quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A felicidade não é deste mundo


MARCO ANTONIO PINHO
m.nproducoes@hotmail.com
Serrinha, BA (Brasil)

A felicidade não é
deste mundo


Todos nós desejamos encontrar a felicidade um dia, mas, para realizar essa vontade ou esse desejo, é necessário trabalhar os valores pertinentes ao Espírito.  Achamos que a felicidade é desfrutar unicamente dos bens  materiais que estamos vendo ou pegando, haja vista que vivemos presos às posses, imaginando que ser feliz é juntar tesouro material sobre a terra.

É importante observar que temos que desenvolver a capacidade de enxergar a vida por outro prisma, visto que temos uma visão pequena sobre as questões espirituais.

Se não trabalharmos o desapego material enquanto estamos na estrada, ficaremos atrasados por nossa  própria culpa, visto que o Mestre Jesus nos chama atenção dizendo que cada um de nós deve trabalhar as questões espirituais que são perenes, eternas e duradouras.

Se não fizermos isso, ficaremos presos às posses por não entendermos a proposta do Cristo, quando Ele disse para não juntarmos tesouros na Terra e, sim, no Céu. Jesus nos chama atenção para que cada um de nós dê o devido valor aos bens espirituais que são eternos, mais do que aos bens materiais que são passageiros.

Através da  Doutrina Espírita, encontramos as respostas e a chave para a felicidade futura que tanto O Evangelho segundo o Espiritismo nos fala em sua obra. É a partir deste capítulo intitulado A Vida Futura, que buscamos entender, de maneira racional, a possibilidade de vivermos outras experiências referentes à vida espiritual, deixando claro que todos nós temos várias existências para evoluirmos espiritualmente e trabalharmos os desapegos até chegarmos à perfeição.

Por isso temos que compreender e acreditar nas explicações racionais que a Doutrina Espírita nos dá. Então, como não acreditar nas vidas sucessivas para vencer os desapegos? Como não acreditar nessas possibilidades educativas através da reencarnação para melhorar os nossos defeitos? Como ficariam a vida, os atos, os  acertos  e os desacertos dos seres humanos, se acreditássemos em uma única existência? Será que a vida só teria sentido se  buscarmos unicamente as coisas materiais em detrimento dos valores espirituais? Será que o único objetivo do homem na Terra é juntar bens materiais?

Tudo isso ficaria sem explicação e sem nexo se admitirmos uma única existência. Todos viveriam focados unicamente para a atual encarnação, buscando obter tudo de maneira desorganizada, correndo contra o tempo para obter cada vez mais recursos materiais. A sociedade ficaria desorganizada e não teria regras definidas. Cada um poderia criar suas próprias regras, sabendo que não existiria mais; muitos irmãos fariam de tudo para desfrutar a vida como se  ela fosse a última, e não haveria mais razão para sonhar e para viver. Muitos irmãos lutariam para, cada vez mais, ajuntar tesouros na Terra, passando por cima dos mais fracos, justificando que a vida é pra ser vivida.

Com o advento da Doutrina Espírita, tudo isso muda de sentido a partir dos seus postulados; temos a ciência e a certeza da continuidade das existências, ficamos  por dentro de tudo que diz respeito às múltiplas possibilidades de crescimento espiritual e das experiências que ainda temos que passar para evoluir. Por isso, na Doutrina Espírita  seremos convidados a estudar as problemáticas humanas de um ponto de vista racional, estruturando os nossos pensamentos a partir da lógica e da razão.

Portanto, a Doutrina Espírita nos mostra que a felicidade não é deste Mundo, quando coloca para a humanidade que a verdadeira felicidade se encontra no mundo espiritual e não na Terra. Ela coloca que na Terra vivemos momentos felizes, mas que não são duradouros e eternos. Segundo O Livro dos Espíritos, a Terra é uma pálida visão do mundo espiritual. Podemos começar a construir a nossa felicidade aqui, mas sabedores de que a verdadeira felicidade está ou se encontra no mundo espiritual, que é a nossa verdadeira morada.

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