando sob os pés dificuldades e óbices, vencendo as imperfeições milenárias, restauremos a Era do Espírito nestes dias que precedem ao Primado da Verdade, mesmo que mantenhamos no coração um espinho, na posição de seta direcional apontando o rumo dos Altos Cimos.

(1) Mat. 8.16;  (2) Mat. 17-14;  (3) Mar. 5-8;  (4) Mar. 7-25;  (5) Jo. 13-2, (Notas do autor espiritual)

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