sábado, 1 de fevereiro de 2014

Tome a sua cruz e siga-me - Morel Wilkon

“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.” Mateus 16:24

Para crescermos espiritualmente, para nos libertarmos da dor, é necessário que passemos por inúmeras provas. Isso parece ruim pra você? A palavra “prova” causa em você uma má impressão? Pois não devia ser assim. Não que isso me agrade sempre, mas o meio de superarmos obstáculos em nossa escalada evolutiva são as provas que a Vida nos oferece.

Desde crianças passamos por provas. Você acha que foi fácil aprender a caminhar? Você não se lembra, eu também não, mas vendo uma criança dar os primeiros passos constatamos o quanto isso tem de desafiador – e recompensador. A criança experimenta uma sensação de vitória, sabe que fez uma grande conquista, sabe que DEU UM PASSO!

Ainda na infância somos submetidos às primeiras provas escolares, e isso se prolonga por vários anos. Precisamos aprender o que nos é proposto e precisamos PROVAR que aprendemos.

Pois este é um planeta de provas. Nosso estágio evolutivo ainda é este. Nos encaminhamos para um mundo de regeneração, não seremos mais um mundo de expiações, mas permaneceremos, por milênios, sendo submetidos a provas. Claro que o conceito que fazemos dessas provas vai mudando conforme o nosso aprendizado e o que aproveitamos desse aprendizado. Para algumas pessoas só o fato de acordar e ter que levantar da cama já uma prova. Para outras, ter que trabalhar e estudar é uma prova. Outros, ainda, encontram sua maior prova no meio familiar, entre as pessoas mais próximas.

Conforme formos evoluindo, as provas serão parte prazerosa da rotina, daremos conta de nossas provas com entusiasmo e alegria, como uma criança que dá os seus primeiros passos.

O fato é que temos que fazer as coisas por nós mesmos, por isso somos provados a toda hora. Enquanto dependermos dos outros, enquanto vivermos pedindo ajuda pra tudo, enquanto implorarmos por socorro ao menor sinal de dificuldade, seremos reprovados em nossas provas e teremos que repeti-las indefinidamente. Não adianta empurrar com a barriga. O que compete a nós somos nós que devemos fazer.

Alguns têm o péssimo costume de querer vantagens, de esperar privilégios, de dar “um jeitinho”. Até junto à espiritualidade querem tirar vantagem. Exigem a cura, esperam comunicações privilegiadas, esperam furar a fila do atendimento, pensam que podem negociar com os espíritos trabalhadores. É ridículo.

Não há nada de pejorativo ou degradante em fazer cada um a sua parte. Todos os que já estão numa situação espiritual melhor devem isso ao seu próprio esforço. Não adianta pedir oração e não mover uma palha para alterar a própria situação, não adianta pedir atendimento espiritual e não fazer nenhum esforço para se despojar dos seus vícios e falhas de caráter, não adianta esperar que a espiritualidade faça por nós o que só compete a nós mesmos fazer.

Quase todos nós – só digo “quase” por uma questão de respeito aos desconhecidos – temos nossas dores, nossas dificuldades. Não existe meio de fugir delas. Não há como se livrar delas. É preciso enfrentá-las. E o meio de enfrentar nossas dores e dificuldades é conhecendo melhor a nós mesmos e alterando, passo por passo, nossa maneira de pensar e de sentir.

Temos que mudar a nós mesmos. Se quisermos que as coisas mudem, nós devemos mudar.

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