Elias foi um dos profetas referidos no Velho Testamento que viveu no século IX a.C. Não há livro na Bíblia escrito por ele, mas existem referências a seu respeito em diversos autores como Terceiro Livro dos Reis (Cap. 17) e Quarto Livro dos Reis (Cap. 1), Juizes e Malaquias.
Ele viveu ao tempo do Rei Acab e da rainha Jezabel, com quem esteve em constante oposição, por causa do culto que era promovido ao deus pagão Baal.
É considerado servo intrépide do Javismo (termo que vem de Javé ou Jeová, Deus segundo os hebreus), apesar do excessivo rigor e das atrocidades que ele praticou. Dentre essas, destaca-se aquela que fez descer fogo do céu e queimar um capitão juntamente com seus cinqüenta comandados, quando este foi buscá-lo por ordem do rei Acab.
O mesmo fato se repetiu com uma segunda brigada (um capitão e mais os seus cinqüenta soldados), assim como a mortandade dos 450 sacerdotes de Baal, que os fez passar pelo fio da espada, junto ao ribeiro de Quison (3° Reis, 18:40). Tem-se no total um saldo de 552 mortos.
A volta do Profeta Elias foi prevista por Malaquias: “Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor” (4:5).
A VIDA DE JOÃO BATISTA
João Batista era primo de Jesus, filho de Isabel e Zacarias. Levou uma vida muito austera. Abstendo-se de bens e prazeres, vivendo unicamente para o ministério do bem, convocando o povo ao arrependimento dos pecados e a se prepararem para receber o Redentor.
Chamado de “O Precursor”, vestia-se de peles e alimentava-se de mel e animais silvestres e verberava intimoratamente os atos de degradação humana, fosse em que nível fosse. Por esta razão, caiu na antipatia de Herodíades, acusada por ele pela sua união ilícita com o cunhado, o rei Herodes, irmão de Filipe (Marcos 6:17).
A REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA
A identificação dos dois personagens como sendo o mesmo espírito está bem claro nas escrituras. O retorno de Elias foi anunciado pelo anjo Gabriel: “[...] o anjo disse-lhe: Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração; e tua mulher Isabel te dará a luz um filho, e por-lhe-ás o nome de João. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus; e irá adiante dele com o espírito e a virtude de Elias, a fim de reconduzir os corações dos pais para os filhos” (Lucas 1:13).
Outra passagem que assinala a identificação do profeta como sendo o próprio João Batista é quando os apóstolos Pedro, Tiago e João perguntaram a Jesus, após a Transfiguração, sobre a volta de Elias: “Por que, pois, os escribas dizem que é preciso que Elias venha antes? Mas Jesus lhes respondeu: é verdade que Elias deve vir e restabelecer todas as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio, e não o conheceram, mas trataram como lhes aprouve. É assim que eles farão sofrer o Filho do Homem. Então seus discípulos compreenderam que era de João Batista que lhes havia falado”. (Mateus 17:10)
Aqui se trata da reencarnação de Elias na figura de João, explicação esta vista pelos apóstolos com muita naturalidade, justamente por estarem familiarizados com a realidade da reencarnação e esta fazer parte de sua crença religiosa, o judaísmo.
As palavras de Jesus confirmam tal fato em Mateus, referindo-se a João como o próprio Elias (espírito): “E, desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus adquire-se à força, e os violentos arrebatam-no. Porque todos os profetas e a lei, até João, profetizaram. E, se vós o quereis compreender, ele mesmo é o Elias que há de vir. O que tem ouvidos para ouvir, ouça” (11:12).
A violência da lei mosaica ordenava o extermínio dos infiéis para ganhar a terra prometida – Paraíso dos Hebreus, por isso a citação “o reino dos céus adquire-se à força”. No período de Jesus, a nova lei estabelecia que, para se ganhar o reino dos céus o trajeto deveria ser outro – o da caridade e da doçura.
ELIAS VOLTA COMO JOÃO BATISTA
Quando Jesus disse que Elias já teria vindo e que ninguém o reconheceu, muitos interpretam que João era inspirado por Elias e não que era o próprio profeta. Mas essa identificação dos dois personagens sendo a mesma pessoa mostra também um outro aspecto, a Lei de Causa e Efeito. Na figura de Elias, mesmo falando em nome de Deus, ele cometeu alguns excessos e violências em sua época. Posteriormente, o seu espírito veio na figura de João Batista para preparar o povo para receber as palavras do Messias. Entretanto, pelo fato de ter cometido os excessos em sua vida anterior, veio resgatar parte de seus débitos sofrendo a decapitação por ordem de Herodes, a pedido de Salomé, que o agradou numa apresentação de dança, manobrada ardilosamente pela sua mãe, Herodíades.
Note-se a analogia das circunstâncias: na ocasião em que era conhecido como Elias, enfrentou a rainha Jezabel, tendo-a vencido pelos poderes, matando os sacerdotes e suprimindo o culto ao deus Baal. Na segunda ocasião, já como João Batista, ele é morto por maquinação também de uma rainha.
O conceito de reencarnação fazia parte das crenças judaicas. Esse conhecimento dos judeus só foi ampliado no momento em que Jesus trouxe-lhes mais informações sobre o processo reencarnatório. No diálogo entre Nicodemos e o Mestre podemos observar a atenção dada ao assunto: “Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor; porque ninguém poderia fazer os milagres que fazeis, se Deus não estivesse com ele. Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade vos digo: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo. Nicodemos lhe disse: Como pode nascer um homem que já está velho? Pode ele entrar no ventre de sua mãe, para nascer uma segunda vez? Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade vos digo: Se um homem não renascer de água e de Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não vos espanteis do que eu vos disse, que é preciso que nasçais de novo. O Espírito sopra onde quer, e ouvis sua voz, mas não sabeis de onde ele vem e para onde ele vai. Ocorre o mesmo com todo o homem que é nascido do Espírito. Nicodemos lhe respondeu: Como isso pode se dar? Jesus lhe disse: Que! Sois mestre em Israel e ignorais essas coisas? Em verdade, em verdade vos digo que não dizemos senão o que sabemos, e que não testemunhamos senão, o que vimos; e, entretanto, vós não recebeis nosso testemunho. Mas se não me credes quando vos fato das coisas da Terra, como me crereis quando vos falar das coisas do céu?” (João 3:2-12).
Como nota de esclarecimento, é preciso identificar o significado da palavra água no texto. O renascimento “de água” e “de espírito” é nada mais do que a retomada da experiência física, cuja constituição é eminentemente líquida. Portanto, o renascer de água é reencarnar e o renascer de espírito é evoluir, progredir moralmente.
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segunda-feira, 26 de março de 2012
Reencarnação na Bíblia - André Ariovaldo
A reencarnação é uma Lei Natural criada por Deus, onde mostra a justiça e a bondade de Deus para com os seus filhos. Ela por ser uma Lei Natural sempre existiu por toda a eternidade.
Sem ela, fica impossível de atribuir justiça e bondade à Deus, pois é impossível um espírito chegar a perfeição moral e intelectual tendo somente uma só existência corpórea. Além do mais, somente a pluralidade das existências pode explicar as desigualdades sociais, físicas e morais existentes na nossa sociedade. Por que uns nascem com tendência ao bem e outros ao mal? Por que uns nascem sãos e outros nascem doentes? Por que uns nascem em berço rico e outros na miséria? Por uns nascem superdotados enquanto outros não? Por que uns morrem em tenra idade enquanto outros vivem quase 100 anos? Por que uns nascem no Brasil, onde não há guerras, enquanto outros nascem no Oriente Médio, alvo de constante guerras? Por que uns nascem em lares fartos de comida, enquanto outros nascem na África passando fome e inanição? Por que uns nascem numa boa família enquanto outros nascem numa mal família ou nem família tem? Enfim inumeráveis perguntas que só a reencarnação, ou seja a pluralidade das existências pode responder a todas elas de forma lógica, racional e justa.
Se teríamos uma única existência, Deus seria injusto criando Anjos que são seres perfeitos e nós ainda somos imperfeitos. Deus seria parcial e privilegiaria os Anjos, e só restaria perguntar à Deus, por que nos criou imperfeito. Ainda tem mais, Deus sendo infinita sabedoria, já saberia na criação quem poderia ser “salvo” ou não tendo uma só existência. E também poderíamos culpar Deus por termos nascidos pobres, doentes, deficientes físicos ou mentais, pois enquanto tantas outras pessoas vivem no luxo, na saúde, e têm uma vida tranqüila, nós vivemos em constante tribulação e sofrimento, e não temos outra chance, pois temos somente uma vida.
Alguns religiosos afirmam que na Bíblia está a prova que temos apenas uma existência, vejamos: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,” (Hebreus, Cap. IX, 27). Esta frase está correta, mas não quer dizer que temos como espírito apenas uma existência física, o que Paulo quis dizer é que, por exemplo, que meu espírito tenho apenas uma existência física como José Henrique, que após o morte, meu espírito retorna à pátria espiritual e depois de algum tempo vou reencarnar como homem, como mulher, aqui no Brasil ou em outro país, enfim com outra identidade física.

Devo lembrar que todo o patrimônio moral e intelectual do espírito adquirido em todas as suas existências corpóreas anteriores jamais se perdem, e que durante a encarnação o espírito passa pelo esquecimento do passado, onde tem vagas lembranças de suas vidas passadas e de suas habilidades. Esse esquecimento se restringe apenas ao estado de vigília, ou seja durante o descanso do corpo físico(sono), o espírito recobre suas faculdades morais e intelectuais, assim como também acontece após a morte física.
Há algumas pessoas que demonstram a existência desse patrimônio adquirido, ou seja, pessoas sem nunca terem estudado, conhecem determinado assunto. Algumas crianças tocam piano, pintam quadros, mostram habilidades em tenra idade. Mas em todas as crianças já podemos perceber suas tendências boas ou más, se por um acaso a criança mostrar ciúmes ou egoísmo por um objeto ou pessoa, já demonstra o defeito moral, e é de vital importância que os pais corrijam a criança nesta fase, onde o espírito está mais apto a receber novos conceitos.
Será que podemos encontrar a prova da reencarnação na Bíblia? Sem dúvida, mas devo explicar também que a palavra “ressurreição” não significa reencarnação, como pensam muitos espíritas. Eles atribuem ao fato de os religiosos antigos terem trocado o termo reencarnação por ressurreição. Quando Jesus disse que ressuscitaria três dias após a sua morte, ele não queria dizer que reencarnaria dentro de três dias. Isso se explica pelo seguinte: Jesus era espírito puro e não precisava reencarnar novamente, a não ser em outra missão. Ele também não poderia reencarnar três dias depois, pois se ele precisava ficar mais tempo entre nós, não precisaria passar pela morte física. E o que ele queria dizer na verdade é que reapareceria(ressurgiria) três dias após a sua morte, fato esse confirmado pelas escrituras, onde ele apareceu primeiramente as mulheres e em seguida aos apóstolos.
Jó afirmou que veio nu e retornaria nu à pátria espiritual: “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor.” (Jó , Cap. I, 20-21)
“Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco há muito foi aberto o teu ouvido; porque eu sabia que procedeste muito perfidamente, e que eras chamado transgressor desde o ventre.” (Isaías, Cap. 48,
Ora, como pode um pessoa já ser transgressora, ou seja ter pecados antes do nascimento? Somente a reencarnação pode explicar este fato.


Uma prova clara da reencarnação podemos encontrar entre as semelhanças de Elias e João Batista. O próprio Jesus afirmou aos discípulos, que João Batista era o Elias. Vários fatores nos levam a crer nisso, temos então:
1) Tipo de roupa igual:

Elias: “Ele lhes perguntou: Qual era a aparência do homem que vos veio ao encontro e vos falou tais palavras? Eles lhe responderam: Era homem vestido de pêlos, com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tesbita.” (II Reis, Cap. I, 7-8)
2) Profecias no Velho Testamento afirmando da vinda de um profeta antes de Jesus:

“Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Malaquias, Cap. IV, 5-6)
Malaquias, afirmou claramente que Elias viria antes do “Dia do SENHOR”, ou seja de Jesus, e o que João Batista fez ao batizar as pessoas, era pregar o arrependimento. E com isso preparava o caminho para Jesus dar continuidade a esse trabalho.
3) Lei de causa e efeito:

Conhecemos a lei de causa e efeito, e que ninguém é imune à ela, João Batista que era a reencarnação de Elias não poderia escapar desta lei, acabou morrendo decapitado, para que se cumprisse à Lei, vejamos:
“Por aquele tempo, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus e disse aos que o serviam: Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos, e, por isso, nele operam forças miraculosas. Porque Herodes, havendo prendido e atado a João, o metera no cárcere, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão; pois João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la. E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta. Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante de todos e agradou a Herodes. Pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe o que pedisse. Então, ela, instigada por sua mãe, disse: Dá-me, aqui, num prato, a cabeça de João Batista. Entristeceu-se o rei, mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, determinou que lha dessem; e deu ordens e decapitou a João no cárcere. Foi trazida a cabeça num prato e dada à jovem, que a levou a sua mãe.” (Mateus, Cap. XIV, 1-11) (Marcos, Cap. VI, 24-28)
Note também a expressão: “Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos.” Aqui não quer dizer que ele reencarnou dos mortos e sim reapareceu(ressurgiu) dos mortos. Prova mais do que evidente que nós podemos ressurgir dos mortos.
4) Esquecimento do passado:

Ora, quando estamos reencarnados, não lembramos de nossas vidas passadas, se nos perguntarem se somos Maria ou João, com certeza diremos: “Não somos”. Pois Deus nos deu o esquecimento do passado para preservarmos do sofrimento das faltas passadas que cometemos e também para termos mérito não boas obras futuras, que se soubéssemos o que precisaríamos fazer para progredir, faríamos por interesse pessoal e não por livre e espontânea vontade. Mas, apesar do esquecimento do passado, João Batista e também qualquer um de nós, pode ter vagas lembranças de alguns fatos do passado e de nossas missões neste mundo. João afirmou que prepararia o caminho para o Messias e que pregava o arrependimento.
5) Afirmativa de João Batista dizendo ser o precursor de Jesus:

6) Jesus afirma que João Batista era Elias:

“ Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais. Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele. Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” (Mateus Cap. XI, 7-15) (Marcos, Cap. IX, 11-13)
Prova mais evidente que essas duas afirmações de Jesus é impossível. Jesus, sendo um espírito puro poderia saber da existência anterior de João Batista e disse claramente que as pessoas fizeram o que queriam com Elias mas que não o reconheceram, e também não poderiam pois Elias estava na forma do corpo de João Batista.
Ao final deste estudo, não consigo ainda imaginar quem ainda não consegue compreender a realidade da reencarnação, sejam pelos fatos lógicos que ela encerra, seja pelas próprias escrituras que a confirmam. Basta analisarmos racionalmente nossas tendências boas ou más para termos uma idéia de quem somos. Ainda podemos ver em que áreas temos facilidade de aprendizado, confirmando que já conhecíamos o assunto.
E ainda hoje, somente não acreditarão aqueles que ainda se encontram em ignorância espiritual ou aqueles que não aceitam a tese da reencarnação por interesse pessoal ou religioso. Termino com as palavras de Jesus que soam alto aos nossos corações e que provam a existência da reencarnação: “E, se o quereis reconhecer, ele(João Batista) mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Cruz e Salvação
Carregar a cruz. Quem quiser salvar a vida, perdê-la-á.
Sérgio Biagi Gregório
SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. O Texto Evangélico. 4. Simbologia da Cruz: 4.1. A Função Simbólica; 4.2. Tradição Cristã; 4.3. Tipos de Cruz. 5. Aspectos Relevantes do Texto Evangélico: 5.1. Regozijai-vos; 5.2. Renúncia de Si Mesmo; 5.3. Salvação. 6. Ilustrações sobre a Cruz: 6.1. Aquele que Cortou a sua Cruz; 6.2. O Tamanho da Cruz; 6.3. O Remédio Objetivo. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO
O que significa carregar a cruz? Somente os que carregam a cruz serão salvos? O que é salvar-se? É simplesmente ter fé? E as obras? Com essas indagações, damos início ao nosso estudo, que se dividirá em: a simbologia da fé, análise do texto evangélico e algumas histórias sobre a cruz.
2. CONCEITO
Cruz – do lat. cruce – significa antigo instrumento de suplício, constituído por dois madeiros, um atravessando no outro, em que se amarravam ou pregavam os condenados à morte. P. ext. aflição, pena, infortúnio.
Salvação – do lat. salvatione –, ato ou efeito de salvar(-se), ou de remir, ou seja, livrar-se do perigo ou da ruína.
3. O TEXTO EVANGÉLICO
"Sereis bem felizes quando os homens vos odiarem, vos separarem, vos tratarem injuriosamente, rejeitarem vosso nome como mau por causa do Filho do homem. Regozijai-vos nesse dia e exultai de alegria, porque uma grande recompensa vos está reservada no céu, porque foi assim que seus pais trataram os profetas". (Lucas, 6, 22 e 23)
"Chamando a si o povo e seus discípulos, ele lhes disse: se alguém vir após mim, que renuncie a si mesmo, carregue a sua cruz e siga-me; porque aquele que quiser salvar a si mesmo, se perderá; e aquele que se perder por amor de mim e do evangelho, se salvará. Com efeito, que serviria a um homem ganhar o mundo todo e perder a si mesmo?" Marcos, 8, 34 a 36, Lucas, 9, 23 a 25, Mateus, 10, 38 e 39, João, 12, 24 e 25)
4. SIMBOLOGIA DA CRUZ
4.1. A FUNÇÃO SIMBÓLICA
A cruz é um dos símbolos cuja presença é atestada desde a mais alta Antigüidade: no Egito, na China, na Grécia etc. Acruz é o terceiro dos quatro símbolos fundamentais, juntamente com o centro, o círculo e o quadrado. Sua função é intermediar os outros três. Mostra, também, os quatro pontos cardeais. É o elo de ligação entre a terra e o céu, o tempo e o espaço. A cruz simboliza o Crucificado, o Cristo, que, pregado ao madeiro, representa os quatro cantos do mundo, voltados para o Salvador da humanidade. De todos os símbolos, ele é o mais universal, o mais totalizante, pois junta terra e céu, é ponte ou escada pelo qual os homens chegam a Deus.
4.2. TRADIÇÃO CRISTÃ
Embora o simbolismo teológico da cruz só tenha aparecido em uma afirmação do próprio Jesus e nos escritos de Paulo, a tradição cristã enriqueceu-o prodigiosamente, condensando-o nessa imagem a história da salvação e a paixão do Salvador. A cruz simboliza o Crucificado, o Cristo, o Salvador, o Verbo. Ela é mais do que uma figura de Jesus, ela se identifica com sua história humana, com a sua pessoa.
Não se trata apenas de uma alusão à sua própria morte, mas também da afirmação de que seu seguimento exige a "negação de si mesmo", o total desprezo pela própria vida, pelo bem-estar, pelas posses pessoais, a tudo aquilo a que se deve renunciar para seguir a Jesus. Paulo, por exemplo, pregava Cristo e — Cristo crucificado —, embora isso fosse escândalo para os hebreus e loucura para os gentios. Se Paulo pregasse a circuncisão, não haveria o escândalo da cruz: com isso, ele quer dizer que a cruz, um escândalo para os hebreus, perderia o seu valor redentor se a circuncisão ainda fosse necessária.
4.3. TIPOS DE CRUZ
1) A cruz com um braço transversal é a cruz do Evangelho. Seus quatro braços simbolizam os quatro elementos que foram viciados na natureza humana, o conjunto da humanidade atraída para o Cristo dos quatro cantos do mundo, as virtudes da alma humana. O pé da cruz enterrado no chão significa a fé assentada em profundas fundações. O ramo superior da cruz indica a esperança que sobe para o céu; a envergadura da cruz é a caridade que se estende aos inimigos; o comprimento da cruz é a perseverança até o fim.
2) A cruz com dois braços transversais representaria, no braço superior, a inscrição derrisória de Pilatos, Jesus de Nazaré, reio dos judeus. O braço inferior seria aquele em que se estenderam os braços de Cristo.
3) A cruz com três braços transversais tornou-se um símbolo da hierarquia eclesiástica, correspondendo à tiara papal, ao chapéu cardinalício e à mitra episcopal. A partir do século XV, só o papa tem direito à cruz com três braços transversais; a cruz dupla se fez privativa do cardeal e do arcebispo; a cruz simples, do bispo. (Chevalier, 1998)
5. ASPECTOS RELEVANTES DO TEXTO EVANGÉLICO
O tópico "Carregar a Cruz, Quem Quiser Salvar a Vida, Perdê-la-á" está inserido no capítulo 24, "Não Colocar a Candeia Debaixo do Alqueire", de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nesse capítulo, Allan Kardec trata também da "Candeia sob o Alqueire, Porque Jesus Falava por Parábolas", "Não Vades aos Gentios", "Os São não Necessitam de Médico" e "A Coragem da Fé". No que tange à fé, diz-nos que "A fé que não enfrenta o ridículo dos homens não é a fé verdadeira" e que seria uma covardia muito grande recuar no momento em tivermos sido convocados a enfrentar os perigos que ela suscitar.
5.1. REGOZIJAI-VOS
Jesus disse que deveríamos nos regozijar quando os homens, por sua ignorância, nos desafiasse a provar a autenticidade de nossa fé. Jesus incentiva-nos a enfrentar o mundo material, a simonia religiosa e a má-fé quanto à divulgação do reino dos céus. Há necessidade, assim, de fazer reluzir a verdade, de torná-la clara à vista de toda a humanidade, uma vez que a verdade não poderá ser contestada, pois no momento que a quisermos contestar, seremos por ela contestados. A verdade poderá ser reprimida, escondida, mas no momento aprazado ela surge como um facho de luz que surpreenderá muita gente. De acordo com os princípios doutrinários, a lei do progresso é inexorável e, mais cedo ou mais tarde, seremos forçados, condenados a partilhar do caminho do bem rumo à perfeição do Espírito imortal.
5.2. RENÚNCIA DE SI MESMO
"Renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me". Há uma outra frase semelhante: "Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus". Quer dizer, uma vez introduzidos nos ensinamentos cristãos, nos ensinamentos do bem e nos mecanismos da fé, não podemos mais retroceder, sob pena de sofrer grandes traumas futuros. A subida é íngreme, pedregosa. Temos, porém, o exemplo do Cristo, que carregou a sua cruz até o calvário. O nosso martírio não deve ser igual ao de Jesus e nem ao dos primeiros discípulos, que morreram no circo, comido pelos leões. O nosso sofrimento prende-se à propagação da Boa Nova. Para tal, precisamos estar vivos e não mortos.
Muitas vezes nos enganamos acerca do conceito de renúncia. O Espírito Emmanuel esclarece-nos que renunciar não é abandonar os nossos entes queridos, deixando-os na solidão. Para ele, renunciar é aceitar as pessoas tais quais são, sem querer modificá-las a nosso bel-prazer, no sentido de abandonarem as suas crenças para seguirem a nossa. Tudo, no caminho espiritual, é de fórum íntimo. O que para nós é sumamente importante, para os outros pode ser uma tortura. Por isso, não é recomendável impor aos outros esta ou aquela forma de conduta.
5.3. SALVAÇÃO
Há muitas colocações acerca da salvação. Alguns falam que a tua fé te salvou implicando que basta crer para ser salvo; outros alegam que basta praticar atos de caridade, que a pessoa será salva. O Espiritismo mostra-nos que a salvação da alma fundamenta-se na ligação entre teoria e prática. Primeiro conhecer; depois agir. Na concepção espírita, salvar-se não é transpor a terra e ir para o Céu, para o Paraíso. Salvar-se é livrar-se do mal, é ficar preso ao bem. Quando estivermos a serviço do bem, estaremos protegidos das ciladas do mal. Para isso, urge atualizarmos constantemente as virtualidades inscritas em nosso ser, em nossa consciência. (Kardec, 1984, cap. 24)
6. ILUSTRAÇÕES SOBRE A CRUZ
6.1. AQUELE QUE CORTOU A SUA CRUZ
O fato: uma pessoa queria fazer o seu progresso espiritual.
Recebeu a seguinte orientação: você deve pegar essa cruz e subir aquela montanha; quando a transpor, sua jornada estará finda. Pegou a cruz, colocou-a sobre os ombros, à semelhança de Jesus, e deu partida à sua trajetória. Conforme ia subindo, o peso da cruz ia também aumentando. Em certa parte do caminho, notou que o peso era quase insuportável. O que fez? Cortou um pedaço. Com isso, ela se tornou mais leve e ele pode prosseguir o seu caminho. Atingido o topo, percebeu que tinha de passar para a montanha do lado. Para isso, precisava fazer de sua cruz uma espécie de ponte. O comprimento não foi suficiente. Conseqüência: teve que voltar e pegar outra cruz e começar tudo de novo.
6.2. O TAMANHO DA CRUZ
Há uma outra história que nos remete às nossas lamentações. Cada ser humano acha que a sua cruz é mais pesada que a do seu vizinho. O nosso problema é sempre mais difícil, mais grave que o do outro. Uma dessas pessoas estava reclamando junto a um sábio. Este lhe falou: ali em frente há uma série de cruzes, enterradas com um nome atrás. Vá até lá e escolha aquela que lhe convier. Qual não foi a surpresa que, ao pegar a menor das cruzes, era o seu nome que nela estava estampado? Moral da história: as dores e sofrimentos inerentes ao nosso ser é o menor possível, é a situação ideal para o nosso crescimento espiritual.
6.3. O REMÉDIO OBJETIVO
Isidoro Viana, colaborador nos serviços de caridade cristã, torturava-se ante os golpes da crítica. Nas sessões do grupo, vivia em queixas constantes. A cada manifestação do Espírito Policarpo, pedia conselhos acerca do mau juízo que as pessoas faziam de seu trabalho voluntário. Em uma ocasião, falava de suas decisões: se demorava, chamavam-no de tardio; se decidisse logo por fazer o bem, que era afoito. Em outra ocasião, dizia: se rendo culto à gentileza, dizem que sou explorador da confiança alheia; se procuro me isolar, para mais bem executar a minha tarefa, que sou orgulhoso. Depois de muitas semanas nessa mesma ladainha, fala duro com o Espírito Policarpo: o que eu realmente desejo é uma orientação decisiva contra os ataques indébitos.
O remédio objetivo: "A única medida aconselhável é a paralisia da consciência. Tome meio quilo de anestésicos por dia, descanse o corpo em poltronas e leitos, durma o resto da existência, despreocupe-se de todos os deveres, fuja à aspiração de elevar-se, resigne-se à própria ignorância e cole-se a ela, tanto quanto a ostra se agarra ao penedo, e, desde que você se faça completamente inútil, por mais nada fazer, a crítica baterá em retirada. Experimente e verá". Depois disso, começou a servir sem perguntar. (Xavier, 1974, cap. 8)
7. CONCLUSÃO
Estejamos inteiros nos compromissos por nós assumidos. Por pior que seja a nossa situação, resistamos aos golpes da ignorância, da incredulidade e da má-fé. Quem sabe não estão nos dando a oportunidade de provar a nossa perseverança no bem?
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CHEVALIER, J., GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
XAVIER, F. C. Contos e Apólogos, pelo Espírito Irmão X. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1974.
São Paulo, 06/06/2005
Carregar a Cruz – Quem Quiser Salvar a Vida
17 – Bem aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, e carregarem de injúrias, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do Homem. Folgai naquele dia, e exultai; porque, olhai, que grande é o vosso galardão no céu; porque desta maneira tratavam aos profetas os pais deles. (Lucas, VI: 22-23)
18 – E chamando a si o povo, com seus discípulos, disse-lhes: Se alguém me quiser seguir, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á. Pois de que aproveitará ao homem, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Marcos, VIII: 34-36; Mateus, X: 39, e João, XII: 24-25).
19 – Regozijai-vos, disse Jesus, quando os homens vos odiarem e vos perseguirem por minha causa, porque sereis recompensados no céu. Essas palavras podem ser interpretadas assim: Sedes felizes quando os homens, tratando-vos com má vontade, vos derem a ocasião de provar a sinceridade de vossa fé, porque o mal que eles vos fizerem resultará em vosso proveito. Lamentai-lhes a cegueira, mas não os amaldiçoeis.
Após isso, acrescenta: “Tome a sua cruz aquele que me quer seguir”, isto é: que suporte corajosamente as tribulações que a sua fé provocar, pois aquele que quiser salvar a sua vida e os seus bens, renunciando a mim, perderá as vantagens do Reino dos Céus, enquanto os que tudo perderem aqui em baixo, até mesmo a vida, para o triunfo da verdade, receberão na vida futura o prêmio da coragem, da perseverança e da abnegação. Mas para os que sacrificam os bens celestes aos gozos terrenos, Deus dirá: Já recebeste a vossa recompensa.
Carregar a nossa Cruz - Diálogos Espiritistas
Vamos encontrar no Evangelho de Marcos, uma passagem em que Jesus : Chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: – ¨Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua crua e siga-me¨ Em Mateus, capitulo 10, versículo 38, está escrito : ¨E quem não toma a sua cruz e não segue após mim, não é digno de mim ¨.
Jesus afirma nestas passagens, que o homem deve carregar sua cruz e, que após sua posse deve seguí-lo. A cruz naquela época era o instrumento de punição, era uma forma de condenar à morte os infratores da época. Porém, todos nós temos a nossa própria cruz, ela representa as nossas faltas e fraquezas, obtidas em tempos remotos. Ela representa também as esperanças de uma libertação, após resgatarmos as nossas falhas.
Devemos então carregarmos a nossa cruz com coragem, resignação e alegria. E com ela seguir os ensinamentos do Mestre Jesus. Reencarnamos muitas vezes, sempre com a finalidade de corrigirmos os erros do passado e evoluir. E à medida que nos fortalecemos, ela vai ficando mais leve, carregarmos a nossa cruz com a certeza que ¨Deus não nos dá um fardo maior, daquele que possamos suportar¨.
Quando o Mestre disse: – ¨Tome sua cruz e siga-me ¨ ele está ensinando o desapego a si próprio em favor da humanidade. Ninguém alcança nenhum objetivo sem força, sem conquista. Tomar a sua cruz significa resignação diante das dificuldades, que são necessários a nossa evolução espiritual. Temos o direito aos prazeres do mundo, desde que não façamos dívidas para o futuro, não prejudicar a nós mesmo nem ao próximo, é o camino para diminuirmos o peso da nossa cruz.
Nos disseram que precisamos aproveitar a vida, pois a vida é uma só. É verdade a vida é uma só, a vida espiritual, pois a vida não acaba a cada morte do corpo material. Vamos aproveitar agora, nesta atual reencarnação, para diminuir o peso da nossa cruz, caminhando em busca da perfeição, praticando os ensinamentos do nosso Mestre Jesus. E não esquecendo do maior ensinamento dado pelo nosso irmão Maior.
¨Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo ¨
Muita paz
A GRANDE REVOLUÇÃO
A GRANDE REVOLUÇÃO
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"Vim lançar fogo à terra, e que mais quero, se eleja está aceso? Mas tenho de ser batizado com um batismo, e como me angustio até que ele se cumpra! Pensais que vim trazer paz à Terra? Não, eu vo-lo digo, mas divisão porque de ora em diante haverá numa casa cinco pessoas divididas, três contra duas, e duas contra três; estarão divididos: o pai contra seu filho, e o filho contra seu pai; a mãe contra sua filha e a filha contra sua mãe; a sogra contra a sua nora e a nora contra sua sogra. " (Lucas xii, 49-53)
"Não penseis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar a divisão entre o filho e seu pai, entre a filha e sua mãe, entre a nora e sua sogra. Assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Quem ama a seu pai e a sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim, e quem ama seu filho e a sua filha mais do que a mim, não é digno de mim; e aquele que não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. O que acha a sua vida, perdê-la-á, mas o que perde a sua vida por minha causa, achá-la-á. " (Mateus, x, 34-39)
Jesus foi o maior revolucionário que apareceu no mundo. Espírito incomparável em sabedoria e em virtudes, foi Ele escolhido no Conselho Supremo para trazer a Lei da Reforma social à Terra, para que possam imperar no lar, na sociedade, nas nações, os preceitos de amor recíproco em plena atividade para a evolução da Humanidade.
"Não penseis que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar a divisão entre o filho e seu pai, entre a filha e sua mãe, entre a nora e sua sogra. Assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Quem ama a seu pai e a sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim, e quem ama seu filho e a sua filha mais do que a mim, não é digno de mim; e aquele que não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. O que acha a sua vida, perdê-la-á, mas o que perde a sua vida por minha causa, achá-la-á. " (Mateus, x, 34-39)
Jesus foi o maior revolucionário que apareceu no mundo. Espírito incomparável em sabedoria e em virtudes, foi Ele escolhido no Conselho Supremo para trazer a Lei da Reforma social à Terra, para que possam imperar no lar, na sociedade, nas nações, os preceitos de amor recíproco em plena atividade para a evolução da Humanidade.
Restrita a um Código de Condenação, que ordenava o apedrejamento dos "faltosos" em praça pública, e, em face dos delitos, dava sentenças "dente por dente, olho por olho", a humanidade completamente paralisada em seus anelos, permaneceria em estado de embrutecimento, se o Cristianismo, revogando todas essas leis antiquadas, não abrisse às almas preparadas para os grandes surtos, às "ovelhas desgarradas de Israel", novos horizontes de vida que as atraísse para um progresso mais consentâneo ao direito das gentes.
A revolução operada pelo Cristianismo é tão substancial e maravilhosa que chegou a fechar uma época da História, pois antes dele predominou, durante centenas de anos, a Lei Mosaica, mal interpretada pelos detentores do poder, representados pelos doutores da Lei, os escribas, os fariseus, os sacerdotes do Judaísmo.
A palavra de Jesus revolucionou os espíritos, a luta se fez e até hoje prossegue a sua ação benéfica, expurgando da religião os conceitos e preconceitos funestos que têm prejudicado a família, dividido a sociedade e estabelecido a guerra entre as nações. As velhas idéias, acendradas de orgulho e falso saber, continuam até hoje a endeusar o vício e a oprimir a virtude. Entretanto, se o Grande Missionário não tivesse deliberado baixar à Terra, para trazer a Nova Lei do Amor, que começa a ser compreendida por muitos Espíritos de boa vontade, permaneceríamos ainda em plena escuridão e sob o despotismo dos escravizadores de consciências.
A Revolução Cristã, não há dúvida, tem ocasionado carnificinas e tem feito correr rios de sangue, porque o batismo do fogo e da espada é o emblema que ornamenta a fronte de todos os que, tirando a Humanidade do círculo vicioso que tem por costume limitá-la, provoca reação tenaz e homicida nos que materializaram os seus princípios e cristalizaram as suas virtudes. Não que a Revolução Cristã seja uma revolução cruenta, nem que seus Apóstolos, armados de espada e bacamarte, dizimem populações e incendeiem cidades.
A revolução operada pelo Cristianismo é tão substancial e maravilhosa que chegou a fechar uma época da História, pois antes dele predominou, durante centenas de anos, a Lei Mosaica, mal interpretada pelos detentores do poder, representados pelos doutores da Lei, os escribas, os fariseus, os sacerdotes do Judaísmo.
A palavra de Jesus revolucionou os espíritos, a luta se fez e até hoje prossegue a sua ação benéfica, expurgando da religião os conceitos e preconceitos funestos que têm prejudicado a família, dividido a sociedade e estabelecido a guerra entre as nações. As velhas idéias, acendradas de orgulho e falso saber, continuam até hoje a endeusar o vício e a oprimir a virtude. Entretanto, se o Grande Missionário não tivesse deliberado baixar à Terra, para trazer a Nova Lei do Amor, que começa a ser compreendida por muitos Espíritos de boa vontade, permaneceríamos ainda em plena escuridão e sob o despotismo dos escravizadores de consciências.
A Revolução Cristã, não há dúvida, tem ocasionado carnificinas e tem feito correr rios de sangue, porque o batismo do fogo e da espada é o emblema que ornamenta a fronte de todos os que, tirando a Humanidade do círculo vicioso que tem por costume limitá-la, provoca reação tenaz e homicida nos que materializaram os seus princípios e cristalizaram as suas virtudes. Não que a Revolução Cristã seja uma revolução cruenta, nem que seus Apóstolos, armados de espada e bacamarte, dizimem populações e incendeiem cidades.
Muito ao contrário, eles são os cordeiros atacados por lobos vorazes sem alma, sem coração e prontos sempre a beberem o sangue das suas vítimas. Prova disso é a Tragédia do Gólgota, o mais horripilante atentado que a História registra com letras de sangue. A Revolução Cristã é a execração do ódio e a proclamação do Amor; é a bandeira da Fraternidade Universal, flutuando na Inteligência, sob a paternidade de Deus.
Nem pátria, nem família, (NOTA: Jesus não prega o "desprezo", mas o "desapego" a família terrena. Amar o pai, a mãe, os irmãos, a esposa, o marido, não significa estar de tal modo preso a eles, que não se possam, levar a efeito as realizações espirituais. Segundo o bom conceito evangélico, o cristão "dá a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus"), nem potestades, nem domínios: tudo por Deus, tendo como meios a sabedoria e a virtude. Percorrei as páginas do Evangelho e vereis a essência do Cristianismo com seus poderes e ditames, capazes de fazer, de um mundo velho de prejuízos e de ignorâncias, um mundo novo de sabedoria e de progresso, sobre as bases da mais bela moral que se evidencia nas quatro letras do alfabeto divino: Amor.
A sentença de Jesus: "Não vim trazer a paz, mas a guerra, a espada - vim lançar fogo à Terra e quero que ele se acenda", pode-se muito bem traduzir na outra sentença - "si vis pacem, para bellum" ("Quereis a paz? Preparai-vos para a guerra."), porque os princípios cristãos, que nós espíritas relembramos e propagamos, como Jesus o fazia, provocam a luta acirrada dos sacerdotes conservantistas, das religiões sectárias, dos fanáticos e das beatas supersticiosas, que não conhecem outra religião além dos cultos, saltérios, ritos e formalismos que desnaturam, obscurecem e aniquilam a Pura Religião de Jesus Cristo, emblema luminoso da Fé que ilumina e do Amor que salva.
E o que representa essa divisão na família e dissensão social, senão a ignorância da Lei de Deus e a guerra sem trégua que o espírito sectário move contra a Religião Universal da Ordem, da Harmonia, da Caridade, do Perdão, da Humanidade, instituída na Terra pelo Cristo?
Nem pátria, nem família, (NOTA: Jesus não prega o "desprezo", mas o "desapego" a família terrena. Amar o pai, a mãe, os irmãos, a esposa, o marido, não significa estar de tal modo preso a eles, que não se possam, levar a efeito as realizações espirituais. Segundo o bom conceito evangélico, o cristão "dá a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus"), nem potestades, nem domínios: tudo por Deus, tendo como meios a sabedoria e a virtude. Percorrei as páginas do Evangelho e vereis a essência do Cristianismo com seus poderes e ditames, capazes de fazer, de um mundo velho de prejuízos e de ignorâncias, um mundo novo de sabedoria e de progresso, sobre as bases da mais bela moral que se evidencia nas quatro letras do alfabeto divino: Amor.
A sentença de Jesus: "Não vim trazer a paz, mas a guerra, a espada - vim lançar fogo à Terra e quero que ele se acenda", pode-se muito bem traduzir na outra sentença - "si vis pacem, para bellum" ("Quereis a paz? Preparai-vos para a guerra."), porque os princípios cristãos, que nós espíritas relembramos e propagamos, como Jesus o fazia, provocam a luta acirrada dos sacerdotes conservantistas, das religiões sectárias, dos fanáticos e das beatas supersticiosas, que não conhecem outra religião além dos cultos, saltérios, ritos e formalismos que desnaturam, obscurecem e aniquilam a Pura Religião de Jesus Cristo, emblema luminoso da Fé que ilumina e do Amor que salva.
E o que representa essa divisão na família e dissensão social, senão a ignorância da Lei de Deus e a guerra sem trégua que o espírito sectário move contra a Religião Universal da Ordem, da Harmonia, da Caridade, do Perdão, da Humanidade, instituída na Terra pelo Cristo?
A Grande Revolução começou em Belém, estendeu-se pelo mundo todo, mas estamos certos de que o maior Revolucionário de todos os tempos - Jesus Cristo - sairá triunfante, porque o BEM há de forçosamente vencer o Mal, e o Progresso, agitando as massas, lhes abrirá os olhos para o cumprimento dos supremos desígnios.
"Si vis pacem, para bellum" - se quisermos a paz, preparemo-nos para a guerra e armados da espada da Fé, com a couraça da Caridade, e a chama sagrada da Esperança, lancemos o fogo do Amor do Próximo nos corações, porque é chegado o tempo de os Espíritos do Senhor serem conosco e fazerem brilhar em todas as almas a verdade da Imortalidade.
Cairbar Schutel
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